Wagner é oferecido ao Galo

Vinícius Dias

A progressiva redução do aporte da Unimed-Rio ao futebol do Fluminense tem diminuído o poder de compra do time carioca e alimentado o clima de indefinição entre os atletas tricolores. O camisa 10 Wagner, por exemplo, embora tenha contrato até dezembro de 2015, pode deixar as Laranjeiras ao fim da temporada.

Concorrência nacional

Desde o início do Brasileiro, dirigentes de Palmeiras e Santos monitoram a situação do atleta. No entanto, o meia pode retornar a Minas. Segundo o Blog Toque Di Letra apurou, Wagner foi oferecido ao Atlético, que ainda não definiu a renovação de Guilherme. O nome foi bem aceito pela cúpula alvinegra, e o negócio pode avançar.

Entre a Toca e o tricolor

Vinícius Dias

Vice-artilheiro da Série A do Brasileiro, com 13 gols em 26 jogos, e peça- chave do líder Cruzeiro, Marcelo Moreno ainda não sabe onde vai atuar na próxima temporada. Emprestado ao clube celeste até o final deste ano, o atacante boliviano tem contrato com o Grêmio até dezembro de 2015. O desejo do jogador, no entanto, é seguir em Minas Gerais, onde teve seus melhores momentos.


O Cruzeiro, apesar disso, deve ter dificuldades para mantê-lo na Toca da Raposa II. Segundo o Blog Toque Di Letra apurou, a diretoria estrelada considera elevado o montante de cerca de € 5 milhões estipulado para um acerto definitivo. A aposta é de que, diante da possibilidade de o jogador assinar um pré-contrato a partir de julho de 2015, o clube gaúcho possa reduzir a cotação atual.

Moreno: artilheiro com futuro indefinido
(Créditos: Washington Alves/Light Press/Textual)

O Grêmio, que detém 70% dos direitos econômicos de Marcelo Moreno, é responsável pelo pagamento de parte dos salários do atacante durante o contrato com a equipe celeste. Na avaliação da cúpula do tricolor gaúcho, emprestá-lo sem custos ao Cruzeiro no penúltimo ano de contrato foi um erro de planejamento.

Ataque indefinido

Na prática, apenas três atacantes estão garantidos no elenco cruzeirense para o próximo ano: Willian, Neilton e Dagoberto. Com vínculo apenas até dezembro, Borges não deve permanecer na Toca. Acionado em menos da metade dos jogos da temporada, Júlio Baptista tem contrato com o clube até julho, mas pode ter a saída antecipada.

Aécio Neves prevê esporte como "instrumento educacional",
Dilma destaca Copa e prioriza o esporte de alto rendimento

Vinícius Dias

Além de indicar o novo presidente do país, as eleições deste domingo, dia 26, vão delinear os caminhos do esporte brasileiro pelos próximos quatro anos. Embora o assunto tenha passado quase despercebido nos debates, Aécio Neves, do PSDB, e Dilma Rousseff, PT, têm projetos complexos e distintos para o setor. A começar pela estrutura do Ministério do Esporte, com a provável saída de Aldo Rebelo, do PC do B, titular da pasta desde outubro de 2011.


Apoiado por esportistas como Neymar, Giovane, ex-atleta de vôlei que foi candidato a deputado federal por Minas Gerais, Dadá Maravilha, Romário, Anderson Silva, Ronaldo e Fábio, do Cruzeiro, o candidato Aécio trata do tema ao longo das páginas 18 e 19 de seu plano de governo. O esporte, associado ao tópico cidadania, é tratado "como instrumento da formação educacional e da integração social".

Aécio, do PSDB, cercado por esportistas
(Créditos: Igo Estrela/Divulgação/Aécio Neves)

Nas diretrizes gerais do presidenciável da coligação "Muda Brasil" também estão previstos incentivos ao esporte escolar e à educação física, além de fomento à formação de atletas, especialmente por meio da ampliação dos mecanismos de incentivo, e integração entre políticas públicas de esporte, educação e saúde.

