Alisson Millo*
A sabedoria popular afirma que o mundo dá voltas.
Na volta ao Atlético, Marcelo Oliveira pode dizer que é a prova viva disso.
Dispensado em 2008 por Alexandre Kalil sob a alegação de que não era um técnico
com o perfil do presidente, o ex-camisa 10, atleticano de coração, rodou,
provou sua capacidade ganhando uma Copa do Brasil, indo à final mais três vezes
e, ironia do destino, sendo bicampeão brasileiro pelo Cruzeiro.
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Mas nem só de títulos vive a reviravolta na
carreira de Marcelo Oliveira. Há oito anos, ele tinha à disposição nomes
gloriosos como o goleiro Edson, o lateral-direito César Prates, o volante
Marcio Araujo. O elenco oferecido ao treinador atleticano hoje tem qualidade
muito superior à daquele time. Se naquela época assegurar a permanência na
elite nacional era sinônimo de alegria, hoje ficar fora da Libertadores pode
ser considerado um indício de trabalho fracassado.
Marcelo Oliveira comanda treino no CT (Créditos: Bruno Cantini/Flickr/Atlético-MG) |
A qualidade do grupo, inclusive, foi decisiva
para a troca de técnico. Diego Aguirre disputou três campeonatos no primeiro
semestre, decepcionando em todos. Saiu na primeira fase da Primeira Liga,
perdeu o Mineiro para o América e, na Copa Libertadores, caiu nas quartas de
final diante do São Paulo. Agora restam o Brasileiro e a Copa do Brasil,
torneios que Marcelo Oliveira conquistou nos últimos três anos.
Momento
de superação
O teste começa neste mês, com a perda de três
convocados para a Copa América. Douglas Santos, no Brasil, Cazares e Erazo, no
Equador, ficarão fora por um bom tempo, mas a diretoria já busca nomes para
suprir as ausências. Além desses, Leonardo Silva, Pratto, Luan, Mansur e
Robinho são desfalques por lesão. Mas o histórico prova que Marcelo Oliveira
sabe superar cenários adversos. Famoso pelo trabalho nas divisões de base, o
treinador não tem receio e dá toda a confiança para jovens jogadores na hora de
lançá-los no profissional.
Decisivo em Curitiba, Cazares é desfalque (Créditos: Bruno Cantini/Flickr/Atlético-MG) |
Como todo torcedor tem um quê de técnico, aqui
vai uma sugestão: é a hora de dar sequência ao zagueiro Gabriel e ao
lateral-esquerdo Leonan, porque ninguém merece Tiago e improvisações
semelhantes. Boa sorte, Marcelo. De 2008 para cá, o Atlético mudou de patamar e
você também. Neste reencontro, a massa estará contigo. Confiança total no
trabalho e, como diz a música, vamos, Galo, ganhar o Brasileiro!
*Jornalista. Corneteiro confesso e atleticano desde 1994.
*Jornalista. Corneteiro confesso e atleticano desde 1994.
Goleiro titular e atual
capitão da seção Fala, Atleticano!
Espero que acabem as improvisações sem sentido. Melhor que colocar lateral direito ruim jogando na esquerda, é apostar na base. Leonan e César são dois bons laterais. Jogar sem meia? Melhor lançar o Tallys.
ResponderExcluirSe não mudar a postura na marcação no meio e à frente da zaga, principalmente, qualquer timeco que tiver um ou dois jogadores com minimo de habilidade e toque de bola no meio de campo vai ferrar com nosso Galo … vamos colecionar derrotas nesse resto de ano.
ResponderExcluirO acontecido nos últimos jogos (rural, libertadores e agora Brasileirão) só vem a colaborar com meus sentimentos de “alerta” e “apreensão”. Nosso craque na lateral direita, se puxar estatística, se muito contribui com 5% dos gols a favor entrega 80% dos gols contra e, mesmo assim, é tido como “melhor” lateral (e que ninguém quer contratar, pense nisso!!!). Somente ele já é motivo de muita preocupação a cada jogo. Somando a esse jogador mediano os outros nem medianos, Yuri, Clayton, EdCarlos, Patrick, Thiago, Carlos (meu Deus!!!) … mais os que se acham, Rafael Carioca, Victor, Donizete, Leonardo Silva … estaremos mais do que preocupados nos próximos meses. A torcida faz sua parte, mas fica muito difícil manter a credibilidade no time, sem um choque de gestão que possa entregar a cada um dos jogadores a responsabilidade que lhes é devida. Os laterais (os dois) não resolvem disputas corpo a corpo, o meio de campo deixa qualquer time jogar livre, sem pressão e a zaga, lentíssima (mesmo que seja a titular) . Quanto ao preparo físico (e não sei nada de fisiologia) vai minha critica severa aos profissionais permanentes do Galo, porque o time não tem velocidade em nenhum setor do campo, jogadores “andam” em campo desde os primeiros minutos. Correria desenfreada ninguém quer, mas “andar” em campo, 90 minutos e perder 90% das bolas divididas, fica muito difícil.
Vai Galo, acorda para o mundo dos vivos … se não vai na técnica e nem no preparo físico … VAI NA RAÇA!!! … P@%%A !!!