'Alertei desde o início', diz ex-dirigente do Cruzeiro

Vinícius Dias
Publicada em 24/10/2019, às 10h50

Depois da confirmação de Zezé Perrella como novo gestor do departamento de futebol, o Cruzeiro definiu nos últimos dias a nomeação de Guilherme Cruz para o posto de secretário-geral do clube. O ex-superintendente da base sucederá Fernando Torquetti Júnior, que se desligou da função em março, em meio à perda de autonomia do cargo e ao acirramento do desgaste com a cúpula celeste e com o grupo político de situação.


Sete meses após a saída discreta, o ex-secretário revelou ao Blog Toque Di Letra ter alertado a diretoria sobre questões como a previsão estatutária de perda de mandato dos associados conselheiros e natos em caso de contratação como empregado do clube, hoje uma das principais bandeiras da oposição nos bastidores. "Os problemas enfrentados por esta administração foram alertados desde o início", assegurou.

Torquetti ao lado do presidente Wagner
(Créditos: Arquivo Pessoal/Fernando Torquetti)

De acordo com o empresário, inicialmente a ideia era se afastar ainda no segundo semestre de 2018. "Pedi para sair em setembro, mas o Itair me pediu para ficar. Daí adiante, eu só ia à sede uma vez por semana. Em março, já estava muito desgastado e me afastei em definitivo", detalhou Torquetti, cujas atribuições incluíam a atualização do regulamento geral do clube, não concluída em meio às divergências no Barro Preto.

Recuo da situação em eleição

A saída do cargo, hierarquicamente superior até mesmo às vice-presidências, mas ofuscado no dia a dia pela hoje extinta diretoria-geral, ratificou o acirramento do desgaste com a situação. Em 2017, Torquetti chegou a lançar candidatura à presidência do Conselho diante da sinalização de apoio de Wagner Pires de Sá. O grupo, no entanto, acabou recuando em prol da chapa única encabeçada por Zezé Perrella, seu histórico opositor.

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