Em enquete, cruzeirenses e atleticanos aprovaram reforços
anunciados por ambos os clubes nas últimas semanas de 2011

Vinícius Dias

Anunciado pelo presidente Alexandre Kalil no último dia 24, o retorno do meia-atacante Danilinho - principal nome do elenco do Galo no título do Campeonato Mineiro em 2007 - parece ter agradado aos torcedores do time alvinegro. Em enquete realizada pelo Blog Toque Di Letra, 70% dos participantes disseram aprovar a negociação.

Danilo Veron Bairros, de 24 anos, se transferiu para o futebol mexicano em meados de 2008, depois de disputar 110 jogos e marcar 29 gols com a camisa do alvinegro das alterosas. No retorno, egresso do Tigres, assina contrato de empréstimo até dezembro de 2012.

Confiança tipo exportação

Titular do PAOK Salônika/GRE na temporada 2011, o volante Diego Árias parece ter conquistado a confiança dos torcedores cruzeirenses antes mesmo de vestir o manto azul celeste. Em enquete encerrada na terça-feira, o colombiano foi apontado pelo torcedor azul como o principal reforço anunciado pela Raposa.                                                       

Com 68% dos votos, Árias liderou a enquete desde o início. Contratado junto ao Boa Esporte/MG, o zagueiro Thiago Carvalho ficou na segunda posição, com 17% dos votos.

Por um 2012 de glórias

Vinícius Dias

Após um ano sofrível, os arquirrivais Cruzeiro e Atlético já se planejam para a próxima temporada. Com a reabertura do Independência e o atrativo das novas - e robustas - cotas de televisão, a expectativa é por um 2012 de glórias. Ainda assim, apesar de adotarem estratégias bastante distintas, a necessidade de mudanças é consenso entre os dirigentes belorizontinos.

A Raposa, que almeja conquistas de expressão, se desfez de atletas pouco utilizados e, em menos de três semanas, anunciou sete contratados, todos eles no perfil barato e de pouca projeção. Porém, a despeito do interesse de outros grandes clubes brasileiros, o presidente Gilvan de Pinho mantém sua palavra e, por consequência, o craque argentino Walter Montillo.

Tendo anunciado reforços para os demais setores, a diretoria cruzeirense segue em busca de atletas para a linha de frente. Os velocistas Osvaldo, que pertence ao Al-Ahli do Catar, e Marcos Aurélio, titular no Coritiba, estão em negociações. Para assumir a camisa 9 celeste, é cogitada a contratação de Walter, ex-Internacional, que está na reserva do FC Porto/POR.

Na mira atleticana...

Enquanto isso, o Galo mantém o foco em garantir a permanência dos destaques da boa campanha no returno. Pierre, que veio por empréstimo, tem acerto verbal para renovação de contrato e deve emplacar o ano de 2012 no clube. E o presidente reeleito, Alexandre Kalil, que 'tuitou' apenas duas contratações: Danilinho, que retorna após boa passagem em 2006, e Leandro Donizete, ex-Coritiba, segue em busca de reforços.

Em pauta no alvinegro está o possível retorno do artilheiro Diego Tardelli, destaque no Brasileiro de 2009, bem como as contratações de Ávine, jovem lateral que pertence ao Bahia, e Damián Escudero, meia argentino que disputou a temporada de 2011 pelo Grêmio. 

Gigantes estaduais?

Vinícius Dias

Se no Campeonato Mineiro, desde o título do Ipatinga em 2005, os clubes de Belo Horizonte têm monopolizado as conquistas, no cenário nacional, pelo menos em 2011, a realidade foi muito diferente. Enquanto as equipes do interior somaram acessos e boas campanhas, o trio da capital colecionou fracassos.

Sem um estádio 'fixo' e diante da necessidade de vendas, Cruzeiro e Atlético se desfizeram de atletas importantes, como Diego Tardelli e Thiago Ribeiro. Daí então, tecnicamente enfraquecidos, conviveram com a latente ameaça de Rebaixamento, extirpada apenas nas rodadas finais.

Rivais, Raposa e Galo decepcionaram
(Créditos: Douglas Magno/Vipcomm)

Já o América, com orçamento bastante inferior, e atenções dividas entre o futebol e a reforma do Estádio Independência, não teve a mesma sorte. Rebaixado na 36ª rodada, o Coelho permaneceu no Z4 em grande parte da competição - 33 das 38 rodadas -, acumulando marcas negativas.

