Especialista lista
fatores que influenciam desempenho nos 15
últimos minutos;
Corinthians lidera e Vasco é último na faixa
Vinícius Dias
No
domingo, Carlos balançou as redes de Fábio aos 43' da etapa final e igualou o
marcador do dérbi entre Cruzeiro e Atlético. Na quarta-feira, foi André quem
anotou a um minuto do fim para empatar o confronto entre Joinville e Sport.
Rodada a rodada, os clubes da Série A têm confirmado uma velha máxima: o jogo
só acaba quando o juiz apita. De acordo com dados do Footstats, considerando que os duelos sejam divididos em seis
intervalos de 15 minutos, a faixa iniciada aos 30' da etapa final é a mais
decisiva: 134 gols, ou seja, 22,7% do total.
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Mais
do que fruto da sorte ou da falta dela, o desempenho nos minutos finais é
resultado de, pelo menos, três quesitos: capacidades psicológica e de
resistência e tempo de recuperação física. "Provavelmente, as equipes que
conseguem evitar ou fazer esses gols têm atletas bem treinados no quesito
resistência de velocidade. O atleta que tem essa capacidade bem desenvolvida
consegue realizar as ações técnicas e táticas com eficiência, mesmo no final
das partidas", explica Leandro do Carmo, especialista em treinamento
esportivo, ao Blog Toque Di Letra.
Cristaldo: herói diante do Fluminense (Créditos: Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação) |
"Outro
motivo, que, inclusive, temos estudado muito, está relacionado à capacidade
psicológica. O jogador não tem de tentar para conseguir, mas tentar até
conseguir. A mentalidade da equipe influencia o modo com os atletas agem",
destaca, citando ainda o intervalo de recuperação entre os jogos. "Não há
fórmula para se acelerar a recuperação. Então, quem tem um dia a mais de descanso,
por exemplo, se recupera mais rápido e tem melhor desempenho no confronto
seguinte. Esse detalhe é comprovado cientificamente. Não há discussão".
Liderança corintiana
Atual
líder da competição, o Corinthians é o time com melhor desempenho nos 15
minutos finais. O clube paulista marcou nove gols e sofreu apenas dois,
alcançando pontos decisivos nos últimos instantes. Curiosamente, o Vasco, que
atualmente é o lanterna do torneio, tem o pior retrospecto. O gol anotado por
Rafael Silva contra o Cruzeiro, na última quarta-feira, aos 35 minutos da etapa
final, foi o terceiro. O cruzmaltino, por outro lado, sofreu dez e perdeu
vários pontos.
Carlos fez gol decisivo no clássico (Créditos: Bruno Cantini/Flickr/Atlético-MG) |
Na
disputa entre mineiros, o Atlético leva vantagem sobre o Cruzeiro. O time
estrelado, que perdeu quatro pontos em razão de gols sofridos nos minutos
finais nas duas últimas rodadas, é o sexto pior da Série A neste quesito:
sofreu seis gols e marcou quatro, de acordo com o Footstats. O alvinegro é o quinto clube que melhor aproveita os 15
minutos finais dos jogos, com oito gols marcados e seis sofridos.
Melhores desempenhos:
1º)
Corinthians - 9 gols pró / 2 gols contra / saldo: 7
2º)
Grêmio - 10 gols pró / 5 gols contra / saldo: 5
3º)
Sport Recife - 10 gols pró / 7 gols contra / saldo: 3
4º)
Avaí - 11 gols pró / 9 gols contra / saldo: 2
Piores desempenhos:
17º)
Joinville - 3 gols pró / 5 gols contra / saldo: -2
18º)
Ponte Preta - 6 gols pró / 9 gols contra / saldo: -3
19º)
Goiás - 6 gols pró / 12 gols contra / saldo: - 6
20º)
Vasco - 3 gols pró / 10 gols contra / saldo: -7
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