Presidente revela bastidores da trajetória à frente do alviverde e
fala sobre as conquistas, finanças e o modelo de gestão do Coelho

Vinícius Dias

Título mineiro diante do Atlético após 15 anos, dois acessos à elite em três temporadas, o mais recente coroado com a conquista da Série B depois de 20 anos. "O América está no caminho certo. Não tem volta mais. O clube está cada vez melhor", assegura Alencar da Silveira Júnior. Com o sentimento de dever cumprido, o presidente se prepara para deixar o Conselho de Administração do Coelho e, da posse logo após a perda de pontos que custou a presença na Série A de 2015 à saída com vaga garantida para 2018, revela bastidores do mandato ao Blog Toque Di Letra.


"Tudo que está aí foi planejado desde a primeira hora, quando assumimos o América sem patrocinador master, com astral baixo", enumera, exaltando o consenso na política alviverde. "Diferentemente de outros clubes, no América não há revanchismo, não há disputa. Tivemos chapa única (na eleição deste ano). O trabalho vai continuar", completa, apontando a permanência no Conselho de Administração para 2018/2020 de Marco Antônio Batista, Anderson Racilan e Fabiano Jardim, estreantes neste triênio, como um dos legados. "Eram juninhos e agora são profissionais", brinca.

Presidente festeja momento do Coelho
(Créditos: Arquivo Pessoal/Alencar da Silveira Jr.)

"Quem pensava em desfazer o Conselho de Administração, que tinha que ter presidencialismo, hoje tem que pensar duas vezes. Nosso modelo tem que ser seguido por outros clubes. Dividindo funções, resultado é certo", comemora o deputado estadual. "No América, ninguém fica escravo do clube. Um exemplo: logo quando surgiu a Primeira Liga, eu estava em Dubai, o Gilvan (presidente do Cruzeiro) me ligou. Resolvemos o problema por telefone, com o Batista participando da reunião. Gilvan disse: 'não consigo ir à minha fazenda passar um fim de semana e você viajando'", destaca.

Churrascos e sorteios de iPhones

O dirigente, que considera o grupo campeão da Série B no mês passado como o melhor com o qual trabalhou à frente do Coelho, faz questão de valorizar até mesmo os dias em que teve a sorte como importante aliada. "A estrela tem que brilhar... teve uma época em que a gente trabalhava demais, mas a bola não entrava", justifica, relembrando os triunfos comemorados ao sabor de churrascos em Belo Horizonte, com direito a sorteio de iPhones, ao longo da trajetória vitoriosa neste ano. "Nós fizemos um a cada três vitórias consecutivas (no Campeonato Brasileiro)".

Campeão da B: folha de R$ 900 mil
(Créditos: Daniel Hott/América/Divulgação)

Sucesso baseado em uma política de pés no chão: Alencar calcula que entre profissional, com folha salarial de cerca de R$ 900 mil, e base o América tenha gastado R$ 14 milhões com futebol em 2017. "Uma das nossas virtudes foi essa: não só com os jogadores, tudo que tratamos foi cumprido no dia certo. Credibilidade não se impõe, se adquire". Mesmo que, para isso, em alguns momentos tenha sido preciso que o próprio presidente emprestasse recursos. "O grupo não pode perder a confiança na diretoria", confirma, em meio a sorrisos, também citando Fabiano Jardim.

Recorde com TV e R$ 5 mi de joia

Para o próximo ano, a expectativa é de mais tranquilidade do ponto de vista financeiro. O orçamento para esta temporada previa receita operacional bruta na faixa dos R$ 25,4 milhões. De volta à Série A, o clube superará esse valor somente com TV. A negociação dos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro, por exemplo, foi alinhavada por cerca de R$ 32 milhões. Em 2018, o alviverde ainda receberá quase R$ 5 milhões - segunda metade dos valores referentes aos 20% dos diretos econômicos que detinha - pela transferência do atacante Richarlison ao Watford, da Inglaterra.

América deve renovar com a Caixa
(Créditos: Site Oficial do América/Divulgação)

Na elite nacional, o América também planeja ampliar a arrecadação com patrocínios. Nesta temporada, os acordos renderam cerca de R$ 3 milhões. Pelo master, a Caixa pagou R$ 2 milhões - a conquista da Série B garantiu bônus de R$ 500 mil. Para 2018, a expectativa é de pelo menos R$ 4 milhões fixos. "A Caixa gostou da parceria com o América, quer renovar. Agora, nos próximos dez dias, deveremos ter novidades", detalha Alencar da Silveira Júnior. Paralelamente, a cúpula mantém conversas com empresas, entre elas os Supermercados BH, por outros espaços da camisa.

5 comentários:

  1. Parabéns Alencar da Silveira Júnior ele faz acontecer!!!América Mineiro tu és a glória do esporte Nacional!!!

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  2. Parabéns Alencar da Silveira!

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  3. Mais uma vez :parabéns pelo belo trabalho.
    E que em 2018 possa acertar nas contratações e permanecer o America na série A.
    Abs Trinca Ferro Rugby

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