Vinícius Dias
A noite da quente quarta-feira
sugeria muita emoção pela Copa do Brasil. No Mineirão, o Atlético, mais uma vez
agigantado pela fé inabalável, tinha missão ingrata frente ao Corinthians, dono
da segunda melhor defesa do atual Campeonato Brasileiro. Na Arena das Dunas, em
Natal, o desfalcado Cruzeiro defendia a (mínima) vantagem obtida na partida de
ida diante do potiguar ABC.
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Aos 5 minutos, após receber bola
esticada por Fágner e bater Jemerson, Paolo Guerrero bem que tentou pôr fim à
esperança alvinegra - no duelo, curiosamente, o mandante usou seu uniforme
alternativo, completamente branco. Corinthians 1 a 0. O cenário era adverso,
mas a massa atleticana, num retrato da crença que, depois de ser tantas vezes
repetida, se torna certeza, respondia: eu acredito!
Guilherme e Tardelli: heróis alvinegros (Créditos: Bruno Cantini/Flickr/Atlético-MG) |
Aos 32', o camisa 17 Guilherme, que
oito minutos antes havia dado bela assistência para Luan, ratificou a virada
atleticana. Instantes depois foi a vez de o Cruzeiro festejar no Rio Grande do
Norte. Willian, em rebote de escanteio pela esquerda, chutou com precisão e
abriu o marcador. A três minutos do fim da etapa inicial, Henrique, escorando
cruzamento do ótimo Alisson, ampliou.
Matar ou administrar?
O intervalo esfriou os ânimos.
Satisfeito, o Cruzeiro tentava administrar a vantagem contra o limitado ABC.
Até, com dois gols em seis minutos - o segundo, em pênalti inexistente -, o
clube da casa chegar ao empate. Em Belo Horizonte, esse papel cabia ao
Corinthians. Até o minuto 75, quando Guilherme, o melhor em campo, recebeu
passe de Carlos e finalizou com a costumeira precisão. 3 a 1 Atlético.
ABC: vitória no jogo, revés no confronto (Créditos: Nuno Guimarães/Light Press/Textual) |
Para o time de Levir, faltava um gol.
O de Marcelo Oliveira, em Natal, tinha direito de sofrer apenas mais um. No
script, drama e superação. Primeiro, Edcarlos ganhou pelo alto. A bola do
atleticano ziguezagueou pelo tempo, encontrou o heroismo de Leonardo Silva na
Libertadores, e terminou nas redes de Cássio. Classificação épica! Um minuto
depois, Alvinho, do ABC, não perdoou Fábio. Venceu, não levou!
A regra do jogo, na Copa do Brasil, é
matar ou morrer.
Ontem, enquanto o Galo matava, a
Raposa não morria!
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