Zé Eduardo, do Cruzeiro, acerta com América/RN

Vinícius Dias
Publicada em 28/07/2020, às 11h25

Após três semanas de negociações, o Cruzeiro encaminhou o empréstimo de Zé Eduardo ao América/RN. Vice-artilheiro do Campeonato Mineiro, com quatro gols marcados em cinco jogos pelo Villa Nova antes da paralisação devido ao coronavírus, o atacante, de 20 anos, reforçará a equipe de Natal na sequência desta temporada. 3º colocado no returno do Potiguar, o América ainda disputará Copa do Brasil e Série D.

Atacante ficará no Dragão até fevereiro
(Créditos: Gustavo Aleixo/Cruzeiro E.C.)

Conforme o Blog Toque Di Letra apurou, o interesse de Zé Eduardo em atuar profissionalmente pelo clube do coração foi decisivo para o acordo. Inicialmente disposto a emprestá-lo apenas com o interessado assumindo 100% dos vencimentos, o Cruzeiro cedeu depois de o atacante abrir mão de parte dos salários. Na composição, o clube celeste bancará 50%, enquanto o América desembolsará cerca de 30% do valor inicial.

Cruzeiro recusa Chape e Portugal

Com retorno tido como certo na era Adilson Batista, a situação de Zé Eduardo teve uma reviravolta na pandemia. Antes do acordo com o América, a Raposa recusou propostas da Chapecoense - empréstimo com salários integralmente pagos pelos mineiros - e do Gil Vicente, de Portugal. Os lusitanos tentaram a liberação sem custos do contrato até o início de 2023, com o Cruzeiro, que detém 80% dos direitos econômicos, mantendo 20%.

Romero segue na mira, e Cruzeiro avalia nova oferta

Vinícius Dias
Publicada em 22/07/2020, às 9h55

Passadas mais de três semanas da última proposta oficial recusada pelo Independiente, Lucas Romero segue em pauta no Cruzeiro. Com a permanência no clube argentino considerada improvável, a diretoria celeste monitora a situação do volante, de 26 anos. Descartando grandes investimentos, no entanto, a Raposa trata o nome como possível reforço de ocasião, especialmente após a contratação do lateral-direito paraguaio Raúl Cáceres e o retorno do volante e ex-capitão Henrique.

Cruzeiro já tem sinal verde do volante
(Créditos: Vinnicius Silva/Cruzeiro E.C.)

No mês passado, o Cruzeiro fez duas tentativas junto ao Independiente para repatriar o ex-camisa 22. Primeiro por empréstimo, custeando apenas os salários. Na segunda oferta, pagando cerca de R$ 500 mil reais pela cessão. Apesar da recusa, internamente, as negociações não foram dadas como encerradas. Uma alternativa avaliada nos bastidores, conforme o Blog Toque Di Letra apurou, é a composição de um empréstimo pago com cláusula de compra de parte dos direitos econômicos na sequência.

Dívida com Vélez dificulta acordo

Em débito com Lucas Romero, o clube argentino prepara uma reunião com seu staff. Embora a tendência seja de apresentação de uma proposta de readequação do contrato válido até junho de 2023, a saída já é admitida. O Cruzeiro já tem o sinal verde em caso de acordo entre as diretorias, mas o entrave segue: o Independiente prioriza a venda. Isso porque cerca de US$ 500 mil referentes à compra de 50% dos direitos econômicos junto ao Vélez Sarsfield, no ano passado, ainda não foram pagos.

2020 sofrido: o ano do Galo, enfim, chegou?

Alisson Millo*
Publicada em 20/07/2020, às 11h30

O novo normal não é tão diferente assim do antigo. Milhares de mortes diárias, polarização e a velha política do pão e circo, substituída agora por cloroquina e futebol. Em meio a tudo isso, o Atlético volta a campo oficialmente no próximo domingo diante do América. Na minha última vez por aqui, falei sobre os vários reforços e sobre as boas dúvidas na cabeça de Sampaoli para montar o time. Como de técnico e louco todo mundo tem um pouco, é hora de colocar o boné e projetar a escalação ideal e descobrir porque o homem lá que é o treinador, e não eu.


