Vinícius Dias
Na
última quinta-feira, o Atlético perdia até os 26 minutos da etapa final, quando
Fred desviou a finalização de Rafael Carioca e balançou as redes de Carlos
Arias. O camisa 9 ainda teve tempo para marcar mais três vezes e transformar o
confronto contra o Sport Boys - limitado, mas bem organizado em campo e até
superior em alguns momentos - em goleada. Os pedidos de raça ouvidos quando o
alvinegro estava em desvantagem, mas já guerreava mais do que procurava
alternativas, deram lugar à comemoração após a virada na Arena Independência.
Nesse
domingo, o Atlético abriu o marcador logo aos 21 minutos, mas, em meio a várias
oportunidades desperdiçadas, viu a URT chegar ao empate aos 4' do segundo
tempo. A ausência de Fred tende a reforçar o debate sobre a existência de duas
versões do time: uma que tem o camisa 9 e funciona, outra que não venceu
nenhuma partida sem ele neste ano. Pesando resultados e desempenho, no entanto,
o que se vê é a distância entre os conceitos de Roger Machado e o que o
time executa. Com ou sem o artilheiro da temporada entre os jogadores da Série
A.
Atlético: 1 a 1 com a URT no Mineirão (Créditos: Bruno Cantini/Flickr/Atlético-MG) |
A
marcação, que o atual treinador tenta sistematizar, diferentemente dos
antecessores, ainda apresenta falhas. A construção ofensiva baseada em
triangulações, marca dos tempos de Grêmio, continua esbarrando na falta de
aproximação e nas tentativas de solução rápida a partir de cruzamentos, comuns
nos últimos anos. Entre quinta-feira e domingo, foram 73 contra 33 dos
adversários, com índice de erro superior a 70%, segundo o Footstats. É natural esperar que os investimentos tenham retorno,
mas é fundamental que a análise ultrapasse os resultados.
Presente,
Fred resolve, mas o Atlético é o mesmo das ausências:
Um
time que ainda entrega pouco do que o comandante propõe.
Boa tarde Vinícius, o que me deixa assustado com este time de 2017 é a falta de vontade de alguns jogadores, até o momento não vi nada de interessante no técnico Roger e a ausência enorme do Daniel Nepomuceno.
ResponderExcluirVejo que estão mudando na "marra" maneira que o Galo sempre jogou, raça e vontade para um toque de bola para os lados que dá um nó na garganta para quem vai no campo e quem vê pela TV. Não vemos uma jogada ensaiada, uma troca de palavras entre jogadores e técnico e fica bem nítido que os próprios jogadores já entenderam que nem o Roger sabe o que faz (ver as substituições no jogo contra a URT).
Ver jogadores como Cazares, Danilo, Marlone e Adilson no Galo é um absurdo, desanimador como torcedor, alguns tem lampejos de categoria (Cazares) e os outros não possuem técnica e nem identificação nenhuma com o Clube, são apostas erradas!
Que saudade do Kalil, pelo o engajamento 24 horas no Galo, ele vivia o Galo. E não vemos isso com o Nepomuceno, olha alguns exemplos: 1-Grêmio fala demais sobre a dívida do Victor; 2-Semana de jogo da Libertadores e ele na Itália; 3-Fred expulso no clássico; 4-A maneira que demitiu o Marcelo Oliveira (não que eu sou a favor do MO, pelo contrário, jamais poderia ser contratado); 5-A maneira que o time jogou a Libertadores de 2016 (sem entrega); 6-Leva a final da copa do brasil para o Mineirão; 7-Não renovar com o Leandro Donizete;
O Capitão não tem a mesma mobilidade, Gabriel ainda é um ponto de interrogação e Erazo/Felipe Santana jamais poderiam ser contratados.
Não temos um articulador no time e o Rafael Carioca fica muito exposto nesta formação.
Está assustador ver o Galo 2017 e ainda com o Roger e Nepomuceno, fica mais difícil ainda.
Everton Teixeira