Maluf recebeu agente ligado a argentino bicampeão da Copa
Libertadores em Porto Alegre, mas tratativas não evoluíram

Vinícius Dias

Dois dias após o anúncio da saída de Levir Culpi, a diretoria do Atlético trabalha nos bastidores para definir o nome do treinador que vai dirigir o time alvinegro na próxima temporada. A busca, por enquanto, ainda não teve resultado. No início da tarde deste sábado, em Porto Alegre, onde a delegação alvinegra está desde ontem, o diretor de futebol Eduardo Maluf recebeu um emissário ligado a Edgardo Bauza. O argentino, que chegou a ser especulado anteriormente, está descartado.

Bauza conquistou Libertadores em 2014
(Créditos: Club Atlético San Lorenzo/Divulgação)

Campeão da Libertadores em 2008, pela LDU, e no último ano, pelo San Lorenzo, Bauza deixou a equipe argentina em novembro e, desde então, tem prospectado oportunidades no mercado. O treinador enxerga o Brasil como destino interessante. No caso do Atlético, porém, segundo o Blog Toque Di Letra apurou, o desejo do argentino esbarra na preferência da cúpula pelo acerto com um brasileiro.

Pessimismo nos bastidores

Sem clube desde que deixou o São Paulo, em abril, Muricy Ramalho foi a primeira opção a ser contatada pela diretoria. O tom nos bastidores, no entanto, é de pessimismo e o presidente Daniel Nepomuceno já admite a chance de perdê-lo para o Flamengo. A expectativa é de que o nome do novo técnico seja anunciando após o Brasileiro.

Levir ainda é assunto no Atlético

Vinícius Dias

A opção de Levir Culpi por antecipar a saída do Atlético ainda não foi bem digerida nos bastidores do clube. Na última quarta-feira, o então técnico alvinegro se reuniu com Daniel Nepomuceno e recebeu sinalização de que não teria seu contrato renovado para a próxima temporada. Logo no dia seguinte, em entrevista coletiva, decidiu oficializar o encerramento de seu ciclo no clube. Ciclo que, na visão da diretoria, deveria ser fechado ante a Chapecoense, no Mineirão, na próxima semana.

Levir deixou o Atlético na quinta-feira
(Créditos: Bruno Cantini/Flickr/Atlético-MG)

Até mesmo o diretor de futebol Eduardo Maluf, defensor do trabalho do paranaense, se mostra desagradado com a decisão. O entendimento é de que, apesar do desgaste natural, era boa a relação entre Levir e elenco e não havia motivo para a decisão de não cumprir o vínculo até o fim desta temporada. O trabalho de 19 meses, que rendeu ao clube as conquistas estadual, da Recopa e da Copa do Brasil, com aproveitamento superior a 60%, foi o quarto no Atlético.

Três meses de negociação

Em agosto, quando o alvinegro liderava o Brasileiro, Levir Culpi chegou a receber oferta para antecipar a ampliação do contrato até o fim de 2016. Por meio de uma contraproposta, o treinador solicitou alguns ajustes e, desde então, as tratativas não avançaram. Apesar disso, Levir participou ativamente do planejamento para o próximo ano, definindo os nomes de atletas que serão reintegrados após empréstimo e data do recomeço dos trabalhos na Cidade do Galo, por exemplo.

Programa federal, instituído em agosto passado, permite aos
clubes parcelamento de dívidas com multas e juros reduzidos

Vinícius Dias

Na próxima segunda-feira, dia 30 de novembro, encerra-se o prazo para adesão ao Profut. Instituído pela Lei Federal 13.155/2015, sancionada em agosto passado pela presidente Dilma Rousseff, o programa permite aos clubes brasileiros o parcelamento de suas dívidas de ordem fiscal em até 240 meses, com redução dos valores de multas (70%), juros (40%) e de encargos legais (100%). Débitos relativos ao FGTS podem ser parcelados pelo período de até 180 meses.


