Escritor Marcos Eduardo Neves e ex-camisa 10 cruzeirense
antecipam detalhes da publicação ao Blog Toque Di Letra

Vinícius Dias

Seis clubes, além da seleção, 1.035 partidas disputadas, 422 gols e 356 passes decisivos. Com a classe digna de um maestro, Alex construiu uma carreira vitoriosa ao longo de quase duas décadas no futebol. A tarefa de eternizá-la no papel coube a Marcos Eduardo Neves. As 256 páginas de Alex, a biografia são resultado de uma troca de passes entre Neves e o curitibano. "Me senti Coutinho com Pelé. Me senti Bebeto com Romário", afirma o jornalista ao Blog. "Descobri e vou mostrar ao leitor um lado do futebol que poucos conhecem", acrescenta.


O lançamento oficial acontece nesta terça-feira, em São Paulo. Na próxima semana, no dia 19 de novembro, será a vez de a capital mineira receber personagem e biógrafo - cujo currículo literário inclui obras sobre Renato Gaúcho e Heleno de Freitas. O livro, publicado pela Editora Planeta, chega por R$ 39,90 às livrarias.

Alex, a biografia: lançamento amanhã
(Créditos: Editora Planeta/Divulgação)

Do primeiro e melancólico contato, entre agosto e dezembro de 2001, ao retorno na temporada seguinte, coroado com a Tríplice Coroa em 2003, a narrativa reserva espaço especial à relação do meia com o Cruzeiro. E vai além da letra em pleno Maracanã, das faltas e passes precisos. "Mostra o que ele passou dentro e fora de campo, o quanto ele se dedicou para se tornar, talvez, o maior jogador do mundo naquele ano", observa Marcos Eduardo Neves, que ainda espera pela definição de local e horário em que ocorrerá o lançamento na capital mineira.

Diálogo com a Turquia

Para o biografado, o livro marca um diálogo entre os dois cenários de sua trajetória. "Contar aos turcos como foi a minha carreira aqui. Contar aos brasileiros minha vida lá na Turquia. E desmistificar alguns assuntos. Por exemplo: 'O Alex fracassou na Itália', o que não é verdade", sintetiza. A expectativa é de que a obra ganhe versão em turco no próximo ano, por meio da rede de comunicação NTV.

Gol de letra na Copa do Brasil de 2003
(Créditos: Site Oficial do Cruzeiro/Arquivo)

Na obra original, Marcos Eduardo Neves faz questão de explicitar a fusão entre os valores cultivados pelo atleta e o espírito dos turcos. "Tanto que ele é ídolo de todas as torcidas, até mesmo a do rival Galatasaray", diz o escritor. "E mostra também que o talento que se consagrou em 2003, o nível de excelência que ele brindou aos brasileiros naquele ano mágico, ele manteve lá por oito anos. Por isso, se tornou estátua e é um semideus", completa ao Blog.

Dois lados da carreira

Em alguns pontos, o sucesso se mistura a episódios polêmicos. Como na chegada ao Palmeiras, quando Alex era apenas o garoto talentoso recém- saído do Coritiba para substituir Djalminha. "Mostra como ele passou pela 'prova de fogo', suas rixas com alguns companheiros consagrados, suas partidas épicas", diz Marcos. Ou na ausência na Copa do Mundo de 2002. "Interroguei tudo o que todos querem saber. O Alex deu a versão dele, Felipão se defendeu. O leitor tirará as conclusões".

Marcos Eduardo Neves ao lado de Alex
(Créditos: Marcos Eduardo Neves/Arquivo Pessoal)

Detalhes que fazem de Alex, a biografia, na concepção do escritor, uma produção marcante. Muito pelo entrosamento, tão bem sucedido quanto aqueles que o meio-campista manteve com diversos atacantes por quase duas décadas. "Alex, sempre presente e a fim de ver o livro nascer sem odes, e sim honesto, justo, me ajudou a fazer um livro sem paralelos no Brasil. Uma biografia autorizada, mas polêmica", resume.

3 comentários:

  1. Além de ser uma pessoa digna, profissional no sentido exato da palavra, caráter acima da média, foi um dos melhores jogadores que eu vi atuar!!! Parabéns Alex!!!!!

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  2. Eu o considero na mesma galeria de Tostão, Dirceu Lopes. Um dos maiores que já vi jogar.

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  3. Infelizmente eu não o vi jogar. Mas o que ele me transmite hoje, é um carinho muito maior pelo Palmeiras, com rixas ou não, do que pelo Cruzeiro.

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