Douglas Zimmer
Tal qual Ximangos e Maragatos,
Imperialistas e Separatistas, brasileiros e paraguaios, colorados e gremistas
prometem um 2012 de verdadeiras batalhas nos gramados do Rio Grande do Sul.
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Antes mesmo de a bola rolar
oficialmente, azuis e vermelhos já traçam planos e imaginam como seus
respectivos times vão se sair, depois de reforçarem, e bem, seus plantéis. Os
tricolores estão ansiosos para ver a dupla Marcelo Moreno e Kléber em ação. Já
os colorados apostam todas as suas fichas em Dagoberto, jogador veloz que deve
ajudar bastante Leandro Damião, sobrecarregado pela falta de companheiros a
altura no ano passado.
Comparando os dois elencos de 2011,
era notável que, a direção tricolor precisava se mexer muito mais para dar
corpo ao time. E o fez. Desde a saída de Jonas, o ataque da equipe vinha mal
das pernas, alternando boas e péssimas atuações, dependendo de sopros de sorte
com André Lima e, ainda mais raramente, Miralles. Brandão, que não teve o
contrato renovado, fez alguns gols, mas ficou muito aquém do que se esperava
(assim como foi no Cruzeiro).
Para tanto, a diretoria abriu os
cofres e trouxe Kléber Giacomance de Souza Freitas, o Gladiador, e Marcelo
Moreno. Além dos dois atacantes, o Grêmio contratou o meia-armador Marco
Antônio (ex-Portuguesa), o volante Léo Gago (ex-Coritiba) e os zagueiros
Douglas Grolli, Pablo e Naldo (ex-Cruzeiro). Este último vem por empréstimo,
substituindo o experiente Sorondo, que se machucou nos primeiros dias de
treinos e teve seu contrato rescindido.
Abaixo vemos a formação ideal, ou
pelo menos teoricamente ideal, do time de Caio Júnior:
No 4-2-2-2, liberdade para os laterais (Arte: Douglas Vogel Zimmer/Toque Di Letra) |
Nesta formação, Kléber seria o atacante de movimentação, dando espaço para Marco Antônio chegar pela direita, e mantendo Moreno mais centralizado. Os atacantes ainda seriam abastecidos pelos dois laterais titulares, muito bons no apoio. Douglas faria a função que já vem exercendo a mais tempo, armando as jogadas pela esquerda e chegando com certa liberdade no ataque.
Em se tratando de ataque, poderíamos
também imaginar um time mais ofensivo ainda, em uma formação 4-2-1-3. A equipe
passaria a atuar com o jovem Leandro aberto pela direita, deixando Kléber e
Moreno na área, contando com a chegada de Douglas. Leandro entraria no lugar de
Marco Antônio e Léo Gago, mais rápido e com melhor poder de cobertura, no lugar
de Gilberto Silva.
Um quarteto ofensivo
(Douglas Vogel/Toque Di Letra) |
Marquinhos, que fez uma boa reta
final no Brasileirão de 2011 e tem na bola parada seu principal trunfo pode ter
papel interessante no meio-campo, sendo que, a meu ver, é reserva imediato de
qualquer um que seja o meia-armador ausente.
Agora, analisando o elenco do Grêmio
como um todo, acho que o principal problema a ser contornado é a falta de
reservas para a zaga. Os recém contratados Douglas Grolli e Pablo são
incógnitas e Vilson nunca inspirou confiança diante das suas atuações. Nas
demais posições, Caio Jr. terá um bom material humano para trabalhar e buscar
formações e variações.
Na próxima parte, breve estudo sobre
o elenco do Inter!
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