Nos bastidores, interlocutores se articulam por aumento de
pelo menos 100% nos valores e fatias devem ser rediscutidas

Vinícius Dias

Antes do arbitral do Campeonato Mineiro de 2017, que deve acontecer no último trimestre deste ano, dirigentes das equipes do módulo I e da FMF devem se sentar à mesa visando à venda dos direitos de transmissão. O contrato firmado no fim de 2011, com validade por cinco temporadas, se encerrou em 2016. Conforme revelaram interlocutores ao Blog Toque Di Letra, o tom nos bastidores é de expectativa por um "salto importante" nas receitas a partir da próxima edição.


O contrato anterior tinha base de R$ 23 milhões anuais - considerando a negociação dos direitos de transmissão em TV aberta e fechada, além de pay-per-viey -, com leve reajuste a cada temporada. Pela configuração, a negociação das placas de publicidade ficava a cargo dos próprios clubes, alavancando as cifras. Com o discurso de que o torneio está valorizado, há nos bastidores uma articulação na busca por aumento dos valores de TV. "Pelo menos 100%", pontuou um dirigente.

Reunião entre clubes na sede da FMF
(Créditos: Site Oficial da FMF/Divulgação)

Na edição passada do Campeonato Mineiro, Atlético e Cruzeiro receberam cotas superiores a R$ 7 milhões, enquanto o América recebeu quase R$ 2 milhões. Cada um dos nove clubes do interior faturou mais de R$ 500 mil pela participação no torneio. O acordo ainda incluía um valor destinado à organizadora do estadual.

Detalhes rediscutidos

A rediscussão do contrato também deve significar ajustes no rateio. Uma alteração provável, por exemplo, é o aumento da fatia a ser destinada ao América. Antes da queda para o módulo II, em 2007, o Coelho chegou a faturar 12,5% do total - na época, metade de cada rival da capital. Neste ano, o clube alviverde ficou com cerca de 8% do montante, menos de um terço do que coube a Atlético e Cruzeiro.

Neste ano, troféu ficou com o Coelho
(Créditos: Bruno Cantini/Flickr/Atlético-MG)

Apesar de haver nos bastidores a expectativa por concorrência, nenhuma emissora apresentou proposta para adquirir os direitos até o momento. Nesse cenário, a Rede Globo, que ainda no primeiro semestre sinalizou o interesse na renovação, é tida como favorita.

Previsão é de que 1,3 mil atletas passem por seis cidades do
estado em período de preparação para as disputas olímpicas

Da Redação*

Em clima olímpico, delegações de 17 países, além de atletas da canoagem brasileira, vão passar por Minas Gerais na reta final de preparação para os Jogos Rio 2016. Os últimos a assegurarem presença no estado foram os componentes da equipe de atletismo da Argélia. Ao todo, 16 centros de treinamento esportivo - localizados em Belo Horizonte e em outras cinco cidades - foram disponibilizados.


A previsão é de que 1,3 mil atletas de quatro continentes - Ásia, Europa, América e Europa - passem pelo estado no contexto olímpico. "Depois do Rio de Janeiro, Minas Gerais é o estado que recebeu ou receberá o maior número de eventos esportivos", destaca Carlos Henrique Alves da Silva, secretário de Estado de Esportes. A delegação britânica, por exemplo, já desembarcou na capital e utilizará, ainda, a estrutura do Clube Mineiro de Caçadores, em Santa Luzia.

Atletismo chinês treina em Juiz de Fora
(Créditos: Estela Loth/UFJF/Divulgação)

A programação da Grande Belo Horizonte também inclui a equipe de vôlei masculino da Polônia e as delegações de judô de China e Equador. Lagoa Santa integra o roteiro da equipe brasileira de canoagem. A Universidade Federal de Viçosa (UFV), enquanto isso, recebe etapas de preparação das delegações de levantamento de peso de quatro países africanos: Tunísia, Marrocos, Egito e Índia.