No gol, por enquanto, a disputa é entre Victor e Rafael. Campaña foi um pedido do argentino. Jandrei, do Athletico/PR, foi comentado. Mas Éverson, do Santos, é a bola da vez. Se realmente chegar, fatalmente será o dono da camisa 1. Entre os que estão aqui, a tendência é de que Rafael saia na frente. Victor é um dos grandes ídolos que eu tenho na história do Atlético, mas perdeu espaço desde a lesão na temporada passada e tem o futuro indefinido, então faz sentido priorizar quem acaba de chegar.

Na lateral-direita vai Guga. Mailton estreou muito bem, mas não manteve o nível nas oportunidades seguintes. Guga é tecnicamente superior, inclusive a Mariano, outro nome especulado. A posição tende a ser dele - pelo menos no meu time seria. Na esquerda, Guilherme Arana chegou para assumir a titularidade e assim deve ser. Inclusive, em um esquema com três zagueiros, Fábio Santos já tem treinado na primeira linha.

Por falar em zagueiros, Alonso e Igor Rabello formariam minha dupla. O paraguaio era aclamado no Boca Juniors e chega para ser o xerifão. Dos que aqui já estavam, Rabello é o melhor - e mais lindo, dizem as amigas leitoras - então colete para ele. Bueno chegou bem recomendado, mas ainda não o conheço a ponto de escalá-lo como titular. Gabriel, embora hoje seja mais zagueiro do que quando saiu, fica abaixo. Rever é outro ícone da história, mas as atuações antes da paralisação deixaram a desejar - assim como as do restante do elenco, mas isso é papo para outra hora.

O meio-campo é o mais recheado de opções. Em um esquema com três homens, Allan jogaria mais fixo, construindo as jogadas de trás, com Jair e Nathan à frente fazendo os papéis de box to box e criador de jogada, respectivamente. Caso volte no mesmo nível de quando se lesionou, o que é improvável, Gustavo Blanco assume a vaga de Jair. Léo Sena é um bom reforço e deve ter oportunidades. Alan Franco eu admito que não conheço, mas confio na indicação. Os demais largam atrás.

Atlético x América: domingo será para valer
(Créditos: Bruno Cantini/Agência Galo/Atlético)

Na linha ofensiva, eu iria com Savarino, Otero e Marrony. Savarino foi o único legado positivo deixado por Dudamel. Otero é uma ótima opção para as bolas paradas, além de ser bastante produtivo e voluntarioso em campo. Marrony, ainda que não seja um camisa 9 de ofício, pode adicionar ao ataque o dinamismo que faltava nos tempos dos centroavantes. Keno é uma ótima opção de velocidade, Dylan Borrero e Marquinhos são jóias a serem trabalhadas com calma. Nosso ídolo Tardelli, infelizmente, virou papo para 2021. E Cazares é a mesma história de sempre.

Sampaoli também é entusiasta do 3-4-3 que tanto gosto. Nesse esquema, no meu time ideal, sairia Nathan, com Gabriel fechando a primeira linha e adiantando os laterais para atuarem como alas na segunda linha. Outra opção com três zagueiros é apostar no bom e velho 3-5-2, dessa vez com Otero dando espaço para o defensor, adiantando Nathan para atuar como 10 e liberando Savarino para jogar com Marrony lá na frente: ataque rápido, mas com espaço para as subidas de Guga, Arana e Jair.

Caso a opção seja pelo tradicional e famigerado 4-2-3-1, Allan e Jair ocupam a segunda linha, e Cazares seria o nome ideal para atuar como armador, afinal, infelizmente, ele ainda é o melhor jogador para essa função. No 4-1-4-1, que eu particularmente rejeito, Gabriel pode atuar como primeiro volante, por falta de opção, com Nathan e Borrero centralizados à frente, dividindo as responsabilidades de recompor e pisar na área.

Agora, mais importante do que qualquer tática ou qualquer um desses jogadores é que o time tome forma e seja, de fato, um time, e não um amontoado de nomes. Opções e peças temos. Cabe ao treinador, bastante competente por sinal, escolher as que mais se encaixam no estilo que ele propõe para cada jogo. Tudo para o atleticano costuma ser mais sofrido. E que ano sofrido tem sido esse 2020. Será um indício?

*Jornalista. Corneteiro confesso e atleticano desde 1994.
@amillo01 no Twitter, capitão da seção Fala, Atleticano!

