Madrid, a capital do futebol

Gilvan Meireles

A tarde deste sábado, dia 23 de maio, será especial. Pela primeira vez na história, dois times da mesma cidade vão fazer um clássico na decisão da Liga dos Campeões. Neste ano, os rivais Atlético e Real Madrid disputam o troféu, no Estádio da Luz, em Lisboa. O belíssimo estádio do Benfica, na capital portuguesa, vai receber duas grandes equipes, que protagonizaram excelente temporada.


Os colchoneros foram campeões da 'La Liga' no último sábado, diante do Barcelona, no Camp Nou. Título histórico - e difícil de prever no início da temporada. Para se ter a dimensão da conquista, desde 2004, quando o Valencia levantou a taça, Real Madrid e Barcelona vinham se revezando na ponta. O bravo time de Simeone foi até a semi da Copa del Rey, quando parou justamente contra o rival.

Real levou a melhor na Copa do Rei
(Créditos: Ángel Gutiérrez/Atlético de Madrid)

Os merengues foram à final da Copa del Rey e carimbaram o título ante o Barcelona. No Campeonato Espanhol, um terceiro lugar, depois de oscilar bastante no final. A variação de resultados se justifica pela obsessão pela Liga dos Campeões. Após 12 anos, o Real volta à decisão, sonhando com 'La Décima'. Nesse período, o clube teve como melhores resultados duas semifinais. Nessa decisão, terá nada menos que um dérbi madrilenho pela frente.

Diferença nas finanças...

Os dois clubes são bem distintas no quesito finanças. A folha salarial dos merengues é quatro vezes maior (€ 400 mi. contra € 110 mi). O valor do elenco, duas (€ 615 mi contra € 304 mi). E em número de conquistas, o Real também supera seu arquirrival. 32 títulos nacionais contra dez. 19 a dez em Copas. Nove a zero na Liga dos Campeões. Equilíbrio somente na (atual) Liga Europa: dois a dois.

Atleti bateu o Barça e levou La Liga
(Créditos: Ángel Gutiérrez/Atlético de Madrid)

A experiência no 'lado b' do futebol europeu é, também, um dos motivos que fizeram o Atleti ganhar confiança rumo à decisão. Em 2010 e 2012, a equipe foi campeã da Liga Europa e, na temporada passada, assegurou a Copa do Rei. Retrato de um Atlético que, em campo, mostra muita raça e inteligência. De uma equipe que vem jogando no limite do que pode, e vai muito bem.

...e igualdade em campo

Do outro lado, um jogo baseado na técnica e na individualidade. Embora, nesta temporada, Carlo Ancelotti tenha construído um ótimo esquema de jogo. Uniu Bale e Cristiano Ronaldo, o melhor do ano, além de Modric e Di María, em temporada mágica. Como Sérgio Ramos, que tem demonstrado poder na bola aérea. De fato, um time de estrelas. Que atuam de forma vertical e objetiva.

Na semifinal, Real goleou o Bayern
(Créditos: Real Madrid C.F./Divulgação)

O dérbi da capital espanhola foi disputado quatro vezes na temporada. O Real venceu duas, o Atlético venceu uma e houve um empate. Detalhe: as vitórias da equipe de CR7 vieram na Copa. A vitória do Atleti, por 1 a 0, ocorreu no estádio do rival, pela Liga, que também registrou um empate, por 2 a 2, no Vicente Calderón.

Maior capítulo da história

Veremos nesta tarde o maior capítulo da história do dérbi entre Atlético e Real. Um quer confirmar a temporada mágica e, mais que isso, conquistar um título inédito. O outro busca a décima taça para confirmar a histórica soberania no cenário europeu. Grande batalha, de grandes emoções. Que vença o melhor, e viva o futebol!

REAL MADRID: Casillas, Daniel Carvajal, Sérgio Ramos, Varane e Fábio Coentrão; Khedira, Modric e Di María; Bale, Benzema e Cristiano Ronaldo

ATLÉTICO: Thibaut Courtois, Juanfran, Miranda, Diego Godín e Felipe Luís; Tiago, Gabi, Koke e Raul García; Villa e Diego Costa

Quatro clubes, um continente...