Da Zona da Mata ao Triângulo

Pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) vão passar delegações de atletismo de Catar, Estados Unidos, China, Canadá, Polônia, Eslováquia e Estônia, além do vôlei masculino egípcio. Uberlândia é mais um cenário do período pré-olímpico, recebendo as delegações de natação da Sérvia e do Egito, representantes do atletismo argelino e, ainda, delegações olímpicas de Irlanda e Bélgica.


Entre os dias 03 e 20 de agosto, o Mineirão, em Belo Horizonte, receberá duelos válidos pelos torneios de futebol. Serão seis jogos da competição feminina, incluindo uma das semifinais, e quatro da competição masculina, incluindo a disputa da medalha de bronze.

*Com arte e informações da Agência Minas

Atlético em busca de identidade

Alisson Millo*

Nosso querido editor-chefe publicou, no início desta semana, uma análise sobre o jogo entre Palmeiras e Atlético, mencionado a alta rotatividade de jogadores nos elencos de ambos os clubes como exemplo para explicar o cenário atual do futebol nacional. Falando especialmente do Galo, agora, a verdade é que parece que nunca temos um time pronto. Ajustes e busca por evolução têm sido constantes.


Para isso, não é preciso ir longe na história. Apenas neste ano, o time já mudou a cara várias vezes, seja por lesões, suspensões, convocações ou opções técnicas. Entra Cazares, sai Cazares, três ou dois volantes, Patric em todos os setores do campo, tenta esse, experimenta aquele. A colcha de retalhos atleticana chegou a ter Uilson como titular no gol, devido às lesões simultâneas de Victor e Giovanni. De Aguirre a Marcelo Oliveira, o time segue em busca de identidade.

Três volantes e três pontos no domingo
(Créditos: Bruno Cantini/Flickr/Atlético-MG)

Com a chegada de Marcelo, a tendência era de que o habitual 4-2-3-1 se afirmasse. Mas nem sempre funcionou, até que o craque Cazares voltou a ficar à disposição. A lesão dele, aliada às ausências de Dátolo e, por ora, Otero, põe a formação em dúvida, porém. Assim o treinador foi para São Paulo e, contra o líder Palmeiras, adotou nova aparência: Lucas Cândido e três volantes foram as novidades. No fim, deu certo: o time voltou a BH com três pontos importantíssimos na bagagem.

Com o apoio do torcedor

Com a certeza de que a vaga na próxima Copa Libertadores é obrigação, ficamos na torcida para que o time encontre rapidamente a tal cara. Mais que isso: que ela seja bonita, para que a massa possa comemorar algum título ainda neste ano. Os investimentos foram feitos e as peças estão aí. Marcelo Oliveira tem tudo para fazer o Galo tomar forma e somar títulos. Como atleticanos, vamos, mais uma vez, acreditar. 

*Jornalista. Corneteiro confesso e atleticano desde 1994.
Goleiro titular e atual capitão da seção Fala, Atleticano!

A convicção da falta de convicção

Vinícius Dias

Uma diretoria pouco convicta e um técnico com cada vez menos apoio. A equação da queda do português Paulo Bento, 75 dias após o anúncio do acerto, pode ser resumida pelas duas variáveis. Na quinta-feira passada, horas após a vitória na Copa do Brasil, as palavras do vice-presidente de futebol Bruno Vicintin sugeriam sequência. "O treinador está prestigiado, vem de classificação", afirmou. Depois de quatro dias, uma derrota e uma reunião, ponto final: roteiro de avaliação de resultados.


É verdade que Paulo Bento vinha perdendo apoio interna e externamente. Aquilo que antes parecia inovador passou a ser tratado, no mínimo, com ressalvas. A linha defensiva alta, sem o lastro dos três pontos, se tornou desenho da instabilidade. Dia a dia, e com menos brasileiros por perto na comissão técnica, o técnico ganhava voz, mas se aproximava de perder a vez. Também pelos próprios erros, mas principalmente por se tornar um escudo cada vez mais frágil para a diretoria.