Sampaoli quer goleiro, e diretoria banca Rafael

Vinícius Dias
Publicada em 14/07/2020, às 21h30

No domingo, em entrevista à Rádio Itatiaia, Alexandre Mattos garantiu já ter dito nãos a Sampaoli. Ainda que o Atlético já tenha investido mais de R$ 85 milhões durante a pandemia, o ciclo de contratações não está oficialmente fechado. Porque, até aqui, as negativas foram de nomes, e não de posições. Já chegaram zagueiros, volantes e atacantes. Há laterais e meias em pauta. E, no que depender da comissão técnica, virá mais um goleiro.

Diretoria aposta em evolução de Rafael
(Créditos: Bruno Cantini/Agência Galo/Atlético)

Isso porque a definição do camisa 1 tem dividido opiniões nos bastidores. O entendimento da cúpula alvinegra é de que o ex-cruzeirense Rafael é seguro e tem margem de evolução no quesito jogar com os pés, chave para Sampaoli. O desejo do treinador tem sido reafirmado ao mercado nos contatos em busca de um nome viável. Sobretudo porque, diferentemente dos principais negócios fechados até aqui, não há parceiros nessa investida.

De pupilo a reserva do Athlético/PR

O primeiro alvo foi Éverson, titular do Santos de Sampaoli na temporada passada. Depois Martín Campaña, do Independiente, conquanto a consulta não tenha resultado em proposta por parte do clube. A bola da vez é Jandrei, que pertence ao Genoa, da Itália, e está emprestado ao Athlético/PR, onde é reserva. A operação pelo goleiro é considerada cara. E a diretoria tem bancado Rafael. Alexandre Mattos dirá mais um não?

Eder Luis, ex-Atlético, fecha com o Uberlândia

Da Redação
Publicada em 11/07/2020, às 9h55

Um dos destaques do Atlético na conquista do Campeonato Brasileiro da Série B, em 2006, Eder Luis está de volta ao futebol mineiro. O atacante, de 35 anos, que estava sem clube desde a passagem pelo Guarani, na temporada passada, reforçará o Uberlândia na reta final do Campeonato Mineiro. A negociação foi concretizada nessa sexta-feira.

Ex-atleticano é reforço do Uberlândia
(Créditos: Uberlândia Esporte Clube/Divulgação)

Eder Luis, que vinha se condicionando fisicamente no CT Ninho do Periquito, já estará à disposição do treinador Luizinho Lopez para o confronto em casa contra o Villa Nova, no dia 26 de julho, que marcará a retomada do estadual. Hoje em sétimo lugar, com 11 pontos, o Uberlândia fechará sua participação diante do Tombense, em Tombos, três dias depois.

FMF fatura mais que Atlético, e Cruzeiro tem prejuízo

Vinícius Dias
Publicada em 08/07/2020, às 11h35

Com retorno previsto para o próximo dia 26, com portões fechados, o Campeonato Mineiro levou 234.128 torcedores aos estádios nas oito primeiras rodadas antes da paralisação devido ao coronavírus. Financeiramente, no entanto, antes mesmo da pandemia, poucos clubes tinham motivos para comemorar. Conforme levantamento realizado pelo Blog Toque Di Letra a partir dos borderôs, em 32 das 48 partidas disputadas até a oitava rodada os mandantes pagaram para jogar. E apenas cinco das 12 equipes do módulo I registraram saldo positivo nas bilheterias no período.

Clássico: renda recorde evitou prejuízo do Galo
(Créditos: Gustavo Aleixo/Cruzeiro E.C.)

Detentora, por regulamento, de 10% da renda bruta de todos os duelos - em regra, repassando 1,5% para a liga local em partidas realizadas no interior -, a FMF faturou mais do que todos os participantes: R$ 329.850,54, média de R$ 41 mil por rodada. Líder entre clubes, o Uberlândia somou receita líquida de R$ 273.425,13 nos quatro confrontos como mandante. O Atlético, que levou mais de 91 mil torcedores às arquibancadas em seus jogos, contabilizou a segunda maior arrecadação: R$ 153.162,13. URT, Patrocinense e Coimbra completam a lista de clubes com saldo positivo.


