A vitória do Grêmio e a missão do Cruzeiro

Vinícius Dias

Contra-ataque em velocidade pela esquerda, bola de Pedro Rocha para Luan, finalização de primeira, gol de Lucas Barrios no rebote de Fábio: 1 a 0 para o Grêmio e explosão nas arquibancadas da Arena aos 44 minutos da etapa inicial. Consistente, o tricolor jogou mais e melhor, enquanto o Cruzeiro assistiu. O time de Mano Menezes, que se contentou em usar o domínio da posse de bola como estratégia para tentar mais conter do que ameaçar os gaúchos, chega em desvantagem ao confronto da volta pela primeira vez nesta edição da Copa do Brasil.


A partida começou com os donos da casa pressionando a saída celeste e tentando acelerar. Sem espaço nem alternativas, o Cruzeiro recorria a bolas longas para tentar surpreender e, aos 12 minutos, foi salvo por Fábio: defesa monumental em cabeçada de Lucas Barrios. A primeira finalização mineira veio aos 27', com Lucas Silva. Embora os números indicassem igualdade, o campo mostrava o Grêmio mais organizado e Fábio como protagonista. Aos 35', outra ótima intervenção, desta vez em chute de Pedro Rocha. Nove minutos depois, superado pelo ataque tricolor.

Raposa perdeu por 1 a 0 em Porto Alegre
(Créditos: Giazi Cavalcante/Light Press/Cruzeiro)

Na etapa final, o time de Renato Gaúcho se expôs menos e, à exceção da boa jogada individual do garoto Raniel, aos 48', pouco foi incomodado. Único semifinalista a eliminar três adversários da Série A, o Cruzeiro, que venceu apenas cinco das 21 partidas deste semestre e vê seu principal atacante amargar um jejum de mais de 900 minutos, tem pela frente o jogo do ano e a necessidade de passar por cima da dificuldade de propor sem se desorganizar defensivamente. O tamanho do desafio passará pelas escolhas de Mano Menezes e pela atitude da equipe no Mineirão.

A história do próprio Cruzeiro mostra que não há nada perdido.
Mas, na ida, o Grêmio foi superior. Mais do que o placar indica.

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