Tiago de Melo

A reta final da Libertadores terá muitas novidades. Pela primeira vez desde 1991, teremos uma semifinal sem times brasileiros. Nenhuma das equipes jamais jogou uma final de Libertadores - e somente o San Lorenzo havia chegado entre os quatro primeiros até aqui. O que significa que teremos uma final entre dois clubes que nunca foram campeões - algo que, neste século, ocorreu apenas em 2008, com Fluminense x LDU. E teremos três edições seguidas vencidas por clubes que jamais haviam sido campeões, fato inédito na história.


Mas convém não imaginar que a definição será entre clubes muito fracos. Afinal, o quarteto semifinalista deixou para trás adversários fortes. O San Lorenzo eliminou três brasileiros em seguida. O Nacional/PAR deixou pelo caminho dois argentinos - incluindo o Vélez. O Defensor se classificou em primeiro no grupo do Cruzeiro, derrotou o Strongest e passou com duas vitórias pelo Nacional/COL, que eliminou o Atlético/MG. Já o Bolívar deixou para trás Flamengo e Lanús.

Ciclón bateu o Cruzeiro nas quartas
(Créditos: Agência i7/Minas Arena)

A princípio, o candidato mais forte é o San Lorenzo, único grande time da Argentina que ainda não levantou o troféu. Depois de tempos difíceis, em que lutou contra o rebaixamento, o clube se reestruturou, turbinado pelo empresário Marcelo Tinelli. O Ciclon é o sobrevivente com mais destaques, como os agressivos laterais Buffarini e Mas, os sólidos volantes Mercier e Ortigoza, o talentoso Piatti, que marcou gols decisivos contra Botafogo e Cruzeiro, e as revelações Villalba e Correa - talvez seja a maior promessa argentina atualmente.

História à boliviana

Seu rival será o Bolívar, que teve bem mais que a altitude para que, pela primeira vez, o país tenha um representante entre os quatro primeiros da Libertadores. Comandado pelo mítico Xabier 'Bigotón' Azkagorta, o clube boliviano demonstrou muita organização durante o torneio. Além disso, é uma equipe experiente, que tem no elenco jogadores como os espanhóis Callejón e Capdevilla, e os atacantes Arce - que já defendeu Corinthians e Sport - e o uruguaio Ferreira, ex-Nacional e Defensor. Os bolivianos têm motivos para sonhar com uma final.

Nacional: surpresa do grupo do Galo
(Créditos: Bruno Cantini/Atlético-MG)

Um dos melhores formadores de jovens atletas de toda a América, desta vez o Defensor sonha com a glória continental. Seu treinador é Fernando Curuchet, que teve anos de experiência nas premiadas categorias de base do clube. Até por isso, utiliza com sucesso jovens atletas, como Gedoz, nascido no Brasil, e, sobretudo, o talentosíssimo De Arrascaeta. Mas no grupo também há jogadores experientes, como Olivera, ídolo histórico do clube, que marcou o gol na vitória frente aos colombianos do Nacional, nos minutos finais do jogo.

Para fazer história

Bastante conhecido por aqui em razão de seu site oficial muito singular, o "Nacional Querido" tentará um título que, em seu país, somente o Olimpia conseguiu levantar. O técnico é Gustavo Morinigio, ex-jogador que recém começou a carreira de técnico e já deu um título nacional ao Tricolor. Seu time é muito sólido e difícil de ser superado. Normalmente, o Nacional se planta na defesa e espera que Benítez e Bareiro resolvam no ataque. Até agora tem funcionado, e a equipe chegou a um ponto da competição que jamais havia imaginado.

Otamendi: tão perto, tão longe

Vinícius Dias

Bastaram 19 partidas para que o zagueiro Nicolás Otamendi se tornasse uma das referências do elenco alvinegro. Presente na pré-lista do técnico Alejandro Sabella para a Copa do Mundo, o argentino vive, no momento, uma situação de indefinição. Emprestado pelo Valencia ao Galo até 30 de junho, ele aguarda um contato da diretoria do time espanhol para definir seu futuro.

