Alisson Millo*
Publicada em 26/01/2020, às 11h30
Comemore, torcedor! O Galão voltou! Mais do que isso: voltou com vitória. O placar magro pode incomodar, mas no primeiro jogo da temporada a parte física pesa muito mais e, enquanto teve pernas, o Atlético jogou bem. O esquema com dois 'segundos volantes' deu mobilidade ao meio-campo, sem expor muito a defesa, principalmente no primeiro tempo.
Publicada em 26/01/2020, às 11h30
Comemore, torcedor! O Galão voltou! Mais do que isso: voltou com vitória. O placar magro pode incomodar, mas no primeiro jogo da temporada a parte física pesa muito mais e, enquanto teve pernas, o Atlético jogou bem. O esquema com dois 'segundos volantes' deu mobilidade ao meio-campo, sem expor muito a defesa, principalmente no primeiro tempo.
O
Uberlândia vem de uma preparação muito mais longa, por isso se impôs
fisicamente na segunda metade da partida, mas a boa atuação dos três cabeças de
área alvinegros e as limitações técnicas do adversário garantiram os primeiros
três pontos desta temporada. Um dos poucos destaques positivos de 2019, Jair
manteve o nível, Allan estreou bem e Zé Welison teve atuação discreta, o que
vindo dele já é um avanço.
Além
de Allan, outro que começou bem no Galo foi Hyoran. Aberto pelas pontas, ele
criou e se movimentou bastante. Gabriel reestreou e atuou bem ao lado de Rever.
Mas o destaque do jogo foi Michael. O goleiro, de 24 anos, fez sua estreia pelo
profissional e, logo de cara, pegou um pênalti para garantir a vitória. Fora o
lance decisivo, ele se mostrou tranquilo e pareceu não sentir a pressão de
vestir a camisa.
Fábio Santos marcou gol da vitória alvinegra (Créditos: Bruno Cantini/Agência Galo/Atlético) |
Mas, claro, nem tudo são flores. Então, hora da corneta. Sim, logo na primeira partida do ano. As laterais foram nulas, de ambos os lados. Fábio Santos fez o gol, mas cometeu um pênalti e, de mais a mais, pouco acrescentou. A provável chegada de Guilherme Arana deve ser oficializada para ontem, porque a ala esquerda é bem carente. Na direita, Patric foi Patric. Com a ausência de Guga, que já nem é tão bem quisto assim, era uma boa chance de vermos o que Mailton tem a oferecer.
Outro
ponto a ser analisado é a presença de Maicon em campo. Sem relembrar o apelido
incoerente. Dudamel está conhecendo o grupo, então está perdoada a
substituição, mas o atacante apresentou o futebol que lhe é característico, mal
pegando na bola e quase pondo tudo a perder no fim. Quem também continua mal é
Di Santo. O argentino que não marca gols honrou sua característica principal e
foi figura decorativa.
Por
falar no setor ofensivo, uma ausência foi bastante sentida na estreia - e
talvez seja um desfalque definitivo. Com propostas do exterior, Cazares está
com um pé fora do Galo e não entrou em campo contra o Uberlândia. Com a
eminente saída do camisa 10, chance para Hyoran se firmar, Bruninho ganhar
espaço e Borrero ser lapidado. Entretanto, fazendo exercício de futurologia,
Otero deve sair em vantagem por estar mais adaptado.
O
primeiro passo foi dado. Neste ano serão muitos. E nossa expectativa é de que
todos eles sejam para frente, sem o sofrimento do ano passado, sem os altos e
baixos que marcaram nosso 2019.
*Jornalista. Corneteiro confesso e atleticano desde 1994.
@amillo01 no Twitter, capitão da seção Fala, Atleticano!
Nenhum comentário:
Postar um comentário