Foco nas Olimpíadas

Sustentando o êxito da Copa do Mundo de 2014 extracampo, o plano de governo de Dilma Rousseff, candidata à reeleição, aborda o tema entre as páginas 37 e 39, associando-o ao tópico cultura. A presidenciável petista, que exalta os investimentos feitos no setor nos últimos 12 anos, planeja aprofundar os programas já existentes e, de forma paralela, desenvolver novos projetos esportivos.

Dilma recebe atletas do Bom Senso FC
(Créditos: Valter Campanato/Agência Brasil)

Dilma, no entanto, prioriza o esporte de alto rendimento. Com a proposta de que o país conclua os Jogos Olímpicos de 2016 entre os dez primeiros colocados, a petista coloca a organização do evento como "maior desafio" para os próximos anos.

Estrutura do Ministério

A proximidade das eleições acirra também o debate sobre possíveis nomes para a chefia do Ministério do Esporte. Em caso de vitória de Aécio Neves, por exemplo, são cotados três nomes: dois ex-atletas e um ex-dirigente esportivo. Caso Dilma seja reeleita, o cargo deve seguir com o PC do B, à frente da pasta desde 2003.

Fábio: de olho na política...

Vinícius Dias

Dono da meta celeste desde 2005, o goleiro Fábio já planeja a vida longe dos gramados. Empresário do ramo de academias, ele disse, em agosto, que pretende encerrar a carreira ao final do contrato com o Cruzeiro. E o futuro do camisa 1 pode estar na política. Tido como um dos atletas mais influentes da Toca, Fábio declarou, nesta semana, apoio ao presidenciável Aécio Neves, do PSDB.



No que dependesse do PC do B, sigla que integra a base aliada de Dilma Rousseff, o arqueiro teria feito sua estreia nas urnas em 2014. No último ano, conforme o Blog Toque Di Letra registrou, Fábio foi convidado pela cúpula mineira da legenda para disputar uma vaga de deputado estadual. "Uma coisa para a gente pensar quando ele parar", observou, à época, o empresário do goleiro, João Sérgio.

Priorizar ou não? Eis a questão!

Douglas Zimmer

Assim como aconteceu em 2013, o fim do ano se aproxima e, com ele, a expectativa pela conquista de mais um título cresce a cada dia que passa entre os torcedores celestes. A diferença é que desta vez a expectativa é em dose dupla. Diferente do último ano, o Cruzeiro conseguiu, apesar do susto ante o ABC, classificar-se para a semifinal da Copa do Brasil e está muito bem cotado para levar a disputa por mais essa conquista até onde suas forças permitirem.


A questão que aflige e divide a torcida celeste é: priorizar ou não uma das disputas? A nove rodadas do fim e com a diferença para o segundo colocado na faixa dos sete pontos, o clube ainda não pode se dar ao luxo de poupar fôlego e 'tirar o pé' no Brasileiro, até porque seus principais concorrentes seguem focados em garantir a permanência no G4 e, consequentemente, qualquer descuido do Cruzeiro pode fazer com que a tabela se torne mais embolada do que gostaríamos.

Cruzeiro: melhor mandante da Série A
(Créditos: Gualter Naves/Light Press/Textual)

Na Copa do Brasil, o líder do Brasileirão se credenciou a disputar uma das semifinais contra o Santos. A primeira partida será no Mineirão e acontece entre a 31ª e a 32ª rodadas, quando a Raposa encara Figueirense (fora) e Botafogo (casa), respectivamente. O duelo de volta será disputado na Vila Belmiro, entre a 32ª e a 33ª rodadas, quando o adversário celeste será o Criciúma, em casa.

Sequência difícil

Se não está fácil para a Raposa, tampouco está para o Peixe. O alvinegro praiano é hoje sétimo colocado no Brasileiro e, com a melhora no rendimento neste segundo turno, ainda sonha com uma vaga para a Libertadores de 2015. Os santistas vão enfrentar o Cruzeiro em Minas entre os confrontos com Chapecoense (fora) e Inter (casa). Depois, decidem a vaga em casa, antes do clássico contra o Corinthians (fora).