Para adesão, os clubes devem apresentar estatuto social, demonstrações financeiras e contábeis e relação de operações de antecipação de receitas realizadas. A permanência no Profut está condicionada a dez itens, entre eles manter-se em dia com obrigações trabalhistas e tributárias federais; limitar custos com folha de pagamento e direitos de imagem de atletas a 80% da receita bruta anual do futebol; e fixar no estatuto o período de mandato para presidência e demais cargos eletivos em até quatro anos, permitindo uma reeleição.

Lei Federal foi sancionada em agosto
(Créditos: José Cruz/Agência Brasil)

Mas, afinal, como América, Atlético e Cruzeiro avaliam o programa? Quais são as principais críticas? E as cifras envolvidas nos acordos costurados pelos três clubes que vão representar Minas Gerais na Série A em 2016? Nos três últimos dias, a reportagem do Blog Toque Di Letra entrou em contato com dirigentes e fontes ligadas aos administradores das equipes para responder às questões levantadas acima.

Atlético: economia de R$ 57 mi

Pioneiro na adesão ao Profut, o Atlético projeta um abatimento de R$ 57 milhões na dívida fiscal, devido à redução das multas, juros e encargos, segundo revelou o diretor jurídico Lásaro Cândido. Mensalmente, o clube desembolsará cerca de R$ 450 mil com o programa. Com R$ 52 milhões bloqueados, o alvinegro se apoia em uma liminar concedida pelo TRF, em Brasília, para utilizar o montante para pagamento das parcelas. A decisão, entretanto, não é tratada como definitiva. "A União ainda pode recorrer", pontuou Lásaro.

Lásaro Cândido palestra sobre programa
(Créditos: Ricardo Barbosa/ALMG/Divulgação)

A despeito da abertura para quitação das dívidas, o jurista citou pontos falhos do programa federal, como a não redução da alta carga tributária paga pelos clubes e a redução de multas em patamares inferiores aos de parcelamentos semelhantes. "No caso das dívidas dos empregadores de trabalhadores domésticos, houve redução de 100%", indicou. O governo, na ótica dele, não abriu o jogo. "Parte dos valores são indevidos, mas os clubes aceitaram confessar dívidas questionáveis apenas para obterem o parcelamento", acrescentou.

Cruzeiro: adesão encaminhada

Com documentação pronta e alterações no estatuto aprovadas desde o mês passado, o Cruzeiro acerta os últimos detalhes antes de oficializar a adesão. "Está tudo tranquilo", pontuou Sérgio Santos Rodrigues, mestre em Direito e superintendente de futebol do clube, na terça-feira passada. Nos bastidores da Raposa, é projetada uma economia na faixa de R$ 20 milhões com o ingresso no programa.

Sérgio Rodrigues cita falhas do Profut
(Créditos: Ricardo Barbosa/ALMG)

Apesar de considerá-lo um movimento necessário, Rodrigues também vê falhas no Profut. "Por exemplo, ao determinar o máximo de anos de um mandato", argumentou. Esse tópico, na visão do advogado, vai contra a Constituição, que diz que entidades de administração do desporto e de prática desportiva têm autonomia. "Além disso, o caso de CND (Certidão Negativa de Débito) ser critério técnico para rebaixamento, acesso ou não participação em torneios", completou.

América: saldo devedor cai 25%

No América, a adesão ao programa é considerada questão de tempo. "O clube vai se adequar ao Profut. Já foi aprovado pelo Conselho, que deu autonomia para a direção do América fazer (a adequação)", assegurou o presidente Alencar da Silveira Júnior. Dos três dirigentes consultados pela reportagem, Alencar foi o menos incisivo em relação às críticas. Ele avalia que, em um futuro bem próximo, o funcionamento do programa poderá apontar a necessidade de adequações.

Alencar fala em adequação próxima
(Créditos: Rafael Ribeiro/CBF/Divulgação)

A cúpula alviverde ainda discute as possibilidades ofertadas pelo Profut e, por isso, tem evitado externar projeções de abatimento da dívida. Mas o cenário é positivo. Conforme a reportagem apurou junto ao Conselho Fiscal, o clube está inscrito em outros projetos de refinanciamento e, atualmente, desembolsa R$ 150 mil por mês. Com a migração para o Profut, que fixa prazo maior, a parcela mensal ficará em torno de R$ 100 mil. A dívida, na comparação, terá redução de 25%.

