A vitória do Cruzeiro e da vergonha na cara

Vinícius Dias
Publicada em 23/01/2020, às 10h45

Cruzamento de Maurício, da esquerda, para o estreante Thiago cabecear para as redes e abrir o placar aos 18' da etapa inicial. Primeiro gol do Cruzeiro em uma temporada que também começou com o pé direito de Welinton. Arrancada em velocidade, aos 41' do segundo tempo, para completar para as redes o contra-ataque que começou com Maurício e ainda passou por Judivan. 2 a 0 sobre o Boa Esporte no Mineirão. Vitória com dez pratas da casa em campo. Vitória com a marca do novo Cruzeiro.


Porque, se o segredo do estadual é duvidar das potenciais qualidades e acreditar nos defeitos demonstrados diante de times mais frágeis, analisar a equipe de Adilson Batista requer ainda mais cuidados. Compreender o que existe de Cruzeiro em 22 de janeiro é compreender o que certamente não existirá daqui a um mês: Rodriguinho, camisa 10 da estreia, dificilmente seguirá; João Lucas, Éverton Felipe e outros chegarão; Vinícius Popó, uma das principais revelações recentes da base, será testado.

Raposa estreou com o pé direito
(Créditos: Bruno Haddad/Cruzeiro E.C.)

Gestão de expectativas em relação aos jovens que empolgaram nessa quarta-feira e amanhã tropeçarão em meio à transição a fórceps será essencial para o Cruzeiro e para o cruzeirense. Se mais à frente o tricampeonato que o clube não alcança desde 2002/2004 pode virar sonho, a única missão no estadual, inevitavelmente, é avançar a reconstrução dentro de campo. Chegar a abril com um rascunho de time para a Série B. Mas a estreia, mais do que potenciais qualidades, indicou um caminho.

2019 foi o ano do rebaixamento do elenco mais caro do país.
Mas 2020 começou com brilho nos olhos e vergonha na cara.

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