Paulo Bento: 75 dias de Cruzeiro
(Créditos: Pedro Vilela/Light Press)

Diretoria que retrata, de maneira fiel, uma administração capaz de realizar cinco trocas - quatro motivadas por demissão - de técnico, propostas de jogo e treino em apenas 13 meses. Capaz ainda de contratar um time no primeiro semestre - dos 11 reforços, apenas um chegará a agosto como titular absoluto -, investir em mais seis jogadores recentemente e, antes mesmo de todos estarem à disposição, ter certeza sobre o insucesso do trabalho de um técnico prestigiado dias antes.

Trocas movidas por resultados e nomes no ritmo da pressão.
No momento, uma rara convicção é a de que falta convicção.

Monta, desmonta: futebol inacabado

Vinícius Dias

Fred tabela com Robinho, que encontra Leandro Donizete. Gol atleticano, primeira vitória longe de BH e, ainda, diante do líder Palmeiras. Jogo com contexto e protagonistas diferentes daqueles de agosto do ano passado, quando os times haviam duelado pela última vez: à época, 20ª rodada da Série A, 2 a 1 e confirmação da vice-liderança para o Atlético, Verdão fora do G4. Além da tabela, muita coisa mudou para ambos nesses 11 meses. Retrato do sempre inacabado futebol brasileiro.


Comparando as escalações dos dois jogos, apenas seis nomes repetidos. Menos que o número de titulares de agosto de 2015 que já deixaram os clubes: sete. E que o de titulares ontem que sequer estavam nos elencos no duelo anterior: 13. À época, o Palmeiras tinha Marcelo Oliveira e Dudu, Barrios chegando. Por ora, é o time de Cuca e de Gabriel Jesus, que pode sair. O Atlético era o time de Levir e Pratto. Agora, Marcelo Oliveira busca unir Robinho, Fred e Pratto em um time.

Técnicos orientam equipes durante o jogo
(Créditos: Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação)

No sétimo mês da temporada, há times sendo montados, desmontados e remontados no Brasil. A janela de compras internacionais se fechou, mas nossos principais talentos seguem na mira dos europeus, com chance de vendas até o fim de agosto. O dirigente que critica o calendário ao perder um destaque por lesão segue almejando mais partidas, por mais receitas, afirmação política, seja lá o que for, e exigindo que os técnicos produzam times em meio ao vaivém de peças.

Em 11 meses, muita coisa mudou para Atlético e Palmeiras.
No ritmo do monta e desmonta do nosso inacabado futebol.

Apresentado por Orlando Augusto, Meio de Campo analisará
desempenho dos clubes mineiros após 16 rodadas de Série A

Da Redação

O jornalista Vinícius Dias, editor-chefe do Blog Toque Di Letra, será um dos convidados do programa Meio de Campo, domingo, na Rede Minas. O apresentador Orlando Augusto também vai receber Alexandre Simões e Marcelo Machado, do Jornal Hoje em Dia, e o preparador físico Francisco Ferreira, que teve passagens por Atlético e Cruzeiro. A atração vai ao ar a partir das 21h.

Orlando Augusto apresenta programa
(Créditos: Maio de Campo/Divulgação)

Estará em pauta o desempenho dos times de Minas Gerais na Série A do Campeonato Brasileiro, com destaque para os confrontos da 16ª rodada. Na manhã de domingo, o Atlético vai enfrentar o líder Palmeiras, na Arena Palmeiras. Às 16h, o Cruzeiro receberá o Sport, no Mineirão. Na segunda-feira, o América encara o Flamengo, em Cariacica, na partida de estreia do treinador Enderson Moreira.

Acompanhe o programa

O Meio de Campo vai ao ar neste domingo, a partir das 21h, e pode ser acompanhado por TV a cabo (em BH) e sinais analógico e digital. Também haverá transmissão, ao vivo, pela internet.