Enquanto isso, os clubes do interior brilharam. Comandado por Nedo Xavier, o Boa Esporte foi a grande surpresa da Série B, terminando em quinto lugar; o Ipatinga, de Ney da Matta, teve sucesso na Série C e confirmou o retorno à Segundona; ao passo que o Tupi, dirigido por Ricardo Drubscky, superou o Santa Cruz, garantindo a inédita conquista da Série D e o acesso.

Entenda melhor:

> Com a presença total de 90.370 torcedores (em suas 19 partidas como mandante), o América/MG é dono da pior média de público do Campeonato Brasileiro 2011: pouco mais de 4.700 pessoas/jogo.

> Os três clubes de BH, compõem o trio que mais se deslocou quando da realização de partidas como mandante. Sete Lagoas, Ipatinga, Uberlândia e, até mesmo, Campo Grande, em Mato Grosso do Sul, receberam jogos dos belorizontinos.

Aos clubes do interior, merecidos elogios.
E ao trio da capital, os questionamentos.

O que faltou: planejamento aos dirigentes e equipes?
Comprometimento aos atletas? O apoio do torcedor? 

Sim, esse Barça é real!

Vinícius Dias

Que o Barcelona do gênio Lionel Messi tem um dos melhores conjuntos da história, ninguém jamais ousou duvidar. Mas, que o Santos do ótimo Neymar poderia desbancá-lo, inúmeros futebolistas insistiam em acreditar. Talvez, motivados pelas intermináveis - e até exageradas - comparações entre os ídolos sulamericanos, ou simplesmente, por desconhecerem o magnificente futebol apresentado (há tempos) pelos catalães.

E nesse domingo, nada foi diferente. Dominando as estatísticas de posse de bola, os espanhóis aniquilaram as ações ofensivas do Peixe e, conforme esperado, não tiveram dificuldades para superar a frágil defesa dos paulistas. Resultado: um show do craque argentino, e massacre do Barça na fria noite japonesa.

Aos blaugranas, bem mais que o título Mundial - a 13ª conquista, em quatro temporadas sob o comando de Pep Guardiola - e a ótima vitória sobre o rival de Madrid, as duas últimas partidas confirmam o leque de (confiáveis) variações táticas quando da ausência de David Villa, contundido e, em teoria, principal peça ofensiva da equipe.

Aos alvinegros, fica a certeza de não terem sido páreos para um adversário que beirou a perfeição. Se o Santos foi brilhante em 2011, e merecedor do rótulo de Rei das Américas, é bem verdade que há de percorrer um árduo caminho até ameaçar o - incontestável - reinado barcelonista. Caminho este, maior que o imaginado por Muricy Ramalho.

E sim, este Barça que atua sem um centroavante sequer, que abusa dos toques rápidos e tem o argentino Lionel Andrés Messi em forma estupenda, é histórico e real. 

Sorte de que tem o prazer de vê-lo!
Ou seja, sorte sua. Sorte nossa...

Seleção Toque Di Letra

Da Redação

Tão logo se encerra o Campeonato Brasileiro, iniciam-se as premiações aos atletas de destaque. Como de fato, numa competição tão disputada, é improvável que os escolhidos sejam unanimidade. Abaixo, apresento minha seleção:

Fernando Prass - Seguro e arrojado, o experiente goleiro vascaíno foi um dos pilares do time vice-campeão brasileiro. Apesar das boas atuações de alguns concorrentes, foi o mais regular debaixo das traves.

Fágner - Veloz e de boa presença ofensiva, o lateral-direito do Vasco foi muito regular na competição e, por consequência, um dos destaques na campanha vice-campeã.

Dedé - Autor de gols decisivos e bastante seguro, o zagueiro cruzmaltino foi um dos principais jogadores do campeonato, fato que culminou na (merecida) convocação para a seleção brasileira.

Réver - Bom no jogo aéreo, o zagueiro foi figura de destaque na campanha do Atlético/MG. Presença constante na seleção de Mano Menezes, fez, assim como o alvinegro, um ótimo segundo turno.

Juninho - Ótimo apoiador, o lateral-esquerdo do Figueirense foi uma das gratas surpresas da competição. Acertado com o Palmeiras para a próxima temporada, superou o botafoguense Bruno Cortês, que teve um início esfuziante.

Ralf - Volante regular e de boa saída de bola, foi um dos pilares da conquista do Corinthians. Desde julho, tem sido convocado pelo técnico Mano Menezes.

