Balanço de 2016 apontou
déficit de 29,3 milhões, com queda de 34%
nas receitas; para 2017,
expectativa do clube celeste é de superávit
Vinícius Dias
Em
reunião nessa segunda-feira, o Conselho Deliberativo do Cruzeiro aprovou o
balanço financeiro referente à temporada passada. A prestação de contas apontou
déficit de R$ 29,3 milhões no exercício, cenário antecipado no último domingo.
Na comparação com 2015, as receitas operacionais do clube celeste apresentaram
uma queda superior a 34%, fechando o ano de 2016 em R$ 238,3 milhões. O Blog Toque Di Letra revela números do
balanço, que deve ser divulgado oficialmente ainda neste mês.
A
variação negativa foi puxada pela queda nas receitas com direitos e econômicos
e cessões temporárias - totalizaram R$ 28,4 milhões, valor quase cinco vezes
menor do que o do exercício anterior - e na arrecadação com bilheterias e
premiação - fecharam em R$ 31,3 milhões, apenas 72% do alcançado em 2015. De
acordo com as demonstrações aprovadas pelo Conselho Deliberativo, publicidades
de transmissões de TV representaram a principal fonte de renda em 2016: R$
130,9 milhões.
Em 2016, clube teve queda nas receitas (Créditos: Washington Alves/Light Press/Cruzeiro) |
Na comparação com 2015, os custos com atividade desportiva profissional caíram
mais de 36%, fechando em R$ 193 milhões. Os itens gastos com futebol - queda de
quase 90%, totalizando R$ 10,2 milhões - e gastos com pessoal - atingiram R$
149,2 milhões, valor 16% menor - apresentaram as maiores variações.
Em
relatório assinado pelo presidente Gilvan de Pinho Tavares, a diretoria
justifica as dificuldades de caixa enumerando ausência de recursos gerados pela
participação em competições internacionais, não venda de jogadores, desclassificação
nas semifinais da Copa do Brasil e queda de receita com bilheteria e sócios de
futebol.
Previsão de superávit em 2017
Conforme
a reportagem apurou, também nessa segunda-feira, o clube apresentou aos
conselheiros o orçamento para 2017. A expectativa é de superávit de R$ 28,7
milhões. Na projeção de receita operacional bruta de R$ 381,9 milhões com o futebol profissional, as
principais fontes citadas são direitos de transmissão - R$ 100,9 milhões - e
repasses referentes a direitos econômicos ou federativos - R$
125 milhões. O custo com aquisições de atletas foi orçado em R$ 58
milhões.
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