Alisson Millo
Hoje
é o dia do Galo. E também de Alexandre Kalil, cara que é a cara do clube. Em
2008, o Atlético vivia um momento 'conturbado'. Vindo de um rebaixamento em
2005, o clube buscava se reestruturar e, sem apoio da torcida, o então
presidente Ziza Valadares enfrentava dificuldades. Meses depois, ele
renunciaria ao cargo, dando lugar a Alexandre Kalil. As preces dos atleticanos
haviam sido ouvidas.
LEIA MAIS: Ser atleticano é...
Filho
do eterno Elias Kalil, Alexandre não teve um início "meteórico" como
esperado. Mesmo com grandes contratações, o time não se acertou e, do modo mais
duro, ele aprendeu que um grande time não é feito apenas de estrelas. Carini,
por exemplo, ainda é lembrado pelas atuações abaixo da crítica. Daniel
Carvalho, acima do peso, não vingou. Diego Souza foi o seu grande fiasco.
Principal aposta - de futebol e marketing -, veio, vestiu a camisa 1 e não
deixou saudades. Guilherme e André foram contratados a peso de ouro. Hoje, são
reservas.
Kalil: a face do sucesso atleticano (Créditos: Bruno Cantini/Atlético-MG) |
Kalil aprendeu. Que um time também se faz com alma. Que Réver e Léo Silva seriam os
nomes ideais para a zaga. Que trocar Daniel Carvalho por Pierre seria um ótimo
negócio. Não, 2011 não foi perfeito, mas ele bancou Cuca no cargo. Deu
continuidade ao planejamento - e acertou. Em 2012, veio Leandro Donizete, em
troca pela eterna promessa Renan Oliveira. E Victor. Trocado pelo zagueiro
Werley, o goleirão seria "canonizado" com o manto alvinegro.
O mito atleticano...
A grande tacada viria em junho de 2012: Ronaldinho Gaúcho. De saída do Flamengo,
o meia contava com a rejeição de grande parte das torcidas (e dos clubes) do
Brasil. E não era diferente entre os atleticanos, mas Kalil bancaria. E
acertaria. O ex-camisa 49 foi o maestro do time vice-campeão brasileiro naquele
ano.
Alexandre Kalil, o filho de Elias... (Créditos: Bruno Cantini/Atlético-MG) |
Faltava
a tão esperada "cereja" do bolo alvinegro. E ela viria em 2013. O
ótimo Diego Tardelli chegou, assumiu a nove, e foi um dos destaques na
conquista da Libertadores. No Campeonato Brasileiro, foi o principal nome da
equipe dirigida por Cuca, e ganhou o apoio popular para uma possível volta à
seleção brasileira.
O fim de um sonho
2014
vai marcar o fim da 'era Kalil' à frente do alvinegro. Pelo menos por enquanto.
O atleticano deve a ele bons momentos. Alegria, choro, títulos, ídolos. Kalil
fez jus àquelas preces, errou e acertou, como humano. Longe da frieza dos
números, afeita ao calor das emoções, a família Kalil é parte dessa história.
Com Elias e, agora, Alexandre.
Nenhum comentário:
Postar um comentário