Vinícius Dias
Entre os dias 6 e 7 de abril, o
Atlético foi destaque nos principais jornais esportivos mundo afora. A partida
de ida da decisão do Mineiro, diante do Cruzeiro, havia ficado em segundo
plano. Do ítalo Corriere dello Sport
à britânica BBC, o mundo da bola repercutia
a tuitada de Alexandre Kalil, às 2h da madrugada. Ronaldinho Gaúcho reeditaria
'parceria' dos tempos de PSG com o francês Anelka.
Recém-saído do WBA, da Inglaterra, o
"polêmico" atacante, aos 35 anos, chegaria ao clube alvinegro como
mais uma aposta de risco. Sim, era erro assegurar um fracasso na liga que teve
Hernane Brocador como goleador no último ano. Tampouco se deveria esperar de
Anelka, dono de currículo vasto, mas acostumado à condição de coadjuvante,
inclusive durante sua melhor fase - e mais famoso por movimentar milhões em transferências -, alto retorno técnico.
Anelka: de costas para o futebol? (Créditos: Reprodução/Internet) |
Anelka seria mais grife do que bola,
e mais marketing do que futebol. Em um equipe que dele esperaria gols e
protagonismo. Com Ronaldinho, que ainda sonhava com a Copa do Mundo, em pouco
mais de um ano, o Galo teve lances geniais, mídia e a inédita Libertadores. Com
um acomodado e caro Nicolas - em visita ao Kuwait, sete dias após o anúncio
oficial -, teria mais ônus do que bônus.
Desfecho "infeliz"
A rescisão do acordo, que o atacante
diz jamais ter acertado, foi um raro acerto em meio a vários erros. Hoje,
Anelka se explica, Kalil responde, e o imbróglio deve parar na Fifa. De fato,
não há mocinhos, mas o desfecho parece bom para ambos.
O atacante, com postura de ex-jogador
em atividade, se livra de conviver com a expectativa e a pressão do torcedor
alvinegro. E o clube deixa de apostar em um atleta que não parecia fazer
questão alguma de jogar no atual campeão da América.
Boa critica
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