Conforme o Blog Toque Di Letra apurou, o Valencia alimenta o clima de indefinição, pois espera uma proposta de um fundo de investimentos de origem israelense, que pretende levar o zagueiro para o futebol inglês. A expectativa, nos bastidores, é de que a proposta gire em torno de € 20 milhões - € 8 milhões acima do valor pago pelos espanhóis ao Porto, em janeiro último.

Sonho alvinegro!

Alheio às negociações paralelas, o Atlético mantém o sonho de renovar o empréstimo do atleta. Com pouca esperança, no entanto. "Ele (Alexandre Kalil) vai tentar. Porém, as chances são mínimas", revelou, ao Blog, fonte ligada à presidência do clube.

Sucesso à moda latina

Vinícius Dias

Em setembro passado, o Real Madrid pagou ao Tottenham mais de € 100 milhões por Gareth Bale - a negociação mais cara da história do futebol. Pouco antes, o Barcelona havia investido € 65 milhões e tirado Neymar do Santos. Na mesma época, o Atlético de Madrid perdia Falcão García para o Monaco. Com orçamento de € 110 milhões, Simeone acreditou em David Villa, contratado por € 5 milhões. O projeto era transformar o 'pouco' em 'muito', em terra de gigantes

Após nove meses, o sonho colchonero se torna palpável. 18 anos depois, encerrando revezamento de nove temporadas entre Real e Barcelona. Na última das 38 decisões, e mesmo após perder Diego Costa e Arda Turan, lesionados no início do duelo, o Atlético manteve seu mantra: acreditar. A história pode ter páginas ainda mais gloriosas, no dia 24, na final da Liga dos Campeões. Mas não há quem possa destruir o castelo de raça e suor erguido por Simeone.

Simeone: título que confirma a regra
(Créditos: Ángel Gutiérrez/Atlético de Madrid)

Simeone é mais um técnico sul-americano a brilhar na Europa. No mesmo ano em que Pellegrini comandou o Manchester City rumo ao (inacreditável) título da Premier League - que teve o Southampton, de Pochettino, como surpresa. Dois anos após Bielsa levar o limitado Athletic Bilbao ao vice da Liga Europa. No ano em que a Colômbia voltará à Copa, depois de quatro edições, pelas mãos de Pékerman.

O sucesso latino...

Claro, a regra tem exceções - Martino, de saída do Barcelona, é uma. Mas os técnicos dos demais países sul-americanos, com a mescla de técnica e transpiração, continuam a emplacar ótimos trabalhos por lá. Enquanto os brasileiros se apegam ao ciclo vicioso: altos salários e nenhuma inovação. Tal como os clubes, que protagonizaram o pior resultado em Libertadores nos últimos 23 anos.

Os vizinhos exportam treinadores, enquanto o Brasil observa.
Pergunte a Miranda, por exemplo: eles têm feito bonito por lá!

Dor azul, problema nacional

Vinícius Dias

Gols de Gentiletti, em Buenos Aires, e de Piatti, no Mineirão. O placar final de 2 a 1, significou o fim do sonho do tri da Copa Libertadores diante do organizado San Lorenzo de Edgardo Bauza. Mais do que isso, a vitória do 4-4-2 argentino - de pressão na saída de bola e muita agilidade - ante o pragmático 4-2-3-1 montado por Marcelo Oliveira assegura a necessidade de repensar velhos conceitos.


É bem possível que, se a bola de Marcelo Moreno tivesse balançado a rede de Torrico e o árbitro Martín Vasquez assinalasse um dos dois (supostos) pênaltis, a discussão ficasse circunscrita à classificação azul celeste. Mas é inevitável reconhecer os méritos do Ciclón, superior ao Cruzeiro em três dos quatro tempos do embate.

Cruzeiro lutou, mas foi eliminado
(Créditos: Agência i7/Minas Arena)

A bola não entrou e nenhum pênalti foi assinalado. O Brasil, depois de 23 anos, não terá um representante sequer nas semifinais da competição. E ainda encerrou a sequência de nove temporadas com presença na final - foram seis títulos, de cinco times diferentes; os últimos quatro, de forma consecutiva. Há quem fale em falta de sorte, de influência da arbitragem e derrota para si mesmo.

Padrão... da decepção!