Parcelas reduzidas até o 5º ano

A Lei oferece a possibilidade de redução do valor da parcela mensal nos cinco primeiros anos - redução de 50% do primeiro ao segundo ano; de 25% entre o terceiro e o quarto; e de 10% no quinto. Neste cenário, os débitos são somados ao restante. A taxa Selic é referência para correção dos valores, o que gera debate. "(Uma) taxa alta e que, em médio prazo, vai impactar as contas dos clubes, provavelmente até inviabilizando esse parcelamento", pontua Lásaro Cândido.

Inscrições de atletas poderão ser feitas até a véspera da final;
transferências entre as equipes participantes estão permitidas

Vinícius Dias

O regulamento da Primeira Liga, torneio organizado pelos clubes do eixo Sul-Minas-Rio foi divulgado nesta quinta-feira, dia 26 de novembro. Entre outros pontos, ficou definido que as inscrições dos jogadores poderão ser feitas até a véspera da decisão. Transferências entre clubes participantes estão permitidas. A disputa acontecerá em três fases, entre os meses de janeiro e março do próximo ano.

Encontro desta tarde nas Laranjeiras
(Créditos: Nelson Perez/Flickr/Fluminense F.C.)

Na primeira fase, os clubes serão divididos em três grupos. Na segunda, o time de melhor campanha recebe o melhor segundo colocado, enquanto o dono da terceira melhor campanha visitará o dono da segunda. A decisão não ocorrerá em campo neutro, contrariando a projeção inicial. O finalista com melhor campanha na fase inicial será mandante.

Definição dos participantes

O documento confirma a adoção do ranking nacional de clubes de 2016, antecipada em outubro pelo Blog, como critério para a definição dos 12 participantes. Espera-se pela divulgação até o dia 15 de dezembro. Caso contrário, será utilizado o ranking vigente. O STJD ficará responsável por julgar as infrações disciplinares.

Com concorrência alagoana, cúpula do Leão tenta aproveitar
presença do atleta na capital para encaminhar a contratação

Vinícius Dias*

A uma semana da apresentação do elenco para a próxima temporada, a diretoria do Villa Nova segue em busca de reforços. Depois de contratar mais de 20 jogadores, um dos alvos prioritários é o veterano Marcelinho Paraíba. No time, o meia, que atualmente defende o Joinville, se juntaria a atletas como Roger Guerreiro, meia brasileiro com passagem pela seleção polonesa; Soares, atacante ex-Cruzeiro; e Fábio Júnior, que exercerá as funções de atacante e manager.


O convite ao jogador foi feito há cerca de três semanas e, nos bastidores do alvirrubro, há clima de otimismo. Conforme revelou ao Blog Toque Di Letra fonte ligada à presidência do Leão do Bonfim, uma nova rodada de conversas entre as partes deve acontecer nesta semana, aproveitando a presença de Marcelinho Paraíba em Belo Horizonte para o confronto entre Cruzeiro e Joinville, no Mineirão. 

Meio-campista deve deixar o Joinville
(Créditos: Joinville Esporte Clube/Divulgação)

Com contrato até dezembro, o meio-campista demonstrou interesse em permanecer na equipe de Santa Catarina. Porém, com a confirmação do rebaixamento para a Série B, a diretoria planeja reformular o elenco e a tendência é de que Marcelinho tenha de buscar novos caminhos. Além do Villa Nova, o alagoano CSA planeja contar com o camisa 10, que marcou cinco gols e ainda deu cinco assistências em 28 duelos disputados neste Campeonato Brasileiro.

