Douglas Zimmer*
Publicada em 22/10/2019, às 16h10
Salve, China Azul!
Publicada em 22/10/2019, às 16h10
Salve, China Azul!
A
luta, mais do que nunca, continua, amigo leitor. Depois de duas vitórias
seguidas e contra adversários dificílimos, que brigam pelas posições mais
nobres na tabela de classificação, o Cruzeiro deu seus passos mais firmes até
aqui na corrida para deixar a zona mais temida do futebol brasileiro.
Entretanto, como vínhamos cometendo erros atrás de erros, ainda não dependemos
apenas de nossos esforços para colocar os pés fora do lamaçal que é a zona do
rebaixamento.
Nessas
horas precisamos nos apegar a tudo aquilo que nos remeta ao objetivo tão
sonhado. Se por um lado as duas vitórias ainda não trazem o alívio que gostaríamos,
pelo menos dão indícios fortíssimos de que o grupo está no caminho certo, de
que a química time-torcedor pode voltar a funcionar e de que a confiança está
de volta. Ainda não foi possível ver uma mudança drástica no que tange ao
comportamento tático e técnico dos jogadores. Mas, como eu vinha falando nas
rodas de discussão, a hora é de ganhar de qualquer jeito, nem que seja sem
querer, para só aí recuperar um pouco do fôlego e criar novo ânimo para seguir
em frente.
Ederson foi heroi celeste contra o Timão (Créditos: Daniel Vorley/Light Press/Cruzeiro E.C.) |
De
maneira alguma é hora de começar a olhar os confrontos que nos restam e fazer
projeções. Não podemos dar nenhum jogo por vencido, muito menos por perdido. Se
algum dos amigos fez esse estressante exercício nos últimos tempos,
dificilmente colocou na conta os seis pontos conquistados nas duas últimas
rodadas. Precisamos nos unir e pensar jogo a jogo. Enfrentar o próximo
adversário como se fosse ele o divisor de águas. Por mais clichê e superficial
que isso possa parecer, temos uma final já no próximo sábado. Sem olhar camisa,
sem olhar posição na tabela, deixando de lado histórico do confronto, possíveis
bons ou maus sinais.
Em crise, sim! Mas aqui é Cruzeiro!
Confesso
que o ambiente tóxico e nocivo que foi criado no Cruzeiro contaminou demais
minha autoestima e, há algumas rodadas, eu dava o rebaixamento como inevitável.
Partidas absolutamente horríveis; um clima de desespero quase palpável entre os
jogadores e exalando da torcida; pontos e mais pontos deixados pelo caminho de
forma dolorida e, algumas vezes, vergonhosa; uma crise política sem precedentes
que parecia engolir o clube como um buraco negro que se abria sob nossos pés.
Não tenho a pretensão de dizer que dois resultados positivos exorcizarão todas
estas mazelas, mas é o começo daquilo que pode se tornar nossa salvação.
Na quarta, Raposa bateu o São Paulo (Créditos: Vinnicius Silva/Cruzeiro E.C.) |
Se
nós não lutarmos até o fim com todas as nossas forças para salvar o Cruzeiro
Esporte Clube, ninguém o fará em nosso lugar. Essa guerra está longe de
terminar. Não teremos um fim de semana sequer, uma noite de quarta-feira que
seja, de paz enquanto não tivermos a certeza absoluta e matemática de que
conseguimos içar o maior de Minas deste poço que parecia sem fim no Campeonato
Brasileiro. Estejam preparados para muita luta, mas, acima de tudo, estejam
preparados para vencer.
Força,
Cruzeiro!
*Gaúcho, apaixonado pelo Cruzeiro desde junho de 1986.
@pqnofx, dono da camisa 10 da seção Fala, Cruzeirense!
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