Quase não há quem reconheça os méritos dos times dos países vizinhos. Que, a despeito de terem menores receitas, continuam a competir com os daqui, a formar bons valores. Enquanto isso, no país da Copa, do padrão Fifa, há quem acredite em Paulo Autuori, aposte em ex-jogadores como Adriano, ou se iluda com a grife de Anelka. Se existe mais dinheiro, falta inteligência para gastá-lo.

A quarta foi de dor para o torcedor celeste no Mineirão.
Mas a quinta-feira faz um alerta: o problema é nacional!

Narrações de Osvaldo Reis, da Rádio Globo, vêm contagiando os
torcedores durante a trajetória da equipe estrelada no torneio

Vinícius Dias

Primeiro, na vitória ante a La U, em Santiago. Depois, na goleada sobre o Real Garcilaso, no Mineirão, que selou a classificação às oitavas de final. E, por último, no triunfo sobre o Cerro Porteño, em Assunção, que rendeu à Raposa a vaga nas quartas de final. A voz e a emoção de Osvaldo Reis, o Pequetito, da Rádio Globo, têm sido a trilha sonora das batalhas celestes pelo tri da Libertadores.


Da tradição dos bordões à inovação demarcada nas referências poéticas, Pequetito revela: o sucesso é resultado de uma preparação criteriosa. "Eu tenho procurado estudar muito os times que vão enfrentar o Cruzeiro, e também buscado alguns detalhes sobre a Copa Libertadores", observa o narrador, ao Toque Di Letra.


De Roupa Nova a Gilberto Gil, passando por Raul Seixas, Pequetito ainda tem adicionado um tom musical às transmissões esportivas. "Sempre uso frases de compositores mineiros e brasileiros", argumenta. "A mistura da narração com a música do nosso país vem dando certo e as pessoas têm gostado", afirma.

Repertório especial

Depois de o Cruzeiro passar em branco contra o San Lorenzo no jogo de ida, ele garante: vai levar na mochila um repertório especial para o duelo desta quarta, no Mineirão. "Tem uma coisa especial de dois compositores mineiros e de um cara que o Brasil inteiro gosta", conta. E antecipa: "um deles, é o Gonzaguinha".

A torcida azul espera que não falte o grito de gol, seguido de "Cruzeiro! Cruzeiro!". Afinal, a Raposa precisa de, pelo menos, dois para avançar no tempo normal.

À espera do 'jogo do ano'

Douglas Zimmer

Salve, China Azul!

Como já se tornou corriqueiro na Libertadores celeste, haverá emoção, e muita, no jogo de volta, que ocorre na próxima quarta-feira, no Mineirão. Não foi dessa vez que saímos do jogo de ida com uma bela vantagem ou, no mínimo, em condição de igualdade com o adversário. Depois de passar aperto em vários momentos da competição, mais uma vez o Cruzeiro não soube absorver as lições do passado e não impôs seu jogo diante do San Lorenzo, na Argentina.


Jogando com o time praticamente titular - a exceção foi Bruno Rodrigo, suspenso -, a Raposa começou bem o duelo, marcando toda e qualquer lance criado pelos hermanos, e mantendo bom nível de posse de bola no campo de ataque. Entretanto, com o passar dos minutos, essa posse de bola começou a se transformar em passes errados, 'chutões' e bolas mal dominadas pelos homens de frente. E a bola parecia queimar nos pés de quem deveria finalizar as tramas. Na defesa, comportamento já tradicional: calma e muitas bolas roubadas.

Etapa inicial foi 'fria' na Argentina
(Créditos: Anibal Greco/Light Press)

O primeiro tempo se arrastou sem maiores emoções. O San Lorenzo era muito mais transpiração que inspiração, e o Cruzeiro se defendia bem, mas entregava a bola logo na sequencia pros gringos. Fomos para o intervalo com a (clara) sensação de que bastava o time resolver entrar no jogo, se acalmar e colocar a bola no chão, que chegaria ao gol. O time estava bem postado e cabia ao meio-campo desafogar a pressão que a defesa sofrera na etapa inicial.

