No balanço, clube
alviverde registrou superávit pela primeira vez
na década; verba de
transmissão e imagem superou R$ 46 milhões
Vinícius Dias
Dentro
de campo, o América foi da euforia pela conquista do Campeonato Mineiro depois
de 15 anos à decepção com o rebaixamento à Série B. Fora dele, no entanto, 2016
foi uma temporada marcada por números positivos. Impulsionado pelas receitas de
transmissão e imagem, o clube teve faturamento recorde e, pela primeira vez na
década, encerrou o exercício com superávit: R$ 9,5 milhões. O bom momento
financeiro vivido pelo alviverde resultou na diminuição das dívidas.
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De
acordo com números apresentados ao Blog
Toque Di Letra pelo Conselho de Administração - considerando os itens
credores internos - partes relacionadas e empréstimos e financiamentos -, as
dívidas foram reduzidas em quase 49,7% na comparação com 2015. O percentual
equivale a cerca de R$ 17,3 milhões: no balanço financeiro de 2016, a soma caiu
de R$ 34,8 milhões para R$ 17,5 milhões.
Balanço foi aprovado na segunda-feira (Créditos: América FC/Twitter/Divulgação) |
"A
redução do endividamento projeta mais recursos para o futebol em médio prazo e
permite a disponibilização de linhas de crédito para investimentos futuros,
como o Planeta América, no qual o clube aportou R$ 3,5 milhões em 2016,
adquirindo mais uma área anexa ao CT Lanna Drummond", analisa Glauco
Xavier, cientista contábil e membro do Conselho de Administração. "A
redução nos empréstimos correspondeu quase à totalidade das despesas
administrativas, tributárias e financeiras no ano", completa.
Receitas e despesas em 2016
Na
comparação com 2015, o balanço financeiro aprovado na última segunda-feira
apontou crescimento de quase 103% na receita bruta do América, concluindo 2016
em R$ 59,5 milhões. As quatro principais fontes foram transmissão e imagem - R$ 46
milhões -; patrocínios, publicidade, luva e marketing - R$ 4,2 milhões -;
bilheteria - R$ 2,4 milhões -; e transferências de atletas - R$ 1,6 milhão.
(Créditos: América FC/Reprodução) |
Os
custos operacionais do clube também tiveram crescimento: 65%, totalizando R$
31,9 milhões. A conta inclui valores desembolsados com salários de atletas e
comissão técnica, direitos de imagem, premiações, entre outros. Em relatório, a
administração detalhou que 93% do total foi gasto com o futebol profissional,
6% com a base e 1% com o futebol feminino, campeão mineiro em 2016.
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