*Com colaboração de Beto Lima (SC)

Sistema defensivo supera negativamente marcas dos últimos
anos, mas jogadores têm desempenho individual reconhecido

Vinícius Dias

Com 61 gols marcados em 36 jogos, o Atlético ostenta o segundo melhor ataque da Série A, desempenho superado apenas pelo Corinthians, que balançou as redes 70 vezes nesse período. A vocação ofensiva, com um esquema marcado por pressão na saída de bola adversária e constantes subidas dos laterais, tem se traduzido, porém, em brechas na estrutura defensiva. Ao lado do São Paulo, o alvinegro ocupa o oitavo lugar na lista dos times mais vazados no torneio, com 45 gols.


Mais do que a queda de rendimento, os números indicam acentuação do desequilíbrio entre os setores nos últimos meses. Enquanto na primeira metade do torneio a equipe fez 33 gols e sofreu 18, em 17 rodadas do returno, já foram registrados 27 gols sofridos - 14 deles nos últimos seis embates - e 28 marcados. Se no primeiro turno o Atlético deixou o campo sem ser vazado em sete das 19 partidas, no segundo turno, por outro lado, sofreu pelo menos três gols em quatro das cinco derrotas.

Defesa atleticana foi vazada 45 vezes
(Créditos: Bruno Cantini/Flickr/Atlético-MG)

Embora tenha reconhecido que o ataque também vem falhando, o técnico Levir Culpi citou a necessidade de ajustes no sistema defensivo após o revés ante o São Paulo, na última quinta-feira. A título de comparação, a equipe sofreu dois gols a mais do que o lanterna Joinville. A duas rodadas do término da competição, o Atlético já superou negativamente os índices de 2012, quando foi vazado 37 vezes, e 2013 e 2014, edições em que sofreu 38 gols.

Sucesso individual

Embora coletivamente o desempenho esteja longe do ideal, do ponto de vista individual, dois defensores alvinegros têm motivos para festejar. O lateral-esquerdo titular Douglas Santos foi convocado por Dunga para os duelos com Argentina e Peru, enquanto o nome do zagueiro Jemerson foi incluído na lista para o jogo contra os peruanos. O cenário corrobora a declaração do capitão Leonardo Silva, que pontuou que o aproveitamento defensivo não se restringe ao goleiro e à zaga.

Há dois anos, diagnóstico alterou a rotina de morador da zona
rural de Sabará, que fala em 'conhecer Victor', segundo a mãe

Vinícius Dias

Com o olhar dividido entre o televisor - que exibia em preto e branco as imagens produzidas pelo videogame - e seu ilustre companheiro de jogo, Samuel, de seis anos, ainda teve tempo de, por meio do sorriso singelo, reconhecer que aquela era uma manhã especial. Mais do que isso. Era a chance de deixar de lado a dura rotina de quem luta contra o câncer, um inimigo silencioso. "A alegria dele ao me ver, quando ganhou a camisa do Galo, mostrando para mim. Eu nunca mais vou esquecer os olhinhos dele brilhando". Personagem-chave daquele sábado, Róbson Oliveira, sósia de Ronaldinho Gaúcho, não contém a emoção.


O responsável por apresentar o pequeno atleticano, que reside na região rural de Sabará, a Róbson foi o produtor rural Diego Lourdes Ferreira, de 25 anos. Morador da vizinha Belo Vale, Ferreira participa de um grupo de voluntários que anualmente realiza campanhas beneficentes no Natal. Em 2015, os trabalhos iniciaram mais cedo: quando Diego foi contatado por uma tia de Samuel, que o informou sobre a batalha do garoto. "Fizemos uma surpresa para ele. O Róbson é uma pessoa de um coração enorme, sempre envolvido em ações sociais", diz.

Samuel ao lado de Diego e Róbson
(Créditos: Arquivo Pessoal/Diego Ferreira)

A mãe de Samuel, que optou por não ser identificada, detalhou a luta à reportagem. Tudo começou com o diagnóstico de câncer em um dos rins, há dois anos. Mesmo com a retirada do órgão, o tumor alcançou o fígado por meio de metástase. A rotina de combate inclui sessões - faltam três - de quimioterapia realizadas a cada 20 dias no Hospital da Baleia, onde fica internado por cinco dias. Nos cinco dias seguintes, se submete a injeções para aumentar a imunidade em uma clínica de BH, tendo de recorrer, diariamente, a até três ônibus no trajeto de ida.

