Os números do desequilíbrio...

Vinícius Dias

À exceção de Fábio e Manoel - titulares em todas as partidas -, Vanderlei Luxemburgo testou 21 atletas nas nove vagas restantes ao longo de 52 dias. O time ideal - considerando os mais frequentes no onze inicial - tem apenas duas mudanças na comparação com a equipe que Marcelo Oliveira escalou na derrota para o River Plate, por 3 a 0, no Mineirão. Fabrício na vaga de Mena e Charles no lugar de Willians.


Assim como o time titular, os resultados de ambos à frente do Cruzeiro nesta temporada são semelhantes. Em 29 jogos, Marcelo Oliveira teve 12 vitórias, oito empates e nove derrotas: aproveitamento de 50,6%. Em 11 partidas, Luxemburgo venceu cinco, empatou uma e perdeu cinco: 48,5% de aproveitamento. A título de comparação, hoje, Marcelo tem 81,5% no Palmeiras. Há dois meses, Luxa foi demitido do Flamengo com 70,6% dos pontos conquistados.

Luxa teve 23 titulares em 11 jogos
(Créditos: Gualter Naves/Light Press)

A diferença entre o irregular Cruzeiro e o Palmeiras que perdeu somente uma vez nos últimos nove jogos, equipe que mais pontuou nos últimos cinco, que tem a segunda melhor defesa e o segundo melhor ataque do Brasileirão passa pelos trabalhos dos técnicos. Mas tem raiz na formação dos elencos. Marcelo tem um bom time, com banco muito consistente. A exemplo do antecessor, na Toca, Luxemburgo encontra dificuldades até para definir os 11 titulares.

Uma, duas... sete vezes 1x0

Três duplas de zaga, três centroavantes e oito meias utilizados nos 11 jogos. Com 13 gols sofridos, o time tem a 3ª melhor defesa da Série A, igualando as marcas de 2006 e 2014 em 15 jogos. Mas o ataque, com 13 gols, supera apenas os dos cinco últimos colocados. A pior marca na era dos pontos corridos - em 2007, por exemplo, marcou 33 vezes nas 15 primeiras rodadas. Traduzindo: sete clubes precisaram de apenas um gol para derrotar a Raposa.

A discussão sobre o treinador ideal camufla uma certeza:
O desequilíbrio do elenco montado por Gilvan para 2015.

2 comentários:

  1. Enquanto todos pediam um meia, eu queria um diretor de futebol. Para cada contratação inútil que Gilvan fazia, mais clara ficava essa deficiência. Hoje, arrependido de ter demitido Marcelo, não escuta ninguém.
    Ah!! Em dois jogos os nºs de Marcelo (no Cruzeiro) serão superiores aos de Luxemburgo no comando

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  2. O time é fraco tecnicamente.

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