Kalil e o recado da Sul-Minas-Rio

Vinícius Dias

Na segunda quinzena de maio, o tom nos bastidores do futebol brasileiro era de ruptura. Os principais campeonatos estaduais haviam terminado há menos de duas semanas, e as cúpulas de Flamengo, Fluminense, Coritiba, Atlético/PR e Cruzeiro mostravam-se descontentes. Publiquei que entre a divergência política e a ruptura definitiva havia um longo caminho. E mais: que o retorno da Copa Sul-Minas ao calendário era uma alternativa muito bem vista pelos dirigentes.


Após quatro meses, com Atlético/MG, Grêmio e Internacional, o grito por mudanças fica cada vez mais forte. No grupo, incluindo os catarinenses, estão 12 dos 20 clubes da Série A. Com união entre os clubes e futebol feito por - e para - eles, o caminho parece mais curto. Com a certeza de que o torneio é comercialmente viável, a discussão, por ora, é política. Há planos de diálogo com a CBF, mas quase consenso de que, a despeito do resultado, o torneio sairá do papel.

Kalil: novo CEO da Liga Sul-Minas-Rio
(Créditos: Bruno Cantini/Flickr/Atlético-MG)

Nesse cenário, a escolha do arrojado Alexandre Kalil para o posto de CEO da Liga Sul-Minas-Rio soa, a princípio, como decisão acertada. Menos do ponto de vista da gestão - por seu perfil centralizador e pouco adepto ao marketing, por exemplo -, mais sob a ótica da implantação da Liga, o que sugere prazo de validade. A expectativa é de que, a exemplo da postura nos dois mandatos à frente do Atlético, o dirigente 'compre a briga'. No caso, em prol da Liga.

A nomeação de Alexandre Kalil foi um recado claro dos clubes.
A barreira política é, hoje, o principal desafio. E haverá guerra.

4 comentários:

  1. Eu detesto o Kalil. Mas há de se reconhecer que, para bater de frente com a CBF, precisa de uma pessoa bem do estilo dele. Ele vai lá e "compra a briga". Que essa liga consiga sair do papel e se transformar em realidade

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  2. Eu não vou criar expectativa com essa liga.

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  3. Não tinha ninguém melhor para comprar a briga, depois sou a favor que mude, sobre tudo pelo que foi dito no 3º parágrafo!

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  4. Kalil é um chato de galocha, não resta dúvida, mas é bom pra chamar a atenção. A CBF vai ter problemas com essa mala.

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