Alisson Millo*
Quem diria. Chegamos ao fim do Brasileirão vivos e dependendo apenas de nós mesmos por uma vaga para a Libertadores. Em um ano que teve presidente falando muita bobagem, diretor gastando o dinheiro que não tinha trazendo um monte de perebas, treinador brigando com jornalista em coletiva, interino por quase um semestre, eliminações lastimáveis, jogador inicialmente execrado saindo como ídolo e uma infinidade de altos e baixos, o saldo, por incrível que pareça, pode não terminar no vermelho.
Quem diria. Chegamos ao fim do Brasileirão vivos e dependendo apenas de nós mesmos por uma vaga para a Libertadores. Em um ano que teve presidente falando muita bobagem, diretor gastando o dinheiro que não tinha trazendo um monte de perebas, treinador brigando com jornalista em coletiva, interino por quase um semestre, eliminações lastimáveis, jogador inicialmente execrado saindo como ídolo e uma infinidade de altos e baixos, o saldo, por incrível que pareça, pode não terminar no vermelho.
O
futebol em campo não encheu os olhos, os dirigentes foram unanimidade por todas
as razões erradas, o planejamento foi mal feito, não veio nenhum título, mas o
resultado pode ser muito melhor do que a expectativa. Admita, em janeiro,
fevereiro, você imaginava o time brigando lá embaixo uma hora dessas. Eu
certamente sim. Uma das resoluções de fim de ano em 2017 foi diminuir a
corneta. Eu só não esperava que fosse tão difícil.
Time de Ricardo Oliveira decepcionou (Créditos: Bruno Cantini/Atlético-MG) |
Mas
acabou. Está acabando. Só falta o Botafogo. Nossa eterna pedra no sapato. Uma
vitória simples, em casa, contra um time que não aspira muita coisa no Campeonato
Brasileiro. Que essa pedra vire uma brita e que o Galo a arremesse para bem
longe. A Arena Independência promete estar lotada, com mais de 20 mil torcedores
dando força para isolar essa brita e carregando, mais uma vez, o Atlético nos
ombros.
Em campo contra o retrocesso
Quando
o assunto é a Libertadores, a Conmebol parece fazer todos os esforços possíveis
para destruí-la. Com uma organização mais precária que a CBF, a edição deste
ano está totalmente marcada pela vergonha mundial que está sendo a final
sonhada pela entidade - a decisão em jogo único a partir de 2019 pode ser o
prego final no caixão da reputação do torneio. Mas, ainda sim, é um torneio de
muito prestígio internacional e que dá, além de um bom dinheiro, vaga no
Mundial. Com o patamar que o Atlético atingiu, ficar fora da Libertadores dois
anos seguidos será um retrocesso.
Sette Câmara: ano de erros e lições (Créditos: Pedro Souza/Atlético-MG) |
Que a
diretoria aprenda a lição e se prepare melhor para a próxima temporada. O
elenco precisa ser reforçado com jogadores que cheguem e assumam a
responsabilidade, não apenas com garotos pela perspectiva de lucro. Não se pode
disputar a Libertadores apenas com promessas vindas sabe-se lá de onde. Milhões
e milhões de reais da Copa do Brasil não podem ser jogados no lixo pela
incapacidade de fazer um gol sequer em um time que brigou o ano inteiro na
parte debaixo da tabela. E, se um desastre acontecer contra o Botafogo e
tivermos apenas a Sul-Americana, jamais, em hipótese alguma, podemos tratar o
torneio como segunda divisão.
A
preparação para 2019, se ainda não começou, está mais do que atrasada. Seja com
Marques, seja com outro diretor, o planejamento precisa ser traçado mirando o
futebol jogado em campo. Rea's, Denilson's, Erik's e Samuels Xavier's não podem
mais fazer parte da lista de nomes pensados como solução. Até porque nunca
foram em lugar nenhum.
*Jornalista. Corneteiro confesso e atleticano desde 1994.
@amillo01 no Twitter, capitão da seção Fala, Atleticano!
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