Apoio de voluntários

Os procedimentos médicos são custeados pelo plano de saúde do pai - o único empregado na casa, onde ainda moram duas filhas. Porém, Samuel necessita de doses extra de medicação, que devem ser administradas em casa. Nesse ponto surge o trabalho dos voluntários. "A partir de amigos, conseguimos alguns remédios e monitoramos para que não falte", relata Diego Ferreira, que tem utilizado as redes sociais para convocar amigos. Concluída a quimioterapia, Samuel deve passar, no próximo ano, por uma cirurgia de remoção de parte do fígado.

Campanha pelas ruas de Belo Vale
(Créditos: Arquivo Pessoal/Diego Ferreira)

Além de remédios, a arrecadação contempla cestas básicas e materiais de construção. Isso porque o grupo teve a iniciativa de, na próxima semana, iniciar uma reforma na casa onde vive Samuel. Além da falta de acesso a saneamento básico, o local tem paredes e chão sem acabamento. "Não é adequado para uma criança que realiza esse tipo de tratamento", afirma Diego. Reforçada pelo sósia de Ronaldinho, a campanha sensibilizou a mãe do garoto. "Se Deus deixar e, no futuro eu puder contribuir (no projeto), eu quero. Fico muito comovida", diz.

A paixão pelo Atlético

Filho de cruzeirenses, Samuel herdou das irmãs a paixão pelo Atlético. De acordo com a mãe, desde os tempos em que ainda sequer sabia falar, o pequeno já se apresentava como coleticano, sua expressão particular do adjetivo atleticano. A recente amizade com Diego alimentou a paixão pela equipe. O torcedor presenteou o garoto com camisas de jogo e com um modelo da coleção do camisa 1 Victor. "Agora, ele está falando que quer conhecer o Victor", revela a mãe.

Sósia produziu vídeo durante visita
(Créditos: Arquivo Pessoal/Róbson Oliveira)

Diego já prometeu, inclusive, levá-lo ao estádio após o tratamento. Mas, neste momento, a prioridade é outra. Neste sábado, a partir das 20h, o município de Vargem de Santana, na região de Belo Vale, vai receber um evento organizado pelo grupo de voluntários - que, nos próximos meses, deve constituir uma ONG, de nome Anjos do Bem. A intenção é arrecadar dinheiro e materiais de construção para a causa.

Saiba como colaborar:
Diego: (31) 99278-5352

André em alta no mercado

Vinícius Dias

De coadjuvante no Atlético, onde atuou apenas duas vezes no primeiro semestre, a peça-chave no Sport. Há cinco meses em Recife, o atacante André se tornou titular absoluto e xodó do Leão. Os números justificam: quase 40% dos gols do time no Campeonato Brasileiro contaram com a participação dele - de acordo com dados do Footstats, marcou 12 vezes, além de dar seis assistências. A boa fase do camisa 90 tem despertado o interesse de vários clubes.

André: destaque do Sport no Brasileirão
(Créditos: Carlos Ezequiel Vannoni/Sport Recife)

Corinthians, Grêmio e Inter monitoram a situação de André. As tratativas, no entanto, ainda não avançaram. O motivo, conforme o Blog Toque Di Letra apurou, é o fato de o staff do atleta aguardar, para janeiro, ofertas de equipes asiáticas. A possibilidade de reaver parte do investimento feito entre 2011 e 2012 agrada ao Atlético, com quem o avante tem vínculo até junho de 2016. De acordo com o site especializado Transfermarkt, André está avaliado em € 2,1 milhões.