Pela Copa do Brasil, Cruzeiro bateu ABC
(Créditos: Nuno Guimarães/Light Press/Textual)

Caso o Cruzeiro relaxe no Brasileiro para entrar mais encorpado contra o Peixe, corre o risco de ver os adversários se aproximarem, ameaçando a liderança. Se o Santos tirar o pé, corre o risco de ver o pelotão do G4 se distanciar e as chances de classificação para a próxima Libertadores serem reduzidas a zero.

A força do elenco

Claro que as projeções são simples suposições. As circunstâncias podem variar, e muito, quando as próximas rodadas do torneio forem finalizadas. Com todo respeito aos adversários, mas o Cruzeiro tem total condição de se sair bem nas próximas quatro rodadas, quando enfrentará clubes que brigam para sair ou se afastar do Z4: Palmeiras (14°), Figueirense (13°), Botafogo (18°) e Criciúma (19°).

Ricardo Goulart: reforço ante o Palmeiras
(Créditos: Washington Alves/Light Press/Textual)

Hora de ver o poderio do elenco que, para grande parte das pessoas que acompanham o futebol brasileiro, é o mais qualificado e o que possui mais condições de manter o nível de atuações apesar dos desfalques. A isso se soma o retorno de atletas importantes que estavam afastados, seja por lesões, seja por convocações para a seleção. Temos um prognóstico bem animador.

Raposa favorita

Pode soar como prepotência de minha parte, mas particularmente acredito que o time pode, sim, jogar as duas competições para vencer. É como se fosse uma corrida só. Marcelo Oliveira sabe que, indo bem em uma, terá a tranquilidade para treinar e fazer o possível para também ir bem na outra. Já nesta quarta-feira, o desafio continua diante do aflito Palmeiras. O jogo acontece às 19h30, no Mineirão.

O Cruzeiro terá, entre os relacionados, as voltas de Ricardo Goulart e de Dagoberto, vindos do DM, de Nilton, que retorna de suspensão, além do lateral Breno Lopes, contratado junto ao Paraná. Para começar o duelo, a única mudança deve ser a volta de Goulart, recuperando a movimentação que tanto fez falta nos últimos jogos.

Em alta, Atlético visa 2015

Vinícius Dias

Presidente do Atlético desde outubro de 2008 e principal incentivador da candidatura de seu vice, Daniel Nepomuceno, Alexandre Kalil seguirá com voz ativa nos bastidores do clube no triênio 2015/2017. Segundo o Blog Toque Di Letra apurou, a predileção do mandatário pelo nome de Daniel para o pleito deste ano, em um cenário com três possíveis candidatos, se justifica pela relação de confiança.


Conselheiro grande benemérito do Atlético, Alexandre Kalil pode, também na prática, integrar o primeiro escalão da gestão Daniel. Por ora, não há consenso no clube quanto à permanência do diretor de futebol, Eduardo Maluf, cujo contrato se encerra ao final desta temporada. Nos bastidores, comenta-se que o atual mandatário seria a principal alternativa caso Maluf deixe o cargo.

Levir, Kalil e Daniel: trio unido em 2015?
(Créditos: Bruno Cantini/Flickr/Atlético-MG)

Ainda na presidência, Alexandre Kalil deve se concentrar em uma ofensiva visando à renovação de Levir Culpi. Com a concordância de Nepomuceno, seu provável sucessor, Kalil indicou à cúpula atleticana que vai propor um vínculo de até três anos ao técnico, crítico da falta de planejamento e do imediatismo do futebol brasileiro.

Brasileirão na reta decisiva!

Vinícius Dias

Em momentos distintos na atual temporada, Cruzeiro, Inter, São Paulo e Atlético terão de encarar um calendário intenso, com quatro rodadas nos próximos 16 dias, para se manterem no G4. Nas semifinais da Copa do Brasil, os mineiros seguirão com atenções divididas pelo menos até 05 de novembro. O time paulista está nas quartas de final da Sul-Americana, e o Inter tem foco total no Brasileiro.


