Vinícius Dias
Quis
o destino que, logo nas oitavas de final da Libertadores, o Cruzeiro
reencontrasse um de seus principais algozes nos últimos anos. Antes da épica
noite dessa quarta-feira, mais do que a instabilidade técnica, pesava contra a
Raposa o jejum de seis anos sem derrotar o São Paulo em casa. Com Rogério Ceni
na meta tricolor, o tabu era ainda maior: 11 anos. Mas era hora de, ao ritmo de
Raul Seixas, tentar outra vez. E cerca de 40 mil corações celestes foram ao Mineirão.
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Mesmo
que o destino, de novo ele, tão cruel, tivesse reduzido a exibição
cinematográfica de Fábio no Morumbi a ato quase heroico. Com 57% de posse de
bola e a artilharia pesada - 20 finalizações, contra seis celestes -, o tricolor saíra em
vantagem. Era hora de levantar a mão sedenta, recomeçar a andar. Embora a
história dissesse que, desde 1997, a Raposa não revertia um placar de mata-mata
como mandante no principal torneio sul-americano.
Fábio: o herói da quarta-feira celeste (Créditos: Vinnicius Silva/Light Press) |
O
torcedor se perguntava: por que Mena? Marquinhos, de novo? Mas se recusava a
não acreditar. Dentro de cada presente, saía aquela voz que cantava, apoiava. E
sabia que a vitória não estava perdida. O que a boa exibição daquele Mena, a
partida excelente do mesmo Marquinhos e, em especial, a trama entre Willian e
Mayke, finalizada pelo artilheiro Damião, confirmou. Mas, se é de batalhas que
se vive o futebol e a vida, o placar mínimo decretava mais uma. A das
penalidades.
Noite de herói no Mineirão
Nas
primeiras cobranças, gol de Rogério Ceni, erro de Damião... 2 a 2 no placar.
Luís Fabiano na bola, e defesa de Fábio. Gol de Henrique. Empate com Centurión.
E, mais uma vez, Fábio, aquele que tem fé em Deus e na vida, defendeu cobrança
de Lucão. Na sequência, gol de Gabriel Xavier. A coroação poderia ter vindo
antes. Em uma das 25 tentativas, contra três paulistas.
Mas quis o destino que a ponte rumo às quartas fosse cruzada pelas mãos do
camisa 1.
O
Cruzeiro registrou, ontem, uma nova página heroica e imortal.
Com a
rubrica de Fábio, a sete partidas do topo da história azul.
Excelente matéria! Resta saber agora se o Cruzeiro vai manter o mesmo espírito de luta no restante da temporada.
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