Vinícius Dias
O
trio de arbitragem rodeado por policiais militares deu forma a um dos últimos
registros de um estadual marcado por polêmicas. Mas o choro do emocionado Jô e
a comemoração do torcedor atleticano - que ainda teve tempo de aplaudir a garra
da Caldense - provam que a tarde de domingo também foi de futebol em Varginha.
E teve grito de campeão, coroado em uma das finais mais emocionantes e, por que
não dizer, imprevisíveis das últimas duas décadas no estado.
LEIA MAIS: A terceira e última chance!
O 43º
título estadual premiou a intensidade do Atlético, dono do melhor ataque do
Mineiro - ao lado do rival Cruzeiro, com 25 gols -, equipe que mais se impôs na
fase final do torneio e que, ao som do verbo acreditar, ainda viu Jô
desencantar após mais de um ano sem marcar com a camisa alvinegra - o
centroavante finalizou para as redes de Rodrigo em posição irregular, é
verdade.
Decisão teve emoção até o minuto final (Créditos: Bruno Cantini/Flickr/Atlético-MG) |
Para
a Caldense, campeã do interior, o revés na decisão significou a cisão entre sonho
e realidade. O sonho do bi mineiro, que teve fim ontem. E a realidade de um
trabalho brilhante, nos gramados e nos bastidores, que ficará na história. De
uma equipe que liderou a primeira fase e teve a melhor defesa do torneio - seis gols
sofridos em 15 partidas. De um clube que deu exemplo de planejamento.
Outro lado da história
Também
na história ficarão o inflamado embate extracampo entre a FMF e seu filiado
Cruzeiro, as arbitragens de péssimo nível na reta decisiva, que desagradaram a
vencedores e vencidos, e o regulamento - assinado pelos participantes,
registre-se - que impediu o uso, na decisão, de um estádio acionado durante
todo o torneio.
O torneio termina entre os gritos de 'é campeão!' e dúvidas.
Resta
saber quem possui, de fato, poder para respondê-las.
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