Após duas derrotas consecutivas, o líder Cruzeiro encara quatro rivais da parte inferior da tabela entre a 29ª e a 32ª rodadas. Caminho semelhante ao do Atlético, que venceu três dos últimos cinco jogos e terá pela frente um dos atuais membros do Z4, o Bahia, que não vence há três rodadas neste Campeonato Brasileiro.

19/10 - Vitória (16º) x Cruzeiro
22/10 - Cruzeiro x Palmeiras (12º)
25/10 - Figueirense (15º) x Cruzeiro
02/11 - Cruzeiro x Botafogo (19º)

18/10 - Atlético/MG x Chapecoense (13º)
21/10 - Bahia (17º) x Atlético/MG
25/10 - Atlético/MG x Sport (11º)
02/11 - Atlético/PR (14º) x Atlético/MG

Derrotado pelo Atlético/MG no último domingo, o São Paulo, por sua vez, enfrenta dois dos quatro últimos na tabela, mas, na 31ª rodada, encara o Goiás, que vem em boa fase e está na nona posição. Em tese, o caminho mais difícil é o do vice-líder Inter, que terá adversários como Corinthians, Santos e Flamengo.

18/10 - São Paulo x Bahia (17º)
22/10 - Chapecoense (13º) x São Paulo
25/10 - São Paulo x Goiás (9º)
02/11 - Criciúma (18º) x São Paulo

19/10 - Internacional x Corinthians (6º)
22/10 - Flamengo (10º) x Internacional     
25/10 - Internacional x Bahia (17º)
02/11 - Santos (7º) x Internacional

Dois caminhos, um destino...

Vinícius Dias

A noite da quente quarta-feira sugeria muita emoção pela Copa do Brasil. No Mineirão, o Atlético, mais uma vez agigantado pela fé inabalável, tinha missão ingrata frente ao Corinthians, dono da segunda melhor defesa do atual Campeonato Brasileiro. Na Arena das Dunas, em Natal, o desfalcado Cruzeiro defendia a (mínima) vantagem obtida na partida de ida diante do potiguar ABC.


Aos 5 minutos, após receber bola esticada por Fágner e bater Jemerson, Paolo Guerrero bem que tentou pôr fim à esperança alvinegra - no duelo, curiosamente, o mandante usou seu uniforme alternativo, completamente branco. Corinthians 1 a 0. O cenário era adverso, mas a massa atleticana, num retrato da crença que, depois de ser tantas vezes repetida, se torna certeza, respondia: eu acredito!

Guilherme e Tardelli: heróis alvinegros
(Créditos: Bruno Cantini/Flickr/Atlético-MG)

Aos 32', o camisa 17 Guilherme, que oito minutos antes havia dado bela assistência para Luan, ratificou a virada atleticana. Instantes depois foi a vez de o Cruzeiro festejar no Rio Grande do Norte. Willian, em rebote de escanteio pela esquerda, chutou com precisão e abriu o marcador. A três minutos do fim da etapa inicial, Henrique, escorando cruzamento do ótimo Alisson, ampliou.

Matar ou administrar?

O intervalo esfriou os ânimos. Satisfeito, o Cruzeiro tentava administrar a vantagem contra o limitado ABC. Até, com dois gols em seis minutos - o segundo, em pênalti inexistente -, o clube da casa chegar ao empate. Em Belo Horizonte, esse papel cabia ao Corinthians. Até o minuto 75, quando Guilherme, o melhor em campo, recebeu passe de Carlos e finalizou com a costumeira precisão. 3 a 1 Atlético.

ABC: vitória no jogo, revés no confronto
(Créditos: Nuno Guimarães/Light Press/Textual)

Para o time de Levir, faltava um gol. O de Marcelo Oliveira, em Natal, tinha direito de sofrer apenas mais um. No script, drama e superação. Primeiro, Edcarlos ganhou pelo alto. A bola do atleticano ziguezagueou pelo tempo, encontrou o heroismo de Leonardo Silva na Libertadores, e terminou nas redes de Cássio. Classificação épica! Um minuto depois, Alvinho, do ABC, não perdoou Fábio. Venceu, não levou!

