Ex-avante do Atlético e
Siderúrgica, filho de Telê Santana e
judoca bicampeão
pan-americano participaram de celebração
Vinícius Dias*
Terra
natal do ex-técnico Telê Santana, Itabirito recebeu a tocha olímpica nesta
sexta-feira. Ao longo do trajeto de cerca de seis quilômetros, que contemplou
oito bairros da cidade, os olhares curiosos do público que se aglomerou nas
ruas desde o início da tarde se misturaram à emoção dos condutores e familiares.
Itabirito foi um dos últimos destinos - Inhotim e Contagem serão os seguintes -
da chama antes da passagem pela capital Belo Horizonte, marcada para sábado.
Ex-ponta Silvestre abriu revezamento (Créditos: Paulo Souza/Arquivo Pessoal) |
O
revezamento teve início em frente ao em frente ao alto-forno, no bairro
Esperança, e foi encerrado no Terminal Rodoviário. Ao longo do percurso,
aconteceram duas pausas. A primeira, no Jardim São Cristóvão, local em que foi
instalado monumento em alusão à passagem do símbolo olímpico pela cidade.
Depois, no Complexo Turístico da Estação, onde discursou o prefeito Alex
Salvador e foram realizadas apresentações de um grupo de ginástica artística e
do Coral Canarinhos.
Emoção de dois campeões
A
chama, durante quase duas horas de revezamento, passou pelas mãos de 30 condutores,
com destaque para o encontro de gerações ligadas ao esporte no percurso.
Ex-ponta-direita do Atlético e campeão estadual em 1964 pelo Siderúrgica,
Silvestre Martins se emocionou. "Foi um prazer e uma honra representar a
minha cidade", festejou. Emoção compartilhada com Luciano Corrêa, judoca bicampeão pan-americano, surpresa da festa em Itabirito. "É um momento de
mostrar para a população a importância dos Jogos Olímpicos", comentou.
Já na
segunda metade, o técnico e ex-jogador Renê Santana, herdeiro de Telê Santana,
participou do revezamento. "Para mim, foi motivo de honra poder
representar alguém que fez muito pelo esporte, como Telê, em sua querida
Itabirito", pontuou. O traçado, contemplando a casa em que o pai viveu nos
primeiros anos, marcou um retorno ao passado. "Momento de emoção
imprevisível. Fiz esse percurso várias vezes, repetidamente, com meu pai em
vida", comentou.
Nos passos do mestre Telê
Das
mãos de Renê, recebeu o fogo olímpico o árbitro Gilberto Alves, que coordena há
11 anos um projeto social de formação esportiva no bairro Praia, onde mora.
"A tocha olímpica representa a chama da união entre os povos por meio do
esporte, algo que também procuro ensinar aos meus alunos durante os treinos de
futebol. Conduzi-la em Itabirito, uma cidade que me acolheu logo aos dois anos,
foi uma oportunidade muito especial para mim", afirmou.
Cerimônia oficial no Complexo da Estação (Créditos: Vinícius Dias/Blog Toque Di Letra) |
Enquanto
a tocha conhecia as principais ruas de Itabirito, o Alto do Cristo foi cenário
da gravação de trechos de um dos vídeos oficiais desta edição dos Jogos Rio
2016. As imagens registraram a performance de um ciclista local na pista de
downhill. Cartão-postal da cidade por sua bela paisagem natural, o local é,
tradicionalmente, palco de alguns dos principais eventos da modalidade na
região.
*Com colaboração de Paulo Souza
Que saudade da minha querida Itacity.. muita gente boa citada nesse texto.. Gilbertinho (cada dia mais barrigudo) merece participar desse momento.. o que ele faz pelas crianças é muito legal mesmo...
ResponderExcluirGostei de ver o Silvestre, o Renê e o professor Gilberto Alves, figuras ilustres ligadas ao mundo desportivo, conduzindo a tocha olímpica pelas ruas de Itabirito. Em particular, o Gilberto, professor e árbitro de futebol, pessoa por quem tenho muito apreço, realiza um trabalho de cunho social muito importante, e penso precisa ser mais valorizado por parte de autoridades.
ResponderExcluir