Vinícius Dias
"O torcedor precisa se acostumar, cada espetáculo tem o seu preço. Um show do Chitãozinho e Xororó não tem o mesmo preço de um show do Pavarotti quando estava vivo". A metáfora usada por Zezé Perrella para justificar o súbito aumento dos preços dos ingressos para a semifinal da Libertadores, em 2010, ajuda a explicar o domingo de Mineirão vazio na estreia do Cruzeiro em 2014.
"O torcedor precisa se acostumar, cada espetáculo tem o seu preço. Um show do Chitãozinho e Xororó não tem o mesmo preço de um show do Pavarotti quando estava vivo". A metáfora usada por Zezé Perrella para justificar o súbito aumento dos preços dos ingressos para a semifinal da Libertadores, em 2010, ajuda a explicar o domingo de Mineirão vazio na estreia do Cruzeiro em 2014.
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pagantes assistiram ao bom início do time celeste, em especial no primeiro
tempo. Velocidade, trocas de passe, intensidade e, sobretudo, o entrosamento,
que parece ter sido conversado. Mas o público poderia ter sido melhor. A
reestreia de Marcelo Moreno e o reencontro com a equipe tricampeã. Motivos para
o cruzeirense ir ao estádio, não fosse um preço médio de R$ 105.
Gol de Goulart, no Mineirão 'vazio' (Créditos: Washington Alves/Textual) |
Ao
praticar valores de Campeonato Brasileiro (que, em 2013, teve preço médio de R$
124), o clube confirma a postura de ampliar o programa de sócios-torcedores. Entre as várias categorias, ser associado significa ter comodidade e ingressos
garantidos/com desconto. O programa é bom. O principal erro está na forma
como o Cruzeiro trabalha a busca por novos associados.
Chance ao torcedor...
Chance ao torcedor...
Com
bom elenco, os títulos parecem naturais e o retorno é questão de tempo. O
Mineiro deveria ser o momento dos ingressos mais baratos, de oferecer aos
torcedores de menor potencial aquisitivo a chance de ir ao estádio. Afinal, um
produto que não é visto - no caso da ida ao estádio, consumido -, não é
desejado.
Para bom leitor, o Mineirão vazio deixa um recado. Na busca por sócios, incentivar o torcedor, tirá-lo da "zona de conforto" e da emoção pela TV pode ser um bom caminho.
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