A regra do jogo, na Copa do Brasil, é matar ou morrer.
Ontem, enquanto o Galo matava, a Raposa não morria!

Cruzeiro x Atlético das urnas?

Vinícius Dias

Em Minas Gerais, candidatos e eleitores têm, nos últimos anos, negado o tradicional ditado que diz que "futebol e política não se misturam". Horas após o encerramento da apuração do primeiro turno, atleticanos e cruzeirenses insistem em associar o resultado das urnas ao sucesso - ou insucesso - dos clubes ou à força das torcidas. Títulos ou maior representação política? O que preferem os mineiros? Propostas ou a cor da camisa? O que importa mais, torcedores?

LEIA MAIS: A nova 'bancada da bola'...

O petista Fernando Pimentel, futuro governador, é torcedor do Cruzeiro. Assim como o senador Zezé Perrella, que presidiu o clube celeste por três mandatos. Do lado oposto, o atual governador, Alberto Pinto Coelho, e o senador eleito Antônio Anastasia são atleticanos. O que muda, na prática, no dia a dia dos clubes?

Mineiros são rivais no futebol e na política
(Montagem: Editoria de Arte/Blog Toque Di Letra)

Vamos ao segundo turno com dois candidatos mineiros na briga: Aécio Neves, cruzeirense, e Dilma Rousseff, atleticana. Pela sexta vez consecutiva, PT e PSDB se enfrentam na disputa pelo Palácio do Planalto. Estarão em pauta temáticas como inflação, saúde, educação, reforma política e o futuro dos 200 milhões de brasileiros no próximo quadriênio. Mas há quem forçará o rótulo de clássico das urnas. Por quê?

Os clubes nada ganham. O Brasil talvez perca!

A nova 'bancada da bola'

Vinícius Dias

Veja o desempenho dos candidatos da 'bancada da bola' de Minas Gerais nas eleições deste domingo, dia 05:

Deputado estadual:

Alencar da Silveira Júnior (PDT) - 79.389 votos*
Gilvan de Pinho Tavares (PV) - 38.400 votos
João Leite (PSDB) - 63.623 votos*            
Mário Henrique Caixa (PC do B) - 130.593 votos*
Marques Batista (PTB) - 39.027 votos

Deputado federal:

Gustavo Perrella (SDD) - 56.534 votos
Raul Plassmann (PSC) - 9.082 votos
Ronaldinho Cover (PT do B) - 4.094 votos

Atuais presidente e vice do Atlético, Alexandre Kalil e Daniel Nepomuceno haviam pedido registro de candidaturas para deputado federal e estadual, respectivamente, pelo PSB. Ambos, no entanto, desistiram da disputa no último mês.

*Candidatos eleitos

Vitória de líder, de campeão!

Vinícius Dias

Foi a vitória da insistência. De um Cruzeiro que arrematou 16 vezes em direção ao gol, contra dez finalizações coloradas. De Marcelo Moreno, que retomou a bola de Aránguiz, esperou pelo passe de William e, a seguir, estufou as redes do goleiro Dida: Cruzeiro 1 a 0. O 13º gol do boliviano, artilheiro do Brasileirão.


Foi a vitória da classe do meia Éverton Ribeiro, cuja assistência milimétrica encontrou o pé direito do camisa 34 Marquinhos, substituto do lesionado Alisson, que ampliou: Cruzeiro 2 a 0. O camisa 10 azul celeste, por sinal, lidera o ranking de assistências do torneio, com 10 passes decisivos para gols da Raposa.

Éverton Ribeiro: camisa 10 azul estrelado
(Créditos: Washington Alves/Light Press/Textual)

Foi, também, a vitória da sorte. Antes de o Inter descontar, D'Alessandro acertou a trave estrelada. A bola ainda tocou as costas do goleiro Fábio e percorreu a linha do gol, para, depois, ser afastada pelo lateral-esquerdo Egídio. Como disse, ontem, o meia-atacante Alex: "a sorte acompanha os competentes".

Foi a vitória do líder e, por que não, do campeão.
Do excelente Cruzeiro. Do ótimo Marcelo Oliveira!

