Douglas Zimmer*
Salve,
China Azul!
Janela
de transferências escancarada e, até agora, o Cruzeiro não encheu uma mão de
contratações. Se eu acho isso ruim? Muito pelo contrário. Em muitas situações
na nossa vida, menos é mais. Fazer o simples, sem ser simplório. Não agir por
impulso, medir consequências dos nossos atos e ter planos para o futuro. Não
sei se o Cruzeiro realmente preenche todos os requisitos da frase anterior, mas
o simples fato de, por enquanto, não ter havido compra por atacado já me deixa
mais confiante.
Já
havia se tornado comum ver o clube contratando em quantidade, mas nem tanto em
qualidade. Inúmeros jogadores que chegavam e passavam todo o ano, às vezes até
mais, sem serem aproveitados até que fossem emprestados, reemprestados e
emprestados de novo até que terminassem seus contratos. A Raposa ainda possui
vários atletas nessa condição, mas é importante que essa política mude o quanto
antes. Se for para investir em contratações, que sejam pautadas especificamente
em qualidade técnica e em carências do elenco.
Thiago Neves reencontra Mano Menezes (Créditos: Site Oficial do Cruzeiro/Divulgação) |
Até
agora, como todos sabem, chegaram à Toca da Raposa II somente o zagueiro
Caicedo, o lateral-esquerdo Diogo Barbosa, o volante Hudson e o meia Thiago
Neves. Também houve a confusa negociação com o Palmeiras que definiu a
permanência do meio-campista Robinho por no mínimo mais um ano, além de
cláusula que dá preferência ao Cruzeiro no futuro, e as saídas de Willian e
Fabiano. Poucos, mas bons nomes para completar um grupo que terminou 2016
melhor do que começou.
Peça decisiva na bola parada
O
reforço mais comentado é Thiago Neves. Não poderia ser diferente. Ele chega com
a responsabilidade de ser um diferencial em campo. Neves é um jogador muito
inteligente, que gosta de jogos difíceis e que pode trazer de volta ao elenco
algo que ele não tem há bastante tempo: um batedor de faltas. Pode até parecer
que não, mas muitos jogos são decididos na bola parada. Seja na cobrança
direta, seja em um cruzamento. Deposito muita esperança nesse fator.
Tinga apresenta equatoriano Luis Caicedo (Créditos: Washington Alves/Light Press/Cruzeiro) |
Somado
a isso o fato de os principais nomes terem permanecido e outros estarem em
fase final de preparação para voltar aos gramados, creio que o grupo esteja bem
mais forte do que no início das duas últimas temporadas. Apesar das saídas de
Bruno Rodrigo e Willian, seus setores acabaram não sendo prejudicados devido ao
iminente retorno de Dedé, à contratação de Caicedo e às permanências de Ábila e
Sóbis, que, ao que tudo indica, vão disputar posição neste ano.
Carência nas laterais celestes
Continuo
achando que, na comparação com os demais setores, as laterais continuam sendo o
ponto fraco do elenco. Compreendo a dificuldade em se achar jogadores que
cheguem para assumir a 2 e a 6, naturalmente, e vou dar meu voto de confiança
ao trabalho continuado e que contará com esse período de pré-temporada. Mayke
vai ter mais uma chance de recuperar o bom futebol e, oxalá, deixar as
insistentes lesões para trás.
Portanto,
amigo leitor, não espero nenhuma contratação por agora. Mas, caso ocorra, que
venham peças que agreguem valor ao grupo e que sejam superiores às que aqui
estão. Menos é mais.
*Gaúcho, apaixonado pelo Cruzeiro desde
junho de 1986.
@pqnofx, dono da camisa 10 da seção
Fala, Cruzeirense!
Falta lateral no mercado? E o Willian q está treinando em separado no #Inter ? Msm q dêem voto de confiança ao Mayke o ano terá muitos jogos... Nem em todos jogos ele poderá jogar... Nessa a diretoria errou e feio.
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