Em busca do tri, Raposa estreia hoje na Libertadores 2015;
grupo 3 da competição ainda tem Sucre, Mineros e Huracán
Tiago de Melo
A Copa Libertadores começou bem para o Cruzeiro
mesmo antes de os comandados de Marcelo Oliveira entrarem em campo. Coube ao
clube um grupo muito tranquilo e sem nenhum adversário de peso. Se a Raposa
repetir em campo o futebol dos últimos dois anos, é muito difícil que não seja
a primeira colocada geral na fase de grupos, o que lhe daria a chance de
decidir em casa nos mata-matas.
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Um exemplo da sorte do clube no sorteio foi ter
caído na chave do mais 'fraco' dos representantes argentinos. O Huracán acabou
de subir para a primeira divisão e chegou à Libertadores pelo fato de ter
vencido a Copa Argentina, torneio mata-mata em jogo único realizado em campo
neutro e que ainda não 'pegou' de fato, de modo que os principais clubes
escalam times mistos nas partidas.
Equipe argentina aposta no fator casa (Créditos: Daniel Mendez/C. A. Huracán) |
O Globo não tem um time ruim. Tem alguns bons
valores, como o goleiro Díaz, o volante Vismara, os meias Toranzo e Daniel
Montenegro, além do carismático e oportunista avante 'Wanchope' Ábila, letal
dentro da área, apesar dos problemas com a balança. Há o jovem Romero Gamarra,
boa revelação da base da equipe, que joga pela esquerda do meio-campo no
4-2-3-1 armado por Nestor Apuzzo. Mas é um time inferior ao Cruzeiro. Pode
complicar as coisas quando jogar em seus domínios, mas nada mais que isso. Ao
menos em tese.
No ritmo
da altitude
O Universitário é um clube relativamente jovem,
fundado em 1961, e não é das mais tradicionais equipes bolivianas. Chega à Copa
Libertadores após conquistar o segundo título de sua história. Está na primeira
divisão há apenas dez anos e não tem muitos recursos. Tem sede em Sucre, cidade
que traz à tona o tema da altitude - 2.800 metros -, mas que não chega a ser
uma arma tão poderosa como nos casos de La Paz e Potosí.
Altitude: palco da estreia cruzeirense (Créditos: Universitário/Facebook/Divulgação) |
A equipe não possui jogadores conhecidos. É
formada, basicamente, por atletas bolivianos, com alguns estrangeiros,
normalmente sem mercado em seus países. O clube buscou atletas experientes em
países vizinhos para a disputa da Libertadores, como o goleiro uruguaio Góngora
e o atacante equatoriano Mercado. Nada que assuste muito. É um adversário
bastante acessível para um clube que luta pelo título.
'Caçula
venezuelano'
O Mineros de Guayana se situa na cidade de Puerto
Ordaz, no interior da Venezuela - por vezes ocorre uma confusão e se pensa que
o clube está sediado em uma inexistente cidade de Guayana. O termo significa
'Guiana', em espanhol, e é usado porque a região de Puerto Ordaz está situada
no Planalto das Guianas. O clube é ainda mais jovem que o Universitário. Foi
fundado em 1981.
Mineros: confiança no talento da casa (Créditos: Orlando Gómez/Prensa Mineros) |
O plantel é formado em grande maioria por
jogadores venezuelanos, dos quais os mais conhecidos são Cichero, com passagens
pelo Newell's Old Boys e clubes de segunda linha da Europa; Breitner,
ex-Santos; e Peña, ex-Nautico. O único estrangeiro é o veterano atacante
argentino Morales, com passagem por várias equipes pequenas de seu país, e que
chegou a defender o Paraná. Também é, em tese, um adversário fraco para o atual
campeão brasileiro.
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