Titular da Seleção Mineira que encarou argentinos em 1965,
Silvestre revela caso inusitado e se diz confiante na Raposa

Vinícius Dias

O duelo entre Cruzeiro e River Plate, nesta quarta-feira, no Mineirão, ativa as memórias do itabiritense Silvestre Martins Fernandes, de 82 anos. Foi justamente diante do clube argentino, no primeiro capítulo da história do Gigante da Pampulha, em setembro de 1965, que o ex-meia-direita viveu um dos grandes momentos da carreira. Silvestre foi um dos personagens do jogo de inauguração do estádio, no qual a Seleção Mineira derrotou o River por 1 a 0.


Campeão estadual com a camisa do Siderúrgica, de Sabará, em 1964, o jogador foi convocado por Gérson dos Santos para a Seleção Mineira no ano seguinte, quando atuou ao lado de ícones como Dirceu Lopes, Buglê, Jair Bala e Tostão. "Foi um jogo inesquecível", comenta Silvestre, que, um dia antes, no treino apronto diante do BanLavoura, balançou as redes do estádio pela primeira vez.

Silvestre em campo pela Seleção Mineira
(Créditos: Arquivo Pessoal/Silvestre Martins)

Do confronto contra o River, no dia 05 de setembro, as lembranças são permeadas por um episódio inusitado. "Depois do jogo, fomos abraçar os atletas argentinos. Quando cheguei perto de um deles, ele disse algo em espanhol que não entendi", conta, já com sorriso no rosto. "Imaginei que ele pudesse estar me xingando, então xinguei de volta e arranquei um pedaço de grama e dei a ele", completa Silvestre, que, ao fim da conversa, ainda ouviu um 'gracias'.

'Cruzeiro vai vencer', afirma

Cruzeirense, embora tenha recusado uma oferta do clube na década de 1960, o ex-atleta demonstra confiança quando o assunto é o confronto desta noite. "O Cruzeiro vai vencer... Três a um", palpita, recusando-se a apontar possíveis heróis.

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