A vitória argentina

Veio a etapa final e, com ela, ficou mais clara a obrigação de jogar, se não quisesse chamar o gol adversário. Não foi o que ocorreu. Após a pressão inicial, o San Lorenzo retomou as ações do jogo e empurrou ainda mais o Cruzeiro para o campo de defesa, inclusive obrigando Fábio a fazer duas belas defesas em um lance. Mas, como 'água mole em pedra dura, tanto bate até que fura', Gentiletti se antecipou a Dedé, e tirou Fábio do lance, após falta cobrada da intermediária. Placar inaugurado e a necessidade de sair para o jogo.

Raposa tentou, mas foi derrotada
(Créditos: Anibal Greco/Light Press)

Em desvantagem, Marcelo Oliveira fez alterações na tentativa de agilizar a saída de bola e habitar mais o campo do rival. Funcionou, em partes, mas não da forma como esperávamos. A Raposa continuou errando muito no posicionamento e nas trocas de passes no ataque, tornando a missão da defesa do Ciclón mais fácil. E foi assim até o fim do jogo: o San Lorenzo, aparentemente, satisfeito com a vantagem, e o Cruzeiro com pouquíssimo poder para reverter a situação.

Matar... ou morrer!

A decisão, como não poderia deixar de ser, ficou para a partida de volta. Será outro 'jogo do ano', em que o apoio do torcedor será fundamental. Time e bola, sabemos que o Cruzeiro tem. Resta saber se, dessa vez, vai fazer por merecer a vitória.

Força, Cruzeiro!

Pelo tri, habemus Cruzeiro!

Alexandre Oliveira

Nesse ano, o time celeste resolveu proporcionar momentos de verdadeira emoção ao torcedor. E esses momentos não devem terminar tão cedo. A noite desta quarta-feira, em Buenos Aires, reserva ainda mais emoção ao torcedor cruzeirense. Às 22h00, o clube celeste vai subir ao gramado do Nuevo Gasómetro para disputar mais uma partida de quartas de final de Copa Libertadores.


Se a saudade do torcedor cruzeirense da maior competição sul-americana estava grande, agora, ele é o único torcedor brasileiro que pode desfrutar da mágica sensação de permanecer na disputa do título mais cobiçado do continente.

Cruzeiro: o 'sonho' do tri segue vivo
(Créditos: Gualter Naves/Light Press)

O adversário, o San Lorenzo, tenta a primeira Taça Libertadores e aposta todas as fichas no jogo desta quarta. O 'El Ciclón', como é conhecido em Buenos Aires, é o atual campeão argentino, e almeja a inédita taça para comprovar que vive um momento realmente abençoado. Sim, abençoado! Abençoado pelo Papa Francisco, torcedor dos Cuervos. Alguns acreditam, até, que a boa fase do San Lorenzo teve início após Jorge Bergoglio se tornar Papa, em 2013.

Esperança e superação...

A esperança e a vontade celeste, no entanto, precisam ser maiores nesta noite. O clube azul deve estar concentrado do início até o fim, sem ceder espaços para a equipe azulgrana. Léo, substituto de Bruno Rodrigo, é a grande novidade na escalação celeste. O zagueiro deu conta do recado na campanha do tri brasileiro, em 2013, e vem mostrando bom futebol nesta temporada.

Nas oitavas, Raposa bateu o Cerro
(Créditos: Carlos A. Juri/Light Press)

Além de segurar os argentinos em seus domínios, o clube azul precisa de gols. Como tem a vantagem de decidir em casa na próxima quarta, fazer gols na Argentina será de fundamental importância para controlar o duelo de volta no Mineirão, podendo até jogar com o regulamento 'debaixo do braço'.

'O Brasil na Libertadores'

Vale tudo na Libertadores. Vale tudo na briga pela vaga entre os quatro melhores da América. E esse duelo começa hoje, em território 'hermano'. Como ouço por aí: "O papa pode ser argentino, mas Deus é brasileiro". O Cruzeiro é o Brasil na Libertadores!

Planalto azul celeste

Vinícius Dias

A vitória por 3 a 2 contra o Atlético/PR, no sábado, serviu de prêmio para os cruzeirenses de Brasília. Maioria entre os cerca de 12 mil espectadores que foram ao estádio Mané Garrincha, a torcida estrelada apoiou a equipe durante os 90 minutos. O ambiente favorável, a despeito da condição de visitante, foi apontado nas entrelinhas como fator-chave para que o time chegasse à virada no placar.

