Fred: do tamanho da expectativa

Vinícius Dias

Dois títulos brasileiros nos últimos seis anos, camisa 9 da seleção na Copa do Mundo passada e maior artilheiro da era dos pontos corridos do Campeonato Brasileiro, com 115 gols anotados. Fred deixa o Fluminense, chega ao Atlético a quatro dias do clássico com o Cruzeiro, seu ex-clube, agitando o clima nos bastidores. Mas, passado o anúncio feito por Daniel Nepomuceno na noite dessa quarta-feira, o que esperar do centroavante, que completará 33 anos em breve?

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O recado inicial é que o Fred que o torcedor verá com a camisa alvinegra é bastante diferente daquele que encarou o Atlético algumas vezes com as cores rivais. A agilidade deu lugar ao senso de posicionamento. A carreira promissora deu lugar a muitos gols pelo Lyon, à idolatria - pontuada por polêmicas, é verdade - no Fluminense e à passagem pela seleção, iniciada com título e encerrada no maior fracasso da história canarinho. De lá para cá, no entanto, o faro de gol seguiu intacto.

Fred: artilheiro a serviço do Atlético
(Créditos: Rafael Ribeiro/CBF/Divulgação)

Se 2014 ficou marcado pelo mau desempenho na Copa do clichê 7 a 1, foi também mais uma temporada - reeditando 2012 - de Fred como artilheiro do Brasileirão. Presença em 46 de 62 partidas oficiais do Fluminense e 27 gols marcados. Em 2015, mais 22 gols marcados, com 42 presenças em campo de 61 possíveis. Nos seis primeiros meses deste ano, participação em 22 dos 30 jogos do tricolor e 11 gols. Na média do período, 72% de presença e mais de 0,5 gol/partida em clube.

Pós-capítulo inicial, é difícil antever o desfecho da narrativa.

Mas fato é que Fred é reforço. Do tamanho da expectativa.