O Atlético e o peso da obrigação no estadual

Vinícius Dias
Publicada em 30/01/2020, às 11h20

Terça-feira, dia 28 de janeiro. Com sete recém-promovidos ao elenco profissional entre os titulares, o Cruzeiro entra em campo diante do Villa Nova, no Mineirão. Horas depois de o lateral-esquerdo Guilherme Arana, principal contratação do rival Atlético até o momento, desembarcar em Belo Horizonte. Reforço que custará cerca de R$ 23 milhões, o suficiente para pagar a folha cruzeirense por mais de um semestre, e que ajuda a explicar a noite dessa quarta-feira na Arena Independência.


Porque, no terceiro jogo oficial da temporada, o atleticano não vaiou o time que teve 70% de posse de bola, mas finalizou apenas cinco vezes - uma certa - e pouco ameaçou o organizado Coimbra, terminando em 0 a 0. Mas, sim, a expectativa de que, diante da disparidade de investimentos, o time sobre em campo. Isso porque o estadual que hoje é sonho para o interior, oportunidade para o América e pode virar prêmio extra na reconstrução do Cruzeiro, no caso do Atlético tem significado de obrigação.

Alvinegro tropeçou diante do Coimbra
(Créditos: Bruno Cantini/Agência Galo/Atlético)

Mesmo nas primeiras rodadas, quando a análise - inclusive a das arquibancadas, onde há paixão em excesso e razão em pitadas - deveria ponderar o peso do processo. Isso porque a chegada de um novo treinador, estreante no país em que efetivo e interino são quase sinônimos, significa um novo Atlético em construção. Com três semanas de trabalho e tendo feito partidas em nove dias, Dudamel tem um time inacabado não apenas em termos de nomes, mas principalmente de conceitos.

Vencer, vencer, vencer! Ideal no hino, obrigação no estadual.
Porque o Atlético inicia a temporada de 2020 com peso extra.

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