Possibilidade de nomear conselheiro como vice de futebol não
está descartada; sucessão em 2017 já é assunto nos bastidores

Vinícius Dias

A busca por um nome para compor o departamento de futebol segue em pauta nos bastidores do Cruzeiro. Desde a saída de Alexandre Mattos, no fim da última temporada, o supervisor Benecy Queiroz e o gerente Valdir Barbosa comandam as ações do futebol ao lado do presidente Gilvan de Pinho Tavares. Segundo o Blog Toque Di Letra apurou, no entanto, em discussões internas é quase consensual a carência de um dirigente que exerça a função de diretor de futebol.


A necessidade contrasta com um mercado escasso e, em especial, com a divergência de ideias sobre o perfil e o poder de ação conferido ao novo membro da alta cúpula. O nome de Alexandre Faria, atualmente no Bahia, chegou a ser cogitado nos últimos dias, mas as passagens sem êxito por Atlético e Grêmio impulsionam a rejeição. Os ex-atletas Raul Plassmann e Procópio Cardozo foram sugeridos por conselheiros, de maneira informal, como opções. Também cotado, o ex-volante Tinga descartou a transição imediata para os bastidores.

Alexandre Faria, ex-diretor do América
(Créditos: América-MG/Divulgação)

Diante da indefinição, não está descartada a possibilidade de o presidente nomear um conselheiro de sua confiança como vice-presidente de futebol. Nos últimos anos, o posto foi ocupado por nomes como Gustavo e Zezé Perrella e, mais recentemente, por José Maria Fialho, que renunciou no fim de 2012 por não concordar com o modelo que conferia total autonomia a Alexandre Mattos, diretor de futebol.

Sucessão presidencial

Nos corredores do Barro Preto, dada a impossibilidade de Gilvan de Pinho Tavares disputar o próximo pleito, agendado para 2017, a sucessão no comando celeste já tem sido colocada em discussão. Há uma semana, por exemplo, em reunião para apresentação do balanço financeiro de 2014, o ex-presidente do Conselho Fiscal, Anísio Ciscotto, levantou a possibilidade de revisão do estatuto do Cruzeiro. A proposta, segundo o Blog apurou, agrada à boa parte do Conselho.

Gilvan, em dezembro, durante a posse
(Créditos: Site Oficial do Cruzeiro/Divulgação)

O texto atual define que os cargos de presidente e vice são privativos de conselheiros beneméritos - cujo quadro inclui ex-presidentes do clube e Conselho Deliberativo - e natos - conselheiros vitalícios. O cenário é visto nos bastidores como restritivo à ascensão de novas lideranças, uma vez que, para concorrer à vaga de nato, o associado conselheiro do clube deve ter cumprido pelo menos três mandatos consecutivos ou cinco alternados.

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