Alisson Millo*
Pela
quinta vez nesta temporada, é semana de clássico. Do lado do Galo, a pressão é
grande pelo momento de instabilidade do time e por jogar na Arena Independência
com maioria nas arquibancadas. Apesar da vitória no último domingo, diante da
Chapecoense, a equipe ainda se encontra na parte de baixo da tabela do
Campeonato Brasileiro e atrás do rival. No entanto, nem só de más notícias vive
o Atlético.
Com a
volta de Gabriel, fazendo dupla com Léo Silva depois de muito tempo, a
esperança é de que o tão criticado setor defensivo passe segurança aos
companheiros e à torcida. No meio-campo, a novidade pode ser Adilson. Volante
de destruição, o camisa 21 foi o ponto de equilíbrio de Roger Machado na
decisão do estadual e nas primeiras rodadas do Brasileirão. Com a suspensão de
Rafael Carioca, para alegria de uns e tristeza de outros, a vaga no setor está
em aberto. Outra opção é Roger Bernardo.
Atlético em vantagem na Copa do Brasil (Créditos: Bruno Cantini/Flickr/Atlético-MG) |
Este,
por sua vez, parece ter agradado. Recém-chegado do Ingolstadt, da Alemanha, o
volante, de 31 anos, foi uma das vozes da experiência no jogo contra a
Chapecoense e peça importante para segurar a pressão imposta pelos
catarinenses. Três pontos muito importantes conquistados por uma equipe quase
toda de jogadores da base e que jogou com muita raça, tudo o que o grupo
principal não vinha mostrando nas partidas.
Quando tá valendo, tá valendo
No
clássico, entretanto, não há desculpas. Depois da folga no fim de semana, os
titulares têm que embalar com o jogo da Copa do Brasil, assimilando o clima de
decisão e partindo para cima do rival. Passou da hora de o Atlético voltar a
impor medo nos adversários quando joga em casa e nada melhor do que dois bons
resultados em sequência para fazer isso.
Valdívia e Marlone: heróis em Chapecó (Créditos: Bruno Cantini/Flickr/Atlético-MG) |
O
jargão diz que clássico é um campeonato à parte, então chegou o momento de
encarnar o "quando tá valendo, tá valendo" mais uma vez. Não podemos perder
esse jogo de jeito nenhum. São três pontos, a recuperação, um pouco mais de
tranquilidade, o embalo e uma freada no rival, tudo em jogo em uma partida só.
Ganhar nunca foi tão importante assim.
*Jornalista. Corneteiro confesso e atleticano desde 1994.
Goleiro titular e atual capitão da seção Fala, Atleticano!
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