Vinícius Dias
Aos
19 minutos, Robinho avançou pela esquerda e, com tempo e espaço, cruzou na
área. Mesmo espaço que três defensores do Democrata deram para Fred marcar: 1 a
0. Aos 31' da etapa final, Rafael Moura recolocou o Atlético em vantagem após
escanteio cobrado por Cazares. Sete minutos depois, o camisa 13 encontrou o
artilheiro Fred, que chapelou o marcador e completou para as redes. O placar aponta
a quinta vitória em cinco jogos, com bons números ofensivos e liderança isolada
no estadual. O campo oferece outros elementos.
Vitória
do melhor ataque diante da defesa mais vazada do estadual - situação das
equipes antes da partida, reafirmada após o apito final em Governador Valadares
- indica expectativa cumprida. Mas a análise dos primeiros 45 minutos, em
especial, revela contrapontos: um Atlético com dificuldades para trabalhar
jogadas pelo meio, a exemplo do clássico contra o América, errando muitos
passes - ao longo do jogo, 49 contra 33 do Democrata, de acordo com o Footstats - e ainda recorrendo a bolas
longas, quase sempre sem sucesso.
Fred e Rafael Moura: ataque funcionou (Créditos: Bruno Cantini/Flickr/Atlético-MG) |
O
time de Eugênio Souza construiu suas principais chances na etapa final, com
mais mobilidade e melhor ocupação dos espaços. Márcio Diogo e Esquerdinha
entraram e marcaram gols. Antes, Rafael Tanque já havia balançado as redes de
Giovanni, mas o lance acabou invalidado - revi apenas uma vez e a impressão é
de erro da arbitragem. A melhor atuação da temporada, no entanto, esbarrou no
poderio e nas alternativas do elenco adversário: o Atlético perdia em força no
ataque quando Rafael Moura foi a campo, fez um gol e deu uma assistência.
Bons
resultados equivalem a tempo para testar e corrigir erros.
Até aqui,
o Atlético de Roger vence, mas só o ataque convence.
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