Uruguaio mais distante

De acordo o periódico Olé, o meio-campista Carlos Sánchez deve deixar o River Plate, da Argentina, para vestir a camisa do Monterrey, do México, após o Mundial de Clubes. Pelo menos quatro clubes do Brasil, entre eles Atlético e Cruzeiro, estavam interessados no jogador uruguaio, conforme apurou a reportagem. Contudo, a pedida salarial de cerca de US$ 80 mil mensais, mais US$ 4 milhões pela assinatura do vínculo, foi considerada elevada pelos interessados.

Alex em Belo Horizonte

Capitão do Cruzeiro na conquista da Tríplice Coroa em 2003, o ex-camisa 10 Alex estará na capital mineira na próxima quinta-feira, dia 19, para o lançamento de Alex, a biografia, livro escrito pelo carioca Marcos Eduardo Neves. "A expectativa é de que seja algo parecido com o lançamento em São Paulo. Lá, foram vendidos mais de 450 livros", disse Alex ao Blog. O evento acontecerá a partir das 18h, no Itatiaia Rádio Bar, na Rua Pium-Í, 620, no bairro Anchieta.

Segunda edição do 'Ciclo de Debates Muda Futebol Brasileiro'
foi realizada nessa terça, no plenário da Assembleia mineira

Vinícius Dias

Com direito a uma plateia reforçada por nomes consagrados no cenário mineiro, como os ex-jogadores Wilson Gottardo, Paulo Roberto Prestes e Fábio Júnior e os treinadores Renê Santana, Ricardo Drubscky e Emerson Ávila, o plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais recebeu, nessa terça-feira, dia 10 de novembro, a segunda edição do 'Ciclo de Debates Muda Futebol Brasileiro'. O evento contou três paineis temáticos, além de três palestras de especialistas.

Palestrantes do II Ciclo de Debates
(Créditos: Sarah Torres/ALMG/Divulgação)

Na palestra magna, o diretor da Universidade do Futebol, Eduardo Tega, citou a realização de debates profundos como 'lado positivo do 7 a 1'. Os portugueses Júlio Garganta, doutor em Ciências do Desporto, e Isabel Mesquita, da Universidade do Porto, foram os outros dois palestrantes. Isabel abordou o mercado dos técnicos, criticando a legislação brasileira, que obriga que os profissionais tenham graduação em Educação Física, enquanto Júlio destacou o processo de formação de atletas. "Talento é conquista, e não dom", afirmou.

Reestruturação do futebol

O painel sobre reestruturação do futebol brasileiro reuniu, entre outros personagens, o zagueiro Gilberto Silva; o diretor de competições da FMF, Paulo Bracks; Lásaro Cândido, diretor jurídico do Atlético, que detalhou a Lei Federal 13.155/2015 - conhecida como Profut - e Sérgio Rodrigues. O superintendente de futebol celeste abordou tópicos como a intervenção estatal no futebol, que julga desnecessária, e a valorização do produto a partir da divisão mais equilibrada de cotas.

Louis Dolabela e Paulo Roberto Prestes
(Créditos: Vinícius Dias/Blog Toque Di Letra)

À tarde, Márcio Rezende de Freitas comandou um painel sobre arbitragem no futebol e discutiu itens como profissionalização e uso de tecnologia. O comentarista avaliou como incoerente o fato de os árbitros serem a única engrenagem amadora de um esporte que movimenta bilhões de reais. No painel final, convidados ligados ao poder judiciário e à administração de clubes, além de Próspero Paoli, doutor em Educação Física, debateram o cenário atual e as perspectivas para o futebol amador e as categorias de base em Minas Gerais.

Inscritos elogiam o evento

Depois de participar do ciclo pelo segundo ano consecutivo, o advogado Louis Dolabela, especialista em direito desportivo, exaltou a iniciativa. "Os temas escolhidos são relevantes, refletem a necessidade de se repensar o futebol brasileiro, principalmente fora de campo", disse. Louis apontou, no entanto, a importância de o debate resultar em ações práticas. "É preciso saber quais medidas efetivas os responsáveis pelo ciclo de debates estão tomando para mudar o futebol brasileiro".