Com término da janela internacional, há dois dias, mercado
interno se tornou principal alternativa na busca de reforços

Vinícius Dias

Com o fechamento da janela internacional, na terça-feira passada, restam aos times da Série A três cenários na busca por reforços: jogadores que estão atualmente sem vínculo, que atuam em clubes de divisões inferiores ou que não tenham realizado sete partidas no Campeonato Brasileiro. De acordo com a base de dados do portal Rede do Futebol, esta é a situação de cerca de 810 jogadores.


O Blog Toque Di Letra, a partir dessas informações, elaborou uma lista com 50 nomes 'negociáveis'. De goleiros a atacantes, cada clube teve, no mínimo, um e, no máximo, cinco selecionados. Foram excluídos da relação final atletas recém-chegados ou atualmente contundidos; titulares recém-recuperados de lesão e jogadores que desfalcaram as respectivas equipes em razão de convocações para seleções.

Barrios: apenas três jogos no Brasileiro
(Créditos: Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação)

Entre os destaques da lista estão atletas como Paulo Victor, goleiro do Flamengo; o zagueiro Léo, bicampeão brasileiro pelo Cruzeiro; o volante Pierre, do Fluminense; os meias Dátolo, do Atlético, e Elano, do Santos; além do paraguaio Barrios, do Palmeiras. Nomes com asterisco já podem assinar pré-contrato, enquanto os assinalados em itálico têm vínculo por empréstimo com os atuais clubes.

Goleiros:

Fernando Leal* - América/MG: não atuou
Follmann - Chapecoense: não atuou
Giovanni* - Atlético/MG: não atuou
Júlio César - Fluminense: não atuou
Paulo Victor - Flamengo: três jogos
Renan Ribeiro - São Paulo: um jogo

Laterais-direitos:

Alex Silva - Atlético/MG: não atuou
Cláudio Winck - Chapecoense: cinco jogos
Nino Paraíba* - Ponte Preta: seis jogos
Norberto - Vitória: seis jogos
Pará - Flamengo: cinco jogos
Vitor* - Santa Cruz: seis jogos

Zagueiros:

Alan Costa - Internacional: três jogos
Demerson* - Chapecoense: três jogos
Edcarlos* - Atlético/MG: quatro jogos
Fernando Tobio - Palmeiras: não atuou
Léo* - Cruzeiro: dois jogos
Renato Chaves - Fluminense: um jogo
Roger Carvalho - Palmeiras: não atuou
Walisson Maia - Coritiba: um jogo

Laterais-esquerdos:

Carlinhos - São Paulo: quatro jogos
Chiquinho - Flamengo: não atuou
Guilherme Arana - Corinthians: um jogo
Iago Sampaio - Grêmio: não atuou
Nicolas Vichiatto - Atlético/PR: um jogo
Wanderson Caju - Santos: dois jogos

Volantes:

Edwin Valencia* - Santos: um jogo
Federico Gino - Cruzeiro: quatro jogos
Héctor Canteros - Flamengo: dois jogos
Jackson Caucaia* - Figueirense: quatro jogos
Lucas Cândido - Atlético/MG: cinco jogos
Neto Moura - Sport: um jogo
Pierre - Fluminense: cinco jogos
Willians - Corinthians: três jogos

Meias/meias-atacantes:

Elano* - Santos: três jogos
Felipe Menezes* - Ponte Preta: três jogos
Gegê - Botafogo: quatro jogos
Jesús Dátolo* - Atlético/MG: quatro jogos
Leandro Lima* - Santa Cruz: cinco jogos
Lucas Mugni - Flamengo: não atuou
Marlone - Corinthians: quatro jogos
Matías Pisano - Cruzeiro: quatro jogos

Atacantes:

Douglas Coutinho - Cruzeiro: cinco jogos
Kempes* - Chapecoense: seis jogos
Luan - Palmeiras: dois jogos
Lucas Barrios - Palmeiras: três jogos
Lucca - Corinthians: cinco jogos
Martín Luque - Internacional: não atuou
Rhayner - Ponte Preta: quatro jogos
Rildo* - Corinthians: dois jogos

Torcer contra o Cruzeiro? Jamais!

Douglas Zimmer*

Salve, China Azul!