Segundo o Blog Toque Di Letra apurou, a comissão técnica do Cruzeiro teceu, nos bastidores, uma série de elogios à postura do torcedor celeste em Brasília. A boa impressão pode, a seguir, facilitar o retorno do clube à capital federal. O Mané Garrincha estaria, inclusive, à frente do Parque do Sabiá na avaliação do staff.

De amarelo na Copa

O Cruzeiro vai lançar, ainda em maio, a camisa comemorativa da Copa de 2014. Na cor amarela, e com a logomarca do BMG na cor azul, o modelo deve ser utilizado como uniforme C. Pela segunda vez, a equipe adota a iniciativa. Em 2010, o modelo confeccionado pela Reebok foi utilizado três vezes: empate frente ao Santos (0 a 0), vitória ante o Botafogo (1 a 0) e derrota para o Vitória (1 a 0).

Kalil, o centralizador...

Vinícius Dias

"Eu sou o ícone da estupidez no ano, a culpa é minha", afirmou Alexandre Kalil, na quinta-feira, após a eliminação alvinegra na Libertadores de 2014. Em entrevista à Fox Sports, o presidente do Atlético confirmou a postura que, nos últimos meses, tem sido motivo de críticas entre alguns de seus apoiadores: a centralização administrativa.

Segundo apurou o Blog Toque Di Letra, entre os dois argumentos mais citados estariam a demissão de Paulo Autuori - horas antes de anunciar a contratação de Levir Culpi, Kalil, do Brasil, ordenou que Maluf demitisse o treinador ainda na Colômbia - e o anúncio 'prematuro' da contratação do atacante Nicolas Anelka.

Eleições do clube

Carta fora do baralho nas eleições de dezembro, quando será escolhido o presidente do clube alvinegro para o triênio 2015/2017, Kalil planeja, nos bastidores, uma espécie de 'coalizão' entre dois dos seus mais influentes caciques políticos.

Matemática alvinegra

Vinícius Dias

Quatro dias após a estreia (com derrota) de Levir Culpi, o Atlético volta a campo, nesta quinta-feira, ante o Nacional de Medellín. Com pouco tempo para trabalhar e realizar os ajustes necessários, o técnico aposta na força da torcida para reverter a desvantagem. Contra Levir, no entanto, está o retrospecto da equipe em 2014.


Neste ano, o clube alvinegro registra 11 vitórias, nove empates e quatro derrotas - somada a de domingo, ante o Grêmio. São 34 gols marcados e 18 sofridos. De 24 placares, apenas cinco valeriam para a classificação do Atlético. Outros três levariam a disputa para os pênaltis, e em 16 casos a equipe seria eliminada.

Levir: à frente do sonho alvinegro
(Créditos: Bruno Cantini/Atlético-MG)

Dos resultados obtidos até aqui na Copa Libertadores, dois - a dupla de vitórias por 1 a 0 contra o Zamora, na Venezuela e em Belo Horizonte - levariam a decisão para os pênaltis. No entanto, os demais significariam a desclassificação.

Ciência ou detalhe?

Entre os resultados que levariam a disputa para os pênaltis ou dariam a vaga nas oitavas de final ao clube, quatro foram obtidos no Horto - três como mandante, e outro diante do rival América -, palco do embate desta quinta-feira. Curiosidade: em (somente) duas dessas partidas Ronaldinho Gaúcho jogou.

No ano passado, o Galo mostrou ao continente que, em campo, no onze contra onze, a matemática nem sempre é ciência exata. Hoje, milhares de torcedores, pela TV e no Horto, partilham um sonho: a vaga nas quartas. Os números continuarão a ser mero detalhe?

Atlético classificado:

19/02 - URT 0x5 Atlético
01/03 - Villa Nova 1x4 Atlético
05/03 - Atlético 2x0 Caldense*
16/03 - Atlético 3x0 Boa Esporte
23/03 - América 1x4 Atlético

Disputa por pênaltis:

11/02 - Zamora FC 0x1 Atlético*
09/03 - Guarani 0x1 Atlético
10/04 - Atlético 1x0 Zamora FC

*Partidas em que R10 atuou