Fábio Júnior ao lado de Wilson Gottardo
(Créditos: Vinícius Dias/Blog Toque Di Letra)

Presença ilustre, o ex-zagueiro Wilson Gottardo, capitão do Cruzeiro na conquista da Copa Libertadores, em 1997, destacou a importância de se discutir novas ideias e propostas para o futebol, algo que já acontece em países europeus desde a década de 1970. A expectativa, contudo, é por resultados em longo prazo. "Essa é uma discussão ampla, complexa. Não podemos caminhar todos esses passos em cinco ou dez anos. É preciso haver tempo", pontuou.

Escritor Marcos Eduardo Neves e ex-camisa 10 cruzeirense
antecipam detalhes da publicação ao Blog Toque Di Letra

Vinícius Dias

Seis clubes, além da seleção, 1.035 partidas disputadas, 422 gols e 356 passes decisivos. Com a classe digna de um maestro, Alex construiu uma carreira vitoriosa ao longo de quase duas décadas no futebol. A tarefa de eternizá-la no papel coube a Marcos Eduardo Neves. As 256 páginas de Alex, a biografia são resultado de uma troca de passes entre Neves e o curitibano. "Me senti Coutinho com Pelé. Me senti Bebeto com Romário", afirma o jornalista ao Blog. "Descobri e vou mostrar ao leitor um lado do futebol que poucos conhecem", acrescenta.


O lançamento oficial acontece nesta terça-feira, em São Paulo. Na próxima semana, no dia 19 de novembro, será a vez de a capital mineira receber personagem e biógrafo - cujo currículo literário inclui obras sobre Renato Gaúcho e Heleno de Freitas. O livro, publicado pela Editora Planeta, chega por R$ 39,90 às livrarias.

Alex, a biografia: lançamento amanhã
(Créditos: Editora Planeta/Divulgação)

Do primeiro e melancólico contato, entre agosto e dezembro de 2001, ao retorno na temporada seguinte, coroado com a Tríplice Coroa em 2003, a narrativa reserva espaço especial à relação do meia com o Cruzeiro. E vai além da letra em pleno Maracanã, das faltas e passes precisos. "Mostra o que ele passou dentro e fora de campo, o quanto ele se dedicou para se tornar, talvez, o maior jogador do mundo naquele ano", observa Marcos Eduardo Neves, que ainda espera pela definição de local e horário em que ocorrerá o lançamento na capital mineira.

Diálogo com a Turquia

Para o biografado, o livro marca um diálogo entre os dois cenários de sua trajetória. "Contar aos turcos como foi a minha carreira aqui. Contar aos brasileiros minha vida lá na Turquia. E desmistificar alguns assuntos. Por exemplo: 'O Alex fracassou na Itália', o que não é verdade", sintetiza. A expectativa é de que a obra ganhe versão em turco no próximo ano, por meio da rede de comunicação NTV.

Gol de letra na Copa do Brasil de 2003
(Créditos: Site Oficial do Cruzeiro/Arquivo)

Na obra original, Marcos Eduardo Neves faz questão de explicitar a fusão entre os valores cultivados pelo atleta e o espírito dos turcos. "Tanto que ele é ídolo de todas as torcidas, até mesmo a do rival Galatasaray", diz o escritor. "E mostra também que o talento que se consagrou em 2003, o nível de excelência que ele brindou aos brasileiros naquele ano mágico, ele manteve lá por oito anos. Por isso, se tornou estátua e é um semideus", completa ao Blog.

Dois lados da carreira

Em alguns pontos, o sucesso se mistura a episódios polêmicos. Como na chegada ao Palmeiras, quando Alex era apenas o garoto talentoso recém- saído do Coritiba para substituir Djalminha. "Mostra como ele passou pela 'prova de fogo', suas rixas com alguns companheiros consagrados, suas partidas épicas", diz Marcos. Ou na ausência na Copa do Mundo de 2002. "Interroguei tudo o que todos querem saber. O Alex deu a versão dele, Felipão se defendeu. O leitor tirará as conclusões".

