Alisson Millo*
Reza a lenda que o ano no Brasil só
começa após o carnaval. Então, feliz ano novo! Nem bem iniciou 2016 e o Galo já
trouxe um nome de peso. A menos que more na caverna, você já deve saber que
Robinho chegou e também que ele será o dono da camisa 7 na atual temporada.
Por falar nisso, a nova coleção foi lançada nessa segunda-feira. Em minha
opinião, uma das mais bonitas dos últimos dez anos.
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Em 2016, por sinal, completa-se dez
anos que o momento mais difícil da história do Atlético se tornou página
virada. Ainda que haja quem prefira esquecê-lo, o fundo do poço serve para
reafirmar que, a partir dali, só é possível subir. E como o Atlético subiu rápido!
A vinda de Robinho é um exemplo disso. É bem provável que, a essa hora, você já
tenha lido mil e uma comparações entre o novo (candidato a) ídolo e Ronaldinho,
um dos ícones do sucesso recente do clube.
Robinho: reforço de peso no Atlético (Créditos: Bruno Cantini/Flickr/Atlético-MG) |
Mas vamos lá! São dois grandes nomes,
é claro, ainda que o meia tenha sido/seja superior. Mas o debate é outro.
Também há dez anos, o Brasil disputava a Copa do Mundo, e a seleção tinha
Ronaldinho, então melhor jogador do planeta, e Robinho, apontado como potencial
sucessor, como protagonistas na busca pelo hexa. Àquela época, mesmo o mais
otimista torcedor daquele desacreditado Atlético se recusaria a sonhar que,
alguns anos depois, as vitoriosas trajetórias daqueles dois jogadores teriam um
capítulo dedicado ao clube.
O simbolismo da ascensão
Mas o que inicialmente sequer era
sonho acabou se tornando realidade. A ascensão do Atlético - nos sentidos
literal e simbólico - passou ainda por figuras como Ricardinho e Gilberto
Silva, também convocados por Parreira para a Copa de 2006. O primeiro, por
exemplo, foi anunciado em 2009 e, embora não tenha se firmado como ídolo, foi
um dos pilares do time que realizou em 2009 aquela que, à época, foi a melhor
campanha na Série A desde a volta. Era um sinal de que o clube deixava para trás,
de uma vez por todas, os tempos difíceis.
Ronaldinho: títulos e emoção em BH (Créditos: Bruno Cantini/Flickr/Atlético-MG) |
O segundo retornou em 2013,
justamente a temporada em que o clube conquistou o principal título de sua
história, com um elenco que também contava com referências como Josué, que
disputou a Copa em 2010, e Ronaldinho. Agora é a vez de Robinho chegar com um
currículo invejável - campeão brasileiro no Santos, espanhol no Real Madrid,
italiano no Milan, além de duas Copas das Confederações e uma Copa América pela
seleção. De volta ao topo, o torcedor se permite sonhar. E a realidade do
Atlético, hoje, é a mesma de Robinho: títulos.
*Jornalista. Corneteiro confesso e atleticano desde 1994.
*Jornalista. Corneteiro confesso e atleticano desde 1994.
Goleiro titular e atual
capitão da seção Fala, Atleticano!
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