Cruzeiro: regular ou decisivo?

Vinícius Dias

Com expectativa de recorde de público do Mineirão no atual Campeonato Brasileiro, Cruzeiro e Internacional se enfrentam às 18h. Líder e vice-líder estão, no momento, separados por seis pontos na tabela. Para o time de Marcelo Oliveira, uma vitória significará a ampliação da diferença para nove pontos, recorde em 2014. No caso gaúcho, o triunfo vale a aproximação, reduzindo a vantagem azul a três pontos.


Mais do que a ótima fase do adversário, que lidera o returno e somou 12 pontos nas últimas cinco rodadas, contra sete do Cruzeiro, o time celeste precisará superar o retrospecto modesto em embates com os seis clubes mais bem posicionados na tabela.

Cruzeiro x equipes do G7

Duas vitórias, dois empates e quatro derrotas
Oito pontos em 24 possíveis (33,3%)
11 gols marcados e 13 sofridos

No turno: Raposa bate o Inter por 3 a 1
(Créditos: Lucas Uebel/Light Press/Textual)

Em 25 rodadas disputadas, o Cruzeiro conquistou 53 pontos, batendo a média de dois por partida, que lhe rendeu o título na última temporada. O ótimo desempenho azul é justificado, sobretudo, pela postura implacável, inclusive como visitante, diante das equipes que estão entre a 8ª e a 20ª posições no Brasileiro.

Cruzeiro x 8º a 20º colocados

14 vitórias e três empates
45 pontos em 51 possíveis (88,2%)
38 gols marcados e 12 sofridos

Nos bastidores, o jogo começa equilibrado, com as ausências dos meias-atacantes Ricardo Goulart, do lado celeste, e Eduardo Sasha, do colorado. O Cruzeiro ainda pode perder o lateral-esquerdo Egídio, e o Inter não vai contar com Wellington Paulista. A previsão é de ótimo duelo, à altura do rótulo de final antecipada.

Time mais regular do Campeonato Brasileiro, o Cruzeiro terá, nesta noite, uma nova chance de apresentar sua faceta decisiva, ainda escondida, e, assim, encaminhar o tetra.

Do nome ao número, José Róbson Batista, de 30 anos, aposta
na associação ao ídolo Ronaldinho para ser eleito no domingo

Vinícius Dias

Enquanto Ronaldinho Gaúcho exibe seu talento longe de Minas Gerais, a serviço do Querétaro, do México, José Róbson Batista de Oliveira tem se aproveitado da semelhança com o ex-camisa 10 do Atlético para chamar a atenção dos torcedores atleticanos. Touca preta e roupas largas, quase sempre nas cores do clube, compõem o visual do sósia, candidato a uma das 53 vagas mineiras na Câmara Federal. Nas urnas, ele é o Ronaldinho Cover, do PT do B.


A associação a Ronaldinho Gaúcho não fica restrita à semelhança física. O número de Oliveira, por exemplo, é resultado de uma composição entre o código do partido e o número 49, que foi usado pelo meia no Atlético. "O sósia do Ronaldinho foi recebido aqui (em Minas Gerais) da mesma forma que o Ronaldinho", diz o alagoano, que seguirá no estado mesmo após a saída do ídolo.

'Ronaldinho Cover' em ato de campanha
(Créditos: Róbson Oliveira/Arquivo Pessoal)

Em junho, o sósia, de 30 anos, ganhou destaque após invadir o gramado do estádio Independência durante uma atividade da seleção argentina. Na ocasião, José Róbson chegou a tocar as mãos do craque argentino Lionel Messi. Segundo ele, o ato não teve qualquer relação com suas aspirações políticas. "Tinham pessoas ali, próximas a mim, que sugeriram que eu não fizesse, inclusive", pontua.

Próximo ao torcedor

A região do estádio no qual o clube mineiro manda seus jogos foi um dos principais cenários explorados por Róbson e sua equipe durante os quase dois meses de atividades de campanha. No Horto, ele distribuiu sorrisos e abraços aos fãs de Ronaldinho e cultivou a esperança de conquistar uma vaga de deputado federal.