Segunda
edição do 'Ciclo de Debates Muda Futebol Brasileiro'
foi
realizada nessa terça, no plenário da Assembleia mineira
Vinícius Dias
Com direito a uma plateia reforçada por nomes consagrados
no cenário mineiro, como os ex-jogadores Wilson Gottardo, Paulo Roberto Prestes
e Fábio Júnior e os treinadores Renê Santana, Ricardo Drubscky e Emerson Ávila,
o plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais recebeu, nessa
terça-feira, dia 10 de novembro, a segunda edição do 'Ciclo de Debates Muda
Futebol Brasileiro'. O evento contou três paineis temáticos, além de três
palestras de especialistas.
Palestrantes do II Ciclo de Debates (Créditos: Sarah Torres/ALMG/Divulgação) |
Na palestra magna, o diretor da Universidade do Futebol, Eduardo Tega, citou a realização de debates profundos como 'lado positivo do 7 a 1'. Os portugueses Júlio Garganta, doutor em Ciências do Desporto, e Isabel Mesquita, da Universidade do Porto, foram os outros dois palestrantes. Isabel abordou o mercado dos técnicos, criticando a legislação brasileira, que obriga que os profissionais tenham graduação em Educação Física, enquanto Júlio destacou o processo de formação de atletas. "Talento é conquista, e não dom", afirmou.
Reestruturação
do futebol
O painel sobre reestruturação do futebol
brasileiro reuniu, entre outros personagens, o zagueiro Gilberto Silva; o
diretor de competições da FMF, Paulo Bracks; Lásaro Cândido, diretor jurídico
do Atlético, que detalhou a Lei Federal 13.155/2015 - conhecida como Profut - e
Sérgio Rodrigues. O superintendente de futebol celeste abordou tópicos como a
intervenção estatal no futebol, que julga desnecessária, e a valorização do
produto a partir da divisão mais equilibrada de cotas.
Louis Dolabela e Paulo Roberto Prestes (Créditos: Vinícius Dias/Blog Toque Di Letra) |
À tarde, Márcio Rezende de Freitas comandou um
painel sobre arbitragem no futebol e discutiu itens como profissionalização e
uso de tecnologia. O comentarista avaliou como incoerente o fato de os árbitros
serem a única engrenagem amadora de um esporte que movimenta bilhões de reais.
No painel final, convidados ligados ao poder judiciário e à administração de
clubes, além de Próspero Paoli, doutor em Educação Física, debateram o cenário
atual e as perspectivas para o futebol amador e as categorias de base em Minas
Gerais.
Inscritos
elogiam o evento
Depois de participar do ciclo pelo segundo ano
consecutivo, o advogado Louis Dolabela, especialista em direito desportivo,
exaltou a iniciativa. "Os temas escolhidos são relevantes, refletem a
necessidade de se repensar o futebol brasileiro, principalmente fora de
campo", disse. Louis apontou, no entanto, a importância de o debate
resultar em ações práticas. "É preciso saber quais medidas efetivas os
responsáveis pelo ciclo de debates estão tomando para mudar o futebol
brasileiro".
Fábio Júnior ao lado de Wilson Gottardo (Créditos: Vinícius Dias/Blog Toque Di Letra) |
Presença ilustre, o ex-zagueiro Wilson Gottardo,
capitão do Cruzeiro na conquista da Copa Libertadores, em 1997, destacou a
importância de se discutir novas ideias e propostas para o futebol, algo que já
acontece em países europeus desde a década de 1970. A expectativa, contudo, é
por resultados em longo prazo. "Essa é uma discussão ampla, complexa. Não
podemos caminhar todos esses passos em cinco ou dez anos. É preciso haver
tempo", pontuou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário