Lateral da seleção por uma década, Maicon pode regressar ao
Brasil, e pai aponta Raposa como boa opção: 'o início de tudo'

Vinícius Dias

Quando recebeu na fria Criciúma o filho Maicon, de 14 anos, logo após a dispensa da base gremista, Manoel Sisenando apresentou um caminho ao então meio-campista. "Eu era treinador (do juvenil) do Criciúma na época. Tive a sorte de colocá-lo na lateral-direita", festeja. Duas décadas depois, evidenciando nas palavras o orgulho com o sucesso de Maicon, apontado como melhor do mundo na posição em 2010, o pai e mentor aguarda um novo retorno do lateral à cidade catarinense.


Desta vez, porém, ele quer ouvir. "O que sei é que o contrato dele com a Roma terminará no final do mês de junho. Estou esperando ele chegar a Criciúma para sentar com ele, conversar o que ele vai fazer da vida dele", observa o patriarca ao Blog Toque Di Letra, com a expectativa de rever Maicon ainda nesta quarta-feira. De férias desde o término da temporada italiana, o lateral, que fará 35 anos em breve, passou os últimos dias em Balneário Camboriú.

Maicon: 12 anos a serviço da seleção
(Créditos: Rafael Ribeiro/CBF/Divuçgação)

No Velho Continente desde 2004, Maicon tem futuro indefinido. Enquanto isso, Manoel acompanha a repercussão sobre um possível retorno à Toca. "Por enquanto, são só especulações", pontua. "Da minha parte, eu ficaria muito contente se ele voltasse ao Cruzeiro, onde foi o início de tudo. Até hoje, a gente tem uma amizade grande com os diretores, com o pessoal que trabalha lá. Para mim, seria ótimo. Recordaríamos coisas de 12 anos atrás", acrescenta o pai do atleta.

'Michael Douglas' do futebol

Lateral-direito que fez carreira até o fim dos anos 1980, Maneca estava em campo pelo Novo Hamburgo ante o Coritiba, no Couto Pereira, quando a esposa deu à luz gêmeos. No retorno à cidade, uma cena inusitada. "(Ela) achou por bem fazer essa mandinga. Enterramos os umbigos no meio do campo", diz. Marlon Maicon não seguiu no futebol. Maicon Douglas, assim batizado em homenagem ao astro estadunidense, voou. "E deu certo. De dois, brotou um", brinca o pai.

Em 2001, lateral festejou a Sul-Minas
(Créditos: Site Oficial do Cruzeiro/Arquivo)

Além de Manoel, que convenceu o filho a deixar o meio-campo e atuar na lateral, usando como argumento a semelhança física entre os dois, outro familiar tem participação decisiva no sucesso de Maicon: a irmã Erla Carla Sisenando. Empresária, ela assessora a carreira do experiente jogador em solo brasileiro. No exterior, os negócios são conduzidos pelo empresário italiano Roberto Calenda.

Números e trajetória na Toca

Maicon chegou à Toca em 1999, aos 17 anos. Ainda na base, conquistou títulos e, um ano depois, estreou no time profissional. Antes de deixar o clube rumo ao Monaco, em junho de 2004, fez 131 partidas, marcando cinco gols, e somou as primeiras convocações para a seleção nacional. Na passagem, alcançou três estaduais, duas Copas Sul-Minas, uma Copa do Brasil e um Brasileiro.

2 comentários:

  1. Campeão da Triplice Coroa

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  2. Sempre jogou muita bola. Se ainda tiver condições físicas e vontade de jogar pelo Cruzeiro, vai ser muito bom.
    Marcelo Viana.

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