Com público total inferior a nove mil torcedores em quatro jogos no Horto, o América teve o maior prejuízo: R$ 237.874,20. Já o Cruzeiro, que ficou no azul em apenas uma das quatro partidas disputadas em casa, registrou prejuízo de R$ 131.278,14 nas oito primeiras rodadas. Curiosamente, no entanto, o time celeste foi um visitante desejável: todas as equipes que enfrentaram a Raposa como mandantes tiveram saldo positivo nas bilheterias - incluindo o rival Atlético, que fechou o borderô do clássico com renda líquida de R$ 219.120,27, a maior do estadual antes da paralisação.

(Arte: Vinícius Dias/Blog Toque Di Letra)

A lista de participantes com prejuízo é completada por Tombense, Villa Nova, Boa Esporte, Caldense e Tupynambás. Na lanterna e ainda sem vencer no estadual, a equipe de Juiz de Fora divide com o América o recorde de jogos com borderô negativo: quatro - a exceção foi o duelo com o Cruzeiro, válido pela 4ª rodada. E se a maioria dos clubes está no vermelho, a administradora do Mineirão chegou à 8ª rodada com saldo de R$ 125.865,90, contabilizando a participação na renda de três confrontos do Cruzeiro, além do clássico, faturamento superado apenas por Uberlândia e Atlético.

Contrato milionário e cotas pagas: a TV no Mineiro

Vinícius Dias
Publicada em 06/07/2020, às 11h45

Enquanto Flamengo, Ferj e Rede Globo protagonizam uma guerra fria nos bastidores pelos direitos de transmissão do Campeonato Carioca, o clima em Minas Gerais é de paz entre FMF, clubes e TV. Conforme o Blog Toque Di Letra apurou, o contrato milionário, assinado até 2021, e com cotas já pagas - somados, os participantes do módulo I e a federação receberam R$ 40,1 milhões nesta temporada - impulsiona as articulações visando à retomada do estadual. Inicialmente, a data traçada é o próximo dia 26.

Estadual impulsiona receitas de rivais
(Crédito: Bruno Cantini/Agência Galo/Atlético)

Entre os principais interlocutores do futebol mineiro, a boa relação com a TV é exaltada desde a edição passada. Primeiro pelo fato de a emissora não ter acionado a cláusula que abria a possibilidade de rescisão sem multa, até maio de 2019, do acordo referente às temporadas de 2020 e 2021. E agora por, mesmo diante da possibilidade de enxugamento do calendário do estadual visando à conclusão na primeira quinzena de agosto, não ter entrado em pauta qualquer discussão sobre revisão das cotas.

De 'rural' a maior fonte de renda

Antes apelidado de 'rural', o Mineiro ganhou, em tempos de pandemia, status de principal fonte de renda no primeiro semestre para boa parte dos clubes. Com valores recordes nesta edição, o Atlético teve direito a mais de R$ 13,3 milhões, em três parcelas, entre janeiro e março - mesma fatia do Cruzeiro, antecipada pela gestão passada. O América faturou cerca de R$ 3,1 milhões, também em três parcelas. Já as equipes do interior embolsaram quase R$ 950 mil, em parcela única, antes mesmo do início do torneio.

Ex-Cruzeiro, Ceará prepara candidatura a vereador

Vinícius Dias
Publicada em 03/07/2020, às 19h20

Bicampeão brasileiro pelo Cruzeiro, o lateral-direito Ceará aguarda a definição da FMF sobre a Segunda Divisão do estadual para retornar aos gramados, quase três anos depois de pendurar as chuteiras, com a camisa do União Luziense, de Santa Luzia. À espera da 'desaposentadoria', como brinca, o jogador prepara, fora de campo, a estreia na política. Aos 40 anos e filiado ao Avante, Ceará é pré-candidato a vereador em Nova Lima, na Região Metropolitana de BH, onde mora desde 2012.


"Desde os 13 anos, quando entrei no Santos, são dois terços da minha vida envolvido com futebol de alto nível. Então meu network é bem elevado e eu vi que poderia contribuir. Me aproximei da política dessa maneira", revela ao Blog Toque Di Letra. Aproximação que significou uma mudança de planos. "Enquanto estava no futebol, eu não tinha intenção de me envolver. Minha intenção era me reconverter profissionalmente em agente ou empresário de jogadores. Hoje sou intermediador", emenda o lateral.