Paulinho - Ótimo marcador e autor de gols decisivos, foi um dos destaques da equipe corintiana, pentacampeã brasileira. Convocado para a seleção brasileira, e alvo de clubes europeus, formou consistente dupla de volantes com Ralf.

Montillo - Com ótimos passes e belos gols, o argentino, que desperta o interesse de clubes brasileiros e do exterior, foi de extrema valia para a permanência do Cruzeiro na Série A.

Ronaldinho Gaúcho - Com seus lances e dribles geniais, o camisa 10 do Flamengo foi protagonista na boa campanha da equipe de Vanderlei Luxemburgo. Autor de 14 gols, voltou a ser convocado para a seleção brasileira em setembro.

Neymar - Principal nome do futebol tupiniquim, foi o destaque da despretensiosa campanha do Peixe. Mesmo poupado em diversas ocasiões, protagonizou jogadas sensacionais e anotou 13 gols.

Fred - Mesmo contestado pelo torcedor no início da competição, o ex-atacante da seleção brasileira foi um dos destaques do Fluminense. Vice-artilheiro, com 22 gols, em muito contribuiu à classificação do Tricolor para a Libertadores de 2012.

Neymar, do Santos, é o craque da equipe
(Arte: Douglas Vogel Zimmer/Toque Di Letra)

Melhor técnico: Tite - Outrora criticado, o treinador do Timão foi, sem dúvidas, decisivo no pentacampeonato nacional. Ao promover alterações arrojadas, ele modificou o panorama de inúmeros jogos e, porque não, da competição.

Craque: Neymar - Quando jogou, apresentou um futebol primoroso. Jamais se esquivou da responsabilidade, e fez dela, uma ótima oportunidade de crescimento em campo. Nota 10!

Revelação: Wellington Nem - Emprestado pelo Fluminense, o jovem meia-atacante fez um ótimo campeonato pelo Figueirense. Rápido e incisivo, desequilibrou com suas assistências e gols.

Após um fracasso, o Brasileiro

Vinícius Dias

Um técnico pouco vencedor, no comando de um elenco sem referência, e que acabara de perder os astros Ronaldo e Roberto Carlos, além do ótimo Dentinho - maior revelação das categorias de base nos últimos tempos -. Atrelados ao fracasso no 1º semestre, eram motivos suficientes para que o sentimento de desconfiança tomasse os torcedores corinthianos.

Eis que Andrés Sanchez, o torcedor-presidente, ou vice-versa, resolveu agir. Foi ao mercado e viabilizou aquilo que nem mesmo os mais fanáticos poderiam imaginar: o pentacampeonato nacional. Se Adriano 'Imperador' foi o principal nome contratado, Tite ainda ganhou os ótimos Alex, Liédson e Emerson 'Sheik'.

E assim, remontou seu esquema. O experiente Roberto Carlos, deu lugar a Fábio Santos, até então, reserva. Ronaldo, centroavante que apesar do faro de gol, pouco se movimentava, foi substituído pelo rápido e - também - decisivo, Liédson. Dentinho, de partida para o Leste Europeu, viu brilhar a estrela do jovem William, e Jorge Henrique, antes titular, viu crescer a sombra e a participação de Emerson.

Faltava um armador. Lacuna que deveria ser preenchida pelo reforço Alex. Certo? Pois Danilo, que jamais tinha conseguido se firmar, e via ameaçada sua permanência no clube, provou que estava equivocado. Ao assumir a responsabilidade, se tornou titular e peça fundamental no 4-3-2-1 alvinegro.

Com um padrão de jogo definido e que funcionou bem, mesmo na ausência de peças importantes (vale citar o 'Imperador' Adriano que, de grande reforço, se transformou em decepção), o Corinthians foi apesar de pouco encantador, muito eficiente.

Méritos de um presidente que, embora bastante criticado pelos adversários, se desdobrou para atingir seus objetivos, e de Tite, que mantido no cargo, soube se recuperar do fracasso na Libertadores, para voltar a ser decisivo.

Sejam bem-vindos!

Da Redação

Olá amigos! A partir deste mês, vou compartilhar com vocês as minhas opiniões, análises e informações dos bastidores esportivos. Por motivos óbvios, o futebol brasileiro será o tema de destaque neste novo espaço. Entretanto, prometo não me manter alheio aos gramados internacionais, sejam sul-americanos ou europeus.

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