Alisson Millo
Reza a lenda que "o Galo é o time da virada, o time do amor". Nenhum atleticano vai discordar. Várias vezes ouvi torcedores dizendo que não há problema no fato de um jogador ser ruim, desde que ele mostre raça no campo. E a máxima de que se não for sofrido, não é Atlético? Mas, tudo isso no mesmo jogo, não é assim tão comum.
Reza a lenda que "o Galo é o time da virada, o time do amor". Nenhum atleticano vai discordar. Várias vezes ouvi torcedores dizendo que não há problema no fato de um jogador ser ruim, desde que ele mostre raça no campo. E a máxima de que se não for sofrido, não é Atlético? Mas, tudo isso no mesmo jogo, não é assim tão comum.
Diante
do Santa Fé, no Horto, ninguém esperava jogo fácil antes da bola rolar. Porém,
quando Wilder Medina foi expulso, o cenário festivo parecia desenhado. Só
parecia! Porque, aos 14 do segundo tempo, Omar Pérez acertou um belo chute,
abrindo o placar depois de um erro cometido por Diego Tardelli.
Galo e Horto: parceria rumo ao bi (Créditos: Bruno Cantini/Atlético-MG) |
Parecia
que a 'vaca ia para o brejo', mas há jogador que tem estrela. Em seu primeiro
toque na bola, Guilherme acertou passe primoroso para Jô, que marcou o gol de
empate. Com o tento, o camisa 7 igualou-se a Guilherme - atacante que fez
dupla com Marques - na condição de maior artilheiro da história do Atlético na
Libertadores.
Com fome de vitória
Em
busca da vitória, a postura era outra. Com uma raça incomum para quem
acompanhou os jogos desse ano. Ronaldinho dando carrinho para tentar recuperar
a bola no meio campo era a prova cabal disso. A equipe seguiu atacando, pressionando, até os 41' da etapa final. Marcos Rocha cobrou o famoso lateral
direto na área - que, diga-se, nunca tinha dado resultado. Novamente não deu,
porque ninguém cabeceou a bola. Mas ela quicou e sobrou para Neto Berola, tão
criticado, mas também tão querido pela massa.
Neto Berola: herói ante o Santa Fé (Créditos: Bruno Cantini/Atlético-MG) |
O
camisa 26 acertou um belo voleio que estufou as redes colombianas e garantiu a
liderança isolada do Galo no grupo 4. Para os mais otimistas, coisa de campeão.
Prefiro esperar, torcer. Mas é bem verdade que, desde São Victor, não duvido de
mais nada.
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