Vinícius Dias
A
volta do paizão Felipão à seleção foi anunciada em novembro de 2012, quase dois
meses depois de deixar o Palmeiras, à época vice-lanterna da Série A e que
acabaria rebaixado. Quando ele saiu, em julho de 2014, foi substituído pelo
rígido ex-capitão Dunga, fora do mercado desde outubro da temporada anterior,
quando havia sido demitido do Internacional após trabalho irregular. Demissão
de Dunga confirmada, o novo comandante da seleção brasileira é Tite. E isso diz
muito.
Simplesmente
porque - embora discorde da metodologia da CBF, que, de forma velada, vê o
cargo como privativo de brasileiros - a escolha de Tite representa o triunfo
por mérito. Da solidez defensiva daquele Corinthians supercampeão entre 2011 e
2013 ao equilíbrio do time campeão brasileiro em 2015, o treinador gaúcho, de
55 anos, demonstrou capacidade de se reinventar permanecendo em alta. Longe de
ser infalível, sempre perto de ser referência no país.
Ex-corintiano assume seleção nacional (Créditos: Daniel Augusto Jr/Ag. Corinthians) |
É
fato que o acordo apenas seis meses após o então treinador corintiano assinar
manifesto criticando a CBF, entidade para a qual a partir de agora trabalhará,
sugere curiosidade e dúvidas. Nesse curto período, o que ou quem mudou? A
distância, nada, nem mesmo os resultados de Dunga, a principal razão da queda.
Há quem recorde o não de Muricy Ramalho, em 2010, para apontar o sim de Tite
como erro. Discussão à parte, a escolha do comando do futebol nacional foi
acertada.
A
seleção, nos últimos anos, vivenciou o fracasso dos rótulos.
A
chegada de Tite, hoje, indica triunfo por mérito. E diz muito.
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