Aliados de Wagner miram sucessão no Cruzeiro

Vinícius Dias
Publicada em 06/01/2020, às 10h20

Se a pré-temporada do futebol do Cruzeiro começa apenas nesta segunda-feira, fora das quatro linhas as articulações visando à sucessão presidencial tiveram início ainda em 2019. Em meio à expectativa em relação a uma candidatura de consenso, provavelmente vinda do Conselho Gestor, a movimentação nos bastidores tem indicado, na avaliação de lideranças ouvidas pelo Blog Toque Di Letra, a possibilidade de enfrentamento com o grupo do ex-presidente Wagner Pires de Sá.

Aliados de ex-presidente miram eleições
(Créditos: Vinnicius Silva/Cruzeiro E.C.)

Em pauta desde antes da renúncia do mandatário e de seus vices, a proposta de candidatura própria agrada a aliados. O discurso é de que a antiga oposição, embora numerosa, está fragmentada. Pesa contra, no entanto, a provável dificuldade para viabilizar um nome do chamado núcleo-duro em meio à pressão da torcida, especialmente na eleição de maio, que dará ao vencedor mandato até o fim do ano. Haverá outra em outubro, quando será definido o presidente para o triênio 2021/2023.

Rompimento com Perrella é entrave

Ainda assim, o grupo mantém relevante influência no Conselho, sobretudo entre os membros com mandato até dezembro - cerca de 210 dos quase 460 aptos a votar -, uma vez que a chapa eleita foi articulada pelo ex-presidente ao lado de Zezé Perrella. Pelo mesmo motivo, o provável apoio do ex-senador, que inicialmente comporia pela reeleição de Wagner Pires de Sá, a uma candidatura vinda do Conselho Gestor, em especial se encabeçada por Pedro Lourenço, é tido como mais um entrave para maio.

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