Desistência do clube celeste força alteração de grupos da 1ª
fase e 'abre vaga' no comando da Liga, reforçando as arestas

Vinícius Dias

A saída do Cruzeiro agitou os bastidores da Primeira Liga, confirmando o tom de incerteza. Oficialmente, os dirigentes da entidade evitam mensurar os impactos da decisão anunciada por Gilvan de Pinho Tavares, que deve ser debatida em assembleia da Liga nos próximos dias. Neste cenário, o Blog Toque Di Letra ouviu fontes para antecipar algumas das possíveis consequências.

Desistência celeste agitou bastidores
(Créditos: Rodrigo Fatturi/Flickr/Grêmio FBPA)

A primeira delas diz respeito à composição administrativa da Liga. O CEO Alexandre Kalil compõe a linha de frente, atualmente, ao lado de Gilvan e Mário Petraglia, que dividem funções referentes à presidência. Indicado na última reunião do grupo, Mário tenta a reeleição no Atlético/PR amanhã e, em caso de revés, deve perder também o posto na entidade. Portanto, a saída do Cruzeiro, hoje representado por Gilvan, resultaria em 'vácuo de poder' inicialmente.

Alterações nos duelos

A desistência do clube estrelado, um dos 12 classificados para o torneio, também vai resultar em mudanças na tabela. Confirmado o regulamento divulgado no site oficial, o Atlético/MG herdaria a vaga 'MG1', enquanto o América/MG ocuparia a 'MG2'. Fora da disputa a princípio, o Paraná Clube seria contemplado com a vaga 'RK2'.

(Créditos: Site Oficial da Primeira Liga/Reprodução)

Com isso, a composição da primeira fase apresentaria: América/MG, Flamengo, Figueirense e Avaí, no grupo 1; Grêmio, Inter, Coritiba e Paraná Clube, no grupo 2; Fluminense, Atlético/MG, Criciúma e Atlético/PR, no grupo 3.

Cenário de indefinição

Nos bastidores, alguns dos principais articuladores da entidade ainda não tratam a posição do presidente do Cruzeiro como definitiva. Dirigentes de Flamengo e Fluminense e até mesmo Mário Petraglia - independentemente do resultado nas eleições atleticanas - planejam contatá-lo nas próximas horas, visando conhecer os motivos da decisão.

Reunião da entidade no Rio de Janeiro
(Créditos: Nelson Perez/Flickr/Fluminense F.C.)

A avaliação prévia é de que a saída indicará um revés político do Cruzeiro, que, desde os primórdios, se colocou como um dos principais entusiastas da Liga como alternativa ao calendário do primeiro semestre. A Liga ainda trabalha a viabilização comercial e fala em torneio rentável, a exemplo da projeção feita ao Blog, há dois meses, por fonte ligada ao clube celeste. "Imaginamos que vá render mais do que o estadual". Visão diferente da apresentada ontem por Gilvan, no entanto.

3 comentários:

  1. Direitos iguais, todos com o mesmo perfil. Divergir nos mando em casa será o diferencial em todos os quesitos.

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  2. O presidente GILVAN não pode tomar uma decisão arbitrária destas como se fosse o dono do clube.
    Corremos o risco de não participar de um dos melhores torneios dos últimos tempos para em nosso país.
    Os interesses do cruzoeiro devem estar acima de pecuinhas e interesses políticos.

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  3. A proposta inicial era os clubes com grana divida de maneira mais justo, estilo as competições inglesas. Na pratica a sul minas esta igual a cbf faz. Por isto deu problemas. E competição que não classifica para nada não tem atrativo nenhum.

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