Mais uma decisão se aproxima e, graças ao confuso calendário nacional, é chegada a hora de optar entre tentar seguir na Copa do Brasil ou, então, tentar a sorte na Sul-Americana. Afinal, caso seja eliminado pelo Vitória - nesta noite, os times fazem o duelo de volta da terceira fase -, o Cruzeiro será automaticamente redirecionado para o torneio sul-americano. O tema tem dividido opiniões e representado um conflito de interesses na cabeça dos torcedores celestes.


Para ter a chance de disputar a Copa Sul-Americana, na prática, a Raposa precisaria cair diante do rubro-negro baiano, mesmo depois de vencer em Salvador. O Cruzeiro, para tanto, teria que ser derrotado por dois gols de diferença ou, ainda, por qualquer desvantagem acima de 3 a 2. Resultado igual ao do duelo de ida leva a decisão do confronto para os pênaltis. É aí que aparece o problema. Torcer para o clube ser eliminado de um torneio para disputar outro?

Na Bahia, Cruzeiro bateu o Vitória
(Créditos: Edson Ruiz/Light Press)

Os argumentos em relação às duas possibilidades são vários. Na semana passada, o Blog Toque Di Letra publicou levantamento sobre a questão financeira. De acordo com os dados, o prêmio em caso de título da Copa Sul-Americana é cerca de R$ 500 mil superior à da Copa do Brasil. Porém, considerando o fato de o clube celeste já ter garantido R$ 1,74 milhão no mata-mata nacional e de as cifras pagas fase a fase pela Conmebol serem maiores, a diferença pode ultrapassar R$ 3 milhões.

Maior ou inédito campeão?

Vencendo esta Copa do Brasil, o Cruzeiro se isolaria como maior campeão do torneio. O clube atualmente divide o posto de rei da competição com o Grêmio, que também tem quatro títulos. Entretanto, vencendo a segunda principal competição entre clubes do continente, o time celeste emplacaria um troféu inédito em galeria. De todos os torneios e campeonatos que já disputou ao longo da história, a Sul-Americana é um dos raros que ainda não foram conquistados.

Willian comemora triunfo na ida
(Créditos: Edson Ruiz/Light Press)

Tendo em vista que no Campeonato Brasileiro a briga é claramente outra que não por título nem sequer pelo famoso G4, e que uma vaga na Copa Libertadores é plano permanentemente traçado por diretoria e torcedor, o cenário de copas se torna naturalmente mais acessível. Longe de ser fácil, mas ainda assim mais atraente. Pois bem. O vencedor do torneio nacional terá vaga direta na fase de grupos, enquanto o clube que vencer a Copa Sul-Americana terá que disputar a fase preliminar.

Dificuldades nos percursos

Analisando o nível dos torneios, a verdade é que o Cruzeiro não terá vida mansa em nenhum deles. Já nas oitavas de final da Copa do Brasil, além dos clubes classificados na terceira fase - entre eles, podem estar Fluminense, Santos, Vasco e Botafogo -, estarão o Internacional e os representantes brasileiros na última Libertadores. A Copa Sul-Americana terá times como Cerro e Libertad, do Paraguai; Estudiantes e San Lorenzo, da Argentina; Santa Fé, da Colômbia; La U, do Chile; Emelec, do Equador; e Flamengo, entre outras pedreiras.

Queda na Sul-Americana há 12 anos
(Créditos: Daniel Boucinha/Internacional)

Como torcedor, jamais conseguirei torcer contra o Cruzeiro. Em hipótese alguma. Espero que a equipe entre sempre mirando o título, que é o que exigem a história e a tradição do clube. Portanto, já que esse lamentável calendário nos impede de disputar as duas competições, desejo continuar vivo na Copa do Brasil e pensar, fase a fase, sempre visando ao caneco. Caso aconteça o pior e a Raposa sucumba diante do Vitória, espero que a Sul-Americana seja tratada com seriedade e que a sala de troféus celeste receba um novo morador.

E você, leitor? Qual é a sua opinião sobre o assunto?

