O clássico das incertezas

Vinícius Dias

O clássico prematuro na semifinal do Campeonato Mineiro coloca frente a frente dois clubes em um cenário marcado mais por dúvidas do que por certezas. De um lado, o Cruzeiro conquistou apenas sete dos 18 pontos disputados no Mineirão na temporada e, apesar da insistência de Marcelo Oliveira no 4-2-3-1, ainda não existe como equipe. Do outro, o Atlético amargou três derrotas entre a 4ª e 11ª rodadas do estadual e busca se recuperar do mau início na Libertadores.


O clube da Toca da Raposa fez sua segunda pior campanha desde 2004, ano em que foi adotado o atual sistema de disputa. Havia rendido menos apenas em 2006, quando somou os mesmos 24 pontos, porém terminou com 14 gols de saldo. Com três derrotas, o time alvinegro teve o quinto pior desempenho em 12 anos. Contabilizando os dois reveses pela Copa Libertadores, o clube tem, ao lado do São Paulo, o pior início de ano entre as 11 principais equipes da Série A.

Clássico em um cenário de incertezas
(Créditos: Washington Alves/Light Press)

O clássico, que já teve início nos bastidores com o impasse de datas, se desenha como um divisor de águas para Atlético e Cruzeiro. Menos pelo contraste entre vitória e derrota - eliminação e classificação -, mais pelas respostas que trará. Para um Atlético que chega a ter 65% de posse de bola, mas ainda assim é dominado pelo Boa Esporte. E para um Cruzeiro que finaliza ao gol adversário 25 vezes em 90 minutos, mas sai de campo derrotado pelo Tombense.

O clássico começa com dúvidas. E deve terminar com certezas.
Melhor para quem puder saboreá-las em meio ao clima da final.

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