Marcos Eduardo Neves ao lado de Alex
(Créditos: Marcos Eduardo Neves/Arquivo Pessoal)

Detalhes que fazem de Alex, a biografia, na concepção do escritor, uma produção marcante. Muito pelo entrosamento, tão bem sucedido quanto aqueles que o meio-campista manteve com diversos atacantes por quase duas décadas. "Alex, sempre presente e a fim de ver o livro nascer sem odes, e sim honesto, justo, me ajudou a fazer um livro sem paralelos no Brasil. Uma biografia autorizada, mas polêmica", resume.

Destaque do Goiás, atacante volta ao radar do clube celeste;
agente de Bruno Henrique ofereceu Malouda durante reunião

Vinícius Dias

Destaque do Goiás na Série A, com seis gols e seis assistências, o avante Bruno Henrique, de 24 anos, está na pauta do Cruzeiro. Segundo o Blog Toque Di Letra apurou, o nome do atleta foi mencionado recentemente durante encontro entre Sérgio Rodrigues, superintendente de futebol do clube, e Dênis Ricardo, agente e dono de 40% dos direitos de Bruno. Nos bastidores, há a expectativa de que a Raposa faça uma oferta ao fim do torneio. Seria a segunda tentativa no ano.


A primeira foi realizada por Valdir Barbosa, à época gerente de futebol do Cruzeiro, no início do Campeonato Brasileiro. "A intenção do Cruzeiro era trazê-lo para Belo Horizonte ainda neste ano, mas ele já havia feito sete jogos e não podia mais se transferir", disse Dênis. Questionado sobre o cenário atual, o empresário ressaltou o assédio ao atacante esmeraldino. "Todo mundo vem elogiando, mas não tive nenhuma proposta, somente conversas informais", acrescentou.

Bruno Henrique: em alta no mercado
(Créditos: Rosiron Rodrigues/Goiás E.C.)

Anunciado no início desta temporada, Bruno Henrique estendeu o vínculo com o Goiás em junho. O clube detém 60% dos direitos do jogador, cujo compromisso se encerra em dezembro de 2018. Curiosamente, o primeiro registro profissional de Bruno, datado de 2012, foi feito pelo Cruzeiro. O atleta foi contratado após se destacar na Copa Itatiaia. Sem estrear, foi cedido ao Uberlândia, de onde foi negociado com o Itumbiara, equipe que defendeu no ano passado.

Astro francês é oferecido

O assunto principal do encontro entre Sérgio Rodrigues e Dênis Ricardo, conforme o Blog apurou, foi o francês Florent Malouda, de 35 anos. "Ele ficou de avaliar a situação juntamente com comissão técnica e diretoria, e ver se a contratação pode ser efetivada. O primeiro passo foi o interesse dele em vir", disse o agente. As tratativas entre Malouda, hoje no Delhi Dynamos, da Índia, e o Cruzeiro são intermediadas pelo advogado Louis Dolabela, que é especialista em direito desportivo e também participou da reunião mencionada.

Malouda: francês deseja atuar no Brasil
(Créditos: Malouda/Instagram/Reprodução)

"Malouda tem uma relação estreita com o Brasil. O pai da esposa dele é brasileiro, e ele sempre teve a intenção de jogar no país", explicou Dênis. Cogitado no Santos e no Vasco em temporadas passadas, o meia francês visitou Belo Horizonte em 2012, na companhia do amigo Cláudio Caçapa, ex-zagueiro e ex-auxiliar técnico do sub-15 celeste. "Naquela época, ele gostou muito da cidade, viu com muito carinho a situação, a dimensão do Cruzeiro", completou.

Metodologia cruzeirense

Contatado pela reportagem, Sérgio Rodrigues confirmou a reunião com o empresário, procedimento comum no clube, segundo ele, mas evitou dar mais detalhes. "A política do Cruzeiro é receber todos os empresários. Se um dos três responsáveis pelo futebol (além dele, Thiago Scuro e Bruno Vicintin) não puder atender, o outro atende", disse. Sérgio ainda revelou que reunião interna realizada ontem apontou o diretor Thiago Scuro como responsável por comentar as situações de mercado.