*Gaúcho, apaixonado pelo Cruzeiro desde junho de 1986.
@pqnofx, dono da camisa 10 da seção Fala, Cruzeirense!

Técnico renomado por curto período, busca por profissional
emergente e promoção de auxiliar são cenários trabalhados

Vinícius Dias

Dois dias depois da saída do português Sérgio Vieira, o Coelho começará, nesta terça-feira, a alinhavar os primeiros passos da busca por um novo treinador. A troca no comando será pauta de reuniões entre os membros do Conselho de Administração ao longo do dia. "Vamos definir o perfil que gostaríamos que viesse agora. Depois disso, a gente vai avaliar os nomes que existem", assegura Euler Araújo, um dos presidentes do América, ao Blog Toque Di Letra.

Reunião do Conselho de Administração
(Créditos: Alencar da Silveira Jr./Divulgação)

Apesar do discurso comedido, a reportagem apurou que, horas antes da primeira reunião, há pelo menos três correntes nos bastidores. Entre as alternativas estão a vinda de um técnico renomado com vínculo por curto prazo - Celso Roth é cotado - e a busca por um profissional emergente - neste caso, Marquinhos Santos, do Fortaleza, é uma opção bem avaliada por alguns dirigentes. A promoção de um nome 'da casa', como o auxiliar Cláudio Prates, seria o terceiro caminho.

Dirigente revela tendência

Uma comissão composta por três presidentes - Francisco Santiago, Euler Araújo e Anderson Racilan - foi encarregada de coletar informações sobre possíveis nomes para apresentação ao Conselho, algo que deve acontecer ainda durante a terça-feira. Embora evite detalhar o cenário, Euler Araújo apontou a tendência de chegada de um treinador que, no momento, está sem clube. "A nossa preferência é buscar alguém que esteja disponível no mercado, sem vínculo".

O erro como rotina no América

Vinícius Dias

"Para mim, o Sérgio Vieira teve o trabalho deliberadamente boicotado por essa minoria de maus atletas e também por alguns funcionários", afirmou Paulo Lasmar, um dos presidentes do América. Diagnóstico externado ao programa Meio de Campo, da Rede Minas, nesse domingo, após a sétima derrota em oito duelos sob o comando do português neste Campeonato Brasileiro - no geral, foi a nona em 15 rodadas. O discurso é de boicote. Incrivelmente, a vítima é a demitida.


Em pouco mais de um mês, o clube se rende à ciranda pela segunda vez. Erra de novo. A primeira vítima foi Givanildo Oliveira, o maior treinador da história do alviverde. Seis meses após garantir o acesso à Série A, perder referências do time e, mesmo sem reposições à altura, conquistar o título estadual depois de 15 anos, o pernambucano caiu logo na 5ª rodada. Na teoria, respaldo e a promessa de reforços. Na prática, apostas de sobra e demissão após a primeira sequência ruim.

Sérgio Vieira: demissão após 43 dias
(Créditos: Carlos Cruz/América FC/Divulgação)

Enredo bem semelhante ao da queda de Sérgio Vieira. Do anúncio, com o rótulo de português que reconhecia o fair play, à saída, nesse domingo, a distância foi de somente 43 dias. No período, dez jogos e pouco tempo e material humano para ajustar o time mais vezes derrotado, dono do pior ataque e ainda da pior defesa do Campeonato Brasileiro. Some-se a isso, considerando a declaração dada por Paulo Lasmar, uma possível falta de comprometimento de parte do elenco.

Com oito pontos, rumo ao terceiro técnico em 16 rodadas.
Mesmo quando parece próximo de acertar, o América erra.

Uma noite que explica 18 meses

Vinícius Dias

"Eu não estou feliz com isso que está acontecendo. Não pode tirar minha felicidade para jogar essa mer... aqui". Foi o que ouvi Riascos dizer nesse domingo, à Rádio Itatiaia, após o revés celeste contra o Fluminense, em Mesquita. A entrevista do limitado atacante colombiano, com somente um gol marcado em 15 jogos, foi a última com a camisa do Cruzeiro. Em uma noite que ajuda a explicar os erros do presidente Gilvan de Pinho Tavares nos últimos 18 meses de gestão.


