Ícone do vôlei revela os bastidores da paixão pelo clube, com pausa
em reunião nos Estados Unidos para checar resultado e superstições

Vinícius Dias

Medalhista de bronze em Atlanta, em 1996, e presente em mais três Olimpíadas ao longo da vitoriosa trajetória no vôlei, Ana Paula Henkel é novata quando o assunto é acompanhar o Cruzeiro no Mineirão. A partida desta quarta-feira marcará apenas o segundo encontro com sua maior paixão no futebol. Pé-quente na estreia no Gigante da Pampulha, justamente diante do Palmeiras, no triunfo por 2 a 1 em agosto de 2015, a ex-atleta espera que a equipe estrelada repita a dose. "Minha expectativa é de vitória. Vou arriscar 1 a 0", comenta ao Blog Toque Di Letra.


Passados quase dois anos, a primeira ida ao estádio, no Dia dos Pais, ainda mexe com as lembranças de Ana Paula. "Para onde olhava, eu sentia meu pai. Conhecer e estar durante todo o jogo e todo aquele dia com o Procópio (Cardozo), um ídolo de quem ele falava muito, foi marcante para mim. E a mágica ali do Mineirão, a torcida do Cruzeiro", destaca. Atualmente morando nos Estados Unidos, a lavrense aproveitará a reta final das férias no Brasil para prestigiar a equipe nesta quarta-feira. "Considero todos aí uma família estendida. Estarei muito bem acompanhada".

Ana Paula: paixão a dez mil quilômetros
(Créditos: Site Oficial do Cruzeiro/Divulgação)

O contato tardio com o palco das maiores conquistas celestes tem justificativa: a intervenção materna. "Pai cruzeirense, camisa desde pequena, vontade de ir ao Mineirão. Minha mãe falava: 'nem pensar que vai levar a menina'. Acompanhei toda a paixão do meu pai pelos jogadores, pelo clube, rixas com tios atleticanos", lembra. "É paixão de berço, carimbo de fábrica. E você vê... os anos passaram e, hoje, o melhor time de vôlei do Brasil, quiçá do mundo, é do Cruzeiro e tenho duas paixões da minha vida resumidas no clube. Então, sou uma menina de sorte".

Distância e olho nos aplicativos

Paixão que, mantida a quase dez mil quilômetros de distância e diante de um fuso-horário quatro horas atrás do belorizontino, rende histórias curiosas. "Nem sempre consigo assistir aos jogos ao vivo. Mas tenho dois, três aplicativos que me informam os resultados. Já aconteceu de, em meio a uma reunião, cliente falar 'pode pegar o telefone e checar'. Acompanho o máximo que posso", revela Ana Paula. "Tenho minhas superstições. Em jogos importantes, eu fico lá nos Estados Unidos andando para baixo e para cima com a camisa da sorte, de 2003, que foi do meu pai", completa.

Ex-atleta ao lado de Procópio e Gilvan
(Créditos: Site Oficial do Cruzeiro/Divulgação)

Mesmo com o Cruzeiro vivendo um momento de irregularidade e vindo de derrota, a ilustre torcedora se mostra confiante na classificação à Libertadores de 2018. "Acredito muito tanto no elenco quanto no Mano Menezes. E me desculpem os torcedores da hashtag #ForaMano. Essa hashtag ainda não é minha. O futebol vive essa cultura do imediatismo, está ruim, vamos trocar, e eu acho que não é bem por aí", destaca. Em meio a elogios ao grupo, a multicampeã faz uma aposta. "Acho que o Thiago Neves vai fazer a diferença na hora em que a gente precisar".

2 comentários:

  1. Além, de muito bonita a eterna Musa do nosso vólei. a Cruzeirense nata, nunca esquece o Maior de Minas

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  2. Linda, Vencedora e cruzeirense.
    A perfeição existe sim.

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