De volta ao futebol, Ceará mira política
(Créditos: Washington Alves/Light Press/Cruzeiro)

Mas, afinal, o que levou o pré-candidato a aceitar o desafio de voltar aos gramados? "Conheci o presidente do União Luziense, Irani Gomes, por meio de um amigo. Em uma brincadeira no CT, ele identificou que eu ainda teria condições de ajudar em campo e, junto com o treinador, conversou comigo. Acertamos que eu 'desaposentaria' e jogaria quatro, cinco meses, com o objetivo de buscar o acesso para o módulo II", explica Ceará, que fez sua última partida, em outubro de 2017, pelo América.

Amizades do futebol em pauta

Com prazo definido para pendurar as chuteiras pela segunda vez, o ex-cruzeirense, caso eleito, conciliará o mandato com a direção-geral da PSG Academy, escola de futebol do PSG que será inaugurada em Belo Horizonte após a pandemia. Por enquanto, com esporte e fé como bandeiras, Ceará já mira o apoio dos amigos do futebol e dos tempos de Cruzeiro para concretizar seu objetivo nas urnas, em 15 de novembro. "Vou solicitar a eles uma força nessa caminhada. Tudo no momento certo", diz.

Contra o Covid, pelo Galo: é hora de sair da fila!

Alisson Millo*
Publicada em 01/07/2020, às 13h45

Aos poucos, o Brasil vai fingindo que tudo está de volta à normalidade. O futebol é só mais um sintoma do descaso com a situação atual. Em vez de aproveitar essa pausa rara, ainda que forçada, para pensar alternativas para tornar o futebol melhor, a pressão é para que os jogos simplesmente retornem para que tenhamos a conclusão dos estaduais. No Rio, um dos grandes epicentros do Covid-19, o Carioca voltou. Aqui em Minas já têm sido estudadas medidas para uma maratona de jogos rumo à final.

Em vez de adequar o calendário ao europeu para amenizar o desmanche nos clubes bem no meio da temporada, vamos forçar a normalidade. Em vez de unir forças para salvar vidas, vamos entrar em embates políticos sobre locais de jogos e direitos de transmissão. No cabo de guerra da cartolagem, a corda arrebenta para o lado do torcedor. Eu, particularmente, sinto muita saudade de acompanhar os jogos do Galo toda semana. Tenho saudades de ir ao Independência, ao Mineirão. Eu, como a maioria dos atleticanos, estou empolgado com as perspectivas desse elenco reforçado e comandado por um treinador à altura do clube, mas isso não quer dizer que eu queira jogos com a curva crescente de contaminação e morte.

Perto dessa situação toda, parece até abstrato falar de futebol, mas vamos lá. O Galo, hoje, tem um mecenas financiando os pedidos de Sampaoli e as negociações extravagantes de Alexandre Mattos. Independentemente dos nomes trazidos e dispensados, a melhor contratação do Atlético é a parceria com Rubens Menin. Dono de fortuna que eu nem consigo imaginar quanto dinheiro representa, ele está injetando grana para fazer um time capaz de lutar por títulos e ter destaque no cenário nacional e internacional.

Sampaoli: símbolo da esperança alvinegra
(Créditos: Bruno Cantini/Agência Galo/Atlético)

Chegaram diversos nomes, para quase todas as posições. Outros estão sendo especulados. Vários já se foram, alguns pareciam que iriam, mas talvez renovem. Isso capacita o elenco, que será muito exigido, tanto pelo rodízio proposto pelo treinador quanto pelo calendário encavalado que se negam a repensar. Projetar um 11 inicial hoje é impossível, mas, pela primeira vez em muito tempo, as dúvidas sobre quem será titular passam por quem é melhor, não por quem é o menos pior. Bons ventos sopram na direção do clube, e que eles não sejam escassos como em um passado muito recente.

Mesmo não estando na liderança, somos os favoritos a conquistar o Mineiro. Pelo investimento e pelas contratações, somos um dos candidatos ao título brasileiro. Um grande time não é montado de um dia para o outro, mas estamos perto de sair da fila, incômoda em tempos de coronavírus e em termos de Brasileirão. Que o Brasil não se acabe antes disso e que todos tenhamos saúde para presenciar as conquistas que estão por vir.

Use máscara, evite aglomerações e vista a camisa com orgulho!

*Jornalista. Corneteiro confesso e atleticano desde 1994.
@amillo01 no Twitter, capitão da seção Fala, Atleticano!