Em janeiro de 2015, uma semana após perder Ricardo Goulart e, ainda, prestes a negociar jogadores como Éverton Ribeiro e Lucas Silva, o clube celeste decidiu contratar Riascos. A aposta em um atleta de 28 anos, com custo de reforço - US$ 2 milhões, conforme o Blog revelou na ocasião -, dividiu opiniões nos bastidores, mas teve, por fim, o aval do presidente. Baseado no pênalti desperdiçado ante o Atlético? Nos raros seis gols, em 2014, nos 34 jogos pelo mexicano Morelia?

Riascos: 15 jogos, um gol pela Raposa
(Créditos: Washington Alves/Light Press)

Fato é que, quatro meses após chegar a BH como segunda compra mais cara de 2015 - superada pela aquisição de Arrascaeta -, o colombiano foi cedido ao Vasco. Na frieza aritmética, 102 minutos em campo fizeram a certeza de Gilvan de Pinho Tavares dar lugar à dúvida. Depois de um ano em São Januário, com 17 gols em 49 jogos, nova certeza e nova chance: Riascos estava de volta à Raposa. Nas 11 partidas, um gol, pouquíssimo futebol, uma polêmica. E fim.

O cruzeirense ouviu de Scuro que Riascos vai partir, de fato.
Mas continua sem saber de Gilvan por que veio, foi e voltou.

Bate-papo com o apresentador Orlando Augusto aconteceu
na quarta-feira passada, na Cidade do Galo, em Vespasiano

Da Redação

Na edição deste domingo, o programa Meio de Campo, da Rede Minas, vai exibir uma entrevista exclusiva com o atual treinador do Atlético, Marcelo Oliveira. O bate-papo com o apresentador Orlando Augusto aconteceu na última quarta-feira, na Cidade do Galo, em Vespasiano. O programa vai ao ar a partir das 21h.

Entrevista com o treinador alvinegro
(Créditos: Meio de Campo/Divulgação)

Na matéria, Marcelo Oliveira fala sobre a trajetória no futebol, a passagem pelo Cruzeiro, onde conquistou dois títulos brasileiros, e revela os planos traçados neste retorno ao Atlético. O treinador ainda comenta a saída, no fim de 2008, e os bastidores da relação com o então presidente do clube alvinegro, Alexandre Kalil.

Sérgio Rodrigues e Thiago Scuro serão os coordenadores de
curso na Fumec; corpo docente terá outros cinco da Raposa

Vinícius Dias

No próximo mês, a Universidade Fumec, em Belo Horizonte, vai receber a primeira turma do curso de Gestão e Negócios do Esporte. Com proposta pioneira na capital mineira, o curso de extensão terá sete profissionais do Cruzeiro no corpo docente. Sérgio Santos Rodrigues, superintendente de futebol do clube azul estrelado, e Thiago Scuro, diretor de futebol, são os coordenadores do projeto.

Sérgio Rodrigues durante conferência
(Créditos: Ricardo Barbosa/ALMG)

"Temos expectativa excelente diante da novidade do curso", ponderou o superintendente ao Blog Toque Di Letra. "Reunimos, ainda, um time de pessoas com vasta experiência acadêmica e prática, de forma a tornar o aprendizado mais completo", acrescentou. As inscrições estão abertas. O investimento será de R$ 1,2 mil, em até quatro parcelas, com desconto para estudantes e sócios-torcedores.

Destaques do corpo docente

Além de Sérgio Rodrigues e Thiago Scuro, profissionais como José Carlos Brunoro, ex-CEO palmeirense; Guilherme Mendes, diretor de comunicação do Cruzeiro; Marcone Barbosa, que, após uma temporada no Fluminense, reassumirá o marketing estrelado; e Paulo Bracks, diretor de competições da FMF, também vão ministrar disciplinas no curso.