Do glamour de Manchester ao terceiro retorno ao Brasil, volante
recorda trajetória e prevê: 'Será uma grande experiência na URT'
Vinícius Dias
Deixar o Brasil aos 18 anos para estrear pelo
Manchester United, em Old Trafford, substituindo um dos maiores nomes da
história do clube. Pode soar como cena de filme de ficção. Mas, na verdade, é
um dos principais capítulos da carreira de Rodrigo Possebon. "Foi minha
estreia na Premier League. Eu não esperava entrar naquela partida, porque havia
machucado um meia (Giggs), mas ele (Ferguson) me chamou, foi tudo muito
rápido", afirma o volante ao Blog
Toque Di Letra, mencionando o duelo contra o Newcastle, na temporada
2008/2009.
Em 31 meses, Possebon defendeu o time principal
do United apenas oito vezes, sendo três como titular. Apesar das raras chances,
o gaúcho faz uma avaliação positiva da experiência em Manchester. "Claro que
não (foi um erro). Até porque me firmei lá e fiquei dois anos e meio. Não
preciso nem falar do tamanho, da expressão do clube, você não consegue tantas
oportunidades para jogar e uma sequência como espera pelo fato de ter muitos
jogadores de qualidade", justifica.
Possebon com a camisa do Manchester (Créditos: Reprodução/Rodrigo Possebon) |
Quase seis anos após deixar os Reds, as
recordações da convivência com personagens como Rooney, Ryan Giggs, Cristiano
Ronaldo e o treinador escocês Alex Ferguson são as melhores possíveis. "O
dia a dia, trabalhar com grandes jogadores... Cheguei bem jovem lá, o meu
amadurecimento, não apenas dentro de campo, mas fora, em um país diferente. O
convívio com o Ferguson e com outras pessoas do clube enriqueceu muito",
diz o volante formado na base do Inter.
Volta ao
futebol brasileiro
No início da temporada 2009/2010, Possebon chegou
a ser emprestado ao Sporting Braga, de Portugal. No entanto, somou apenas 34
minutos em campo, antes de selar a volta ao Brasil. No Santos, que à época
contava com Neymar e Ganso, dois títulos: Paulista e a Copa Libertadores, ambos
em 2011. "Foi um time muito vencedor, com um ambiente ótimo, grandes
jogadores e grande grupo. Só tenho memórias boas", avalia o atleta, que
defendeu o Peixe por quase dois anos.
No Santos, título da Copa Libertadores (Créditos: Rafael Miramoto/Flickr/Santos F.C.) |
As portas do futebol europeu voltaram a se abrir
no italiano Vicenza, em 2012. Após cinco meses, porém, o atleta retornou ao
Brasil, defendendo Criciúma, Mirassol, Juventude e Náutico, até 2014. No fim de
2015, nova reviravolta. Aos 26 anos, Rodrigo deixou o Al-Riffa, do Bahrein, e
assinou contrato com a URT, de Patos de Minas. "É um clube organizado.
Busquei referências com alguns jogadores que conheciam e tive boas respostas...
Estão se confirmando", pondera ao Blog.
'Uma
grande experiência'
Na visão dele, defender o Trovão Azul significa
estar em uma das maiores vitrines do futebol brasileiro. "É um dos
estaduais mais fortes. Os clubes mineiros têm sido campeões (de Copa
Libertadores, Brasileirão e Copa do Brasil) nos últimos anos. Isso mostra a
força, e não só dos grandes. No ano passado, um clube do interior chegou à
final (do Mineiro) e quase foi campeão. Tem tudo para ser uma grande
experiência", diz. A URT estreia contra o Cruzeiro, no domingo, às 17h, no
Mineirão.
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