Com Dedé e a China Azul: Cruzeiro rumo à virada

Douglas Zimmer*

Salve, China Azul!

É hora de sair da rotina. A temporada vai chegando à reta final e o Cruzeiro terá de enfrentar situações que não têm feito parte da realidade celeste em 2018. Diante do Corinthians, decidiremos a final da Copa do Brasil fora de casa depois de ter passado por todas as fases desta edição com o jogo de volta sendo realizado em Belo Horizonte. Contra o Boca Juniors, nesta quinta-feira, entraremos em campo trazendo uma desvantagem do primeiro jogo do confronto. Esse cenário só ocorreu até agora na final do Campeonato Mineiro, quando conseguimos reverter uma desvantagem de dois gols de diferença trazida da casa do adversário.


O que eu sei é que, se o Cruzeiro tinha algum favoritismo no confronto das quartas de final da maior competição sul-americana, ele foi diluído com o mau resultado em terras argentinas. Todos sabem o contexto em que o placar foi construído e, por isso, não vale a pena ficarmos aqui remoendo. Teremos a chance de buscar em campo uma vitória épica. Diria eu que o favoritismo agora está equiparado. Os argentinos trarão na bagagem o placar que os favorece, a enorme tradição que os cerca e a torcida dos demais clubes brasileiros. O Cruzeiro, por sua vez, não está sozinho nessa, uma vez que conta com sua enorme e apaixonada torcida, que, sem dúvida, acredita que é sim possível arrancar a vaga das mãos xeneizes.

Dedé: em campo para fazer história
(Créditos: Vinnicius Silva/Cruzeiro E.C.)

O 'não', meus amigos, nós já temos. Não existe nada que possamos fazer para mudar o que já passou, o jogo que já foi jogado. Agora, a partida que está por vir, essa sim, deve ser encarada como última oportunidade de mudar nossa sorte na competição. Não adianta olhar para trás, pensar que não merecíamos tamanho golpe em La Bombonera, que tínhamos time para trazer uma situação menos complicada para casa. Se tínhamos time para sair de lá mais tranquilos, com toda a certeza temos time para virar o jogo diante do Mineirão lotado. Encaremos essa batalha com a seriedade e o respeito que ela merece. De fato, não enfrentaremos qualquer clube. Mas eles também sabem que não podem vir a Belo Horizonte a passeio.

Melhor time e decisão em casa

Enfrentaremos nosso Nêmesis, meus amigos. Quando se pensa em futebol sul-americano, em Libertadores, é inevitável que uma das primeiras coisas que vem a nossa cabeça seja o Club Atlético Boca Juniors. Apesar de muita gente falar que quer ou que faz questão de ter um adversário como esse pelo caminho, no fundo, lá no fundinho, muitos gostariam de poder evitá-lo. Nós não temos escolha. Nesta quinta-feira, as equipes estarão perfiladas e prontas para o combate no Mineirão. O Cruzeiro, diante de sua inflamada nação, precisando vencer e buscando o triunfo do primeiro ao último minuto. A torcida, defendendo as cores do nosso pavilhão, apoiando quem estiver em campo em busca do improvável, mas não impossível.

Arbitragem prejudicou Raposa na ida
(Créditos: Bruno Haddad/Cruzeiro E.C.)

Não existe impossível nem jogo jogado antes de a bola rolar no futebol. O Cruzeiro tem conquistas históricas, viradas memoráveis, gol no apagar das luzes, vitórias contrariando todas as expectativas. Que seja mais uma página heroica e imortal de nossa história. Antes do jogo de ida, éramos favoritos pela campanha, pelo time e pelo fato de decidirmos em casa. Que se dane a campanha, mas continuamos com o melhor time e podendo jogar a vida em casa. O 'não' nós já temos. Vamos em busca do 'sim'.

Força, Cruzeiro!

*Gaúcho, apaixonado pelo Cruzeiro desde junho de 1986.
@pqnofx, dono da camisa 10 da seção Fala, Cruzeirense!

3 comentários:

  1. Vai parecer até fácil: CRUZEIRO 3 a 0 e fim de papo.

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  2. Vamos vencer o jogo e nos classificar, temos qualidade para isso e que nossos atacantes estejam focados e com o pé na forma.

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