Vinícius Dias
O
grande assunto da terça-feira de carnaval no Cruzeiro foi a reintegração de
Charles. O volante, de 30 anos, passou os últimos 13 meses treinando em
separado na Toca da Raposa II e não atua desde novembro de 2013, ano em que foi
emprestado ao Palmeiras. Com três passagens pelo clube celeste, o jogador viveu
grande fase em 2008, quando foi peça-chave no time campeão mineiro sob o
comando de Adilson Batista, antes de rumar para o futebol russo.
Charles: de volta aos planos na Raposa (Créditos: Site Oficial do Cruzeiro/Divulgação) |
Tão
logo recebi a notícia, voltei no tempo. A agosto passado. Sentado em um banco
próximo a um dos campos do CT celeste - sem trajar qualquer material que
remetesse ao Cruzeiro -, o atleta acompanhava a atividade orientada por Marcelo
Oliveira. Trocamos algumas palavras, entrecortadas por vários pedidos de
autógrafos. A situação, é claro, o incomodava. Mas Charles demonstrava (a mim e
aos torcedores) carinho pelo clube e não escondia a vontade de voltar a jogar.
Contexto traz dúvidas
Desde
a segunda volta à Raposa, em março de 2012, o volante passou quase despercebido
no elenco. Foi cedido ao Palmeiras em 2013 - e quase foi para o Vitória em
2014. Por isso, o contexto, mais que a reintegração em si, motiva algumas dúvidas. Por que ao fim da pré-temporada, e não durante? A volta de Charles
indica que Tinga, com contrato até o fim de abril, não será aproveitado? Que
Seymour não rendeu? Ou que Eurico e Bruno Ramires perderão espaço?
Em 13
meses, Charles sequer foi a campo, mas tudo mudou.
Agora,
em campo, cabe a ele responder à pergunta: por quê?
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