Equilíbrio à mineira

Vinícius Dias

Em um duelo repleto de alternativas, declarações e atitudes polêmicas, e raça, que se sobrepôs à pouca qualidade técnica, Cruzeiro e Atlético/MG protagonizaram, no 50º embate pelo Campeonato Brasileiro, um dos mais emocionantes confrontos da história do clássico belorizontino. Ao fim, um empate por 2 a 2.

Tendo o objetivo primário bem delineado: anular os pontos fortes do rival, para, na sequência, partir no contra-ataque, a Raposa, que abusava das faltas - foram 20, contra dez do rival - dominou a etapa inicial. Wallyson, após investida de Éverton, abriu o placar. Já nos acréscimos, Léo Silva, com categoria, empatou.

Na volta a BH, clássico equilibrado
(Créditos: Washington Alves/Vipcomm)

No segundo tempo, mais emoção. O Atlético, afoito, deixava a desejar no último passe - errou 25 vezes, dez a mais que a equipe celeste. Até que Ronaldinho Gaúcho, num lampejo do R10, que encantou o mundo com a camisa do Barcelona, marcou após extraordinária jogada individual. Com nove atletas em campo, o alvinegro estava, pela primeira vez, à frente do marcador.

O líder Atlético estava a alguns minutos de derrotar o clube estrelado, de virada - o que não ocorre desde a segunda fase do Brasileirão de 99 -, quando, após aproveitar passe de Walter Montillo, Matheus deu números finais ao confronto.

Em noite iluminada de Ronaldinho e Montillo: 2 a 2.
E, enfim, um